Chapter 15

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Billie Eilish POV

— Senhorita Ariana? — Eu levanto e vou até a Ariana que estava parada na porta.

— Ari?— Eu coloco a mão no ombro dela, que treme e balança sua cabeça para os lados como se estivesse saindo de um transe.

— Mande ele subi. — A mulher concorda com a cabeça e sai, Ariana olha para mim.

Eu estava confusa no meio daquilo tudo.

— O que foi?  Paralisou do nada...

— Nada Billie, faz tempo que eu não vejo ele.— Eu suspiro e coloco minhas mãos na cintura dela.

— Quem é Pete? — Ela não responde, coloca suas mãos no meu rosto e me beija lentamente.

Ouço batidas na porta e me afasto, eu olho para ele que era um garoto alto, cabelo descolorido, Ele é meio estranho.

Ele olhava para nós duas confuso.

— Oi, Ariana. — Voz tranquila, não gostei dele.

— O que está fazendo aqui, Davidson?

— Queria conversar sobre nós, mas não sabia que estava com alguém.

— Como assim, nós? — Pergunto confusa olhando para a Ariana. — Você namora, Ariana?!

— Não, Billie.

— A gente namorou a um tempo atrás, nosso término foi tão confuso que eu quis voltar atrás.— Eu cruzo meus braços e suspiro.

— Eu te mandei uma carta...

— Eu nunca recebi, Ariana.

— Não temos mais nada, eu não tenho sentimentos por você... Não devia estar na Europa?

— Como assim? Seu pai disse para vir ver você, ele disse que você ainda gostava de mim e que falava de mim todos os dias.

— Ah, eu sabia. — Ela se aproxima de mim, eu abraço ela que esconde sua cabeça na curva do meu pescoço.

— Olha Pete, isso foi uma tremenda confusão, a mãe da Ariana apenas quer juntar vocês dois, mas isso não vai acontecer, acho melhor ir para sua casa, está perdendo tempo.

— tá, mesmo assim... — Ele pega um papel no bolso e me entrega.— Dá para ela... tchau vocês duas. — Ele sai e eu olho aquele papel pequeno, tinha o número dele.

— Eu não tô entendendo mais nada.— Eu saio de perto da Ariana e coloco o papel em cima da cama.— Poderia ter me falado sobre ele.

— Por que eu iria falar sobre o meu ex com você?

— Não sei, mas eu vou pra casa.— Eu pego meu notebook e coloco na minha mochila.

— Não Billie, você chegou aqui faz meia hora só.—Ela pega a mochila de minhas mãos e coloca no chão.

— Eu tenho que estar em casa em dez minutos, seus pais chegam em vinte.

Ela ficou de ponta de pé para ficar da minha altura, pegou meu rosto e deu um selinho demorado.

— Ninguém vai se importar se você chegar em casa atrasada só por Estar namorando um pouquinho. — Ela me olha sobre o ombro e pisca em minha direção.

 — Ela me olha sobre o ombro e pisca em minha direção

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— Por que você me convence tão fácil assim?

— Porque você não resiste a mim...

— Não pisca sempre que quiser algo, eu fico caidinha...— Ela ri e eu saio de perto dela, me sentando novamente na cama.

— O que você acha que aconteceria se nós continuássemos com aquilo?

— Bom, coisas inapropriadas para a nossa idade.— Ela sorri sem mostrar os dentes, Sentou no meu colo e rebolou me fazendo morder os lábios. — Cinco minutos.

— Ah, cala a boca.

  Ela me beija mais uma vez e dessa vez com mais calma, um beijo bom e cheio de amor. Ficamos um tempo assim apenas nos beijando e trocando carícias inocentes enquanto ela me perguntava como estava minha relação com o meu pai.

Eu dizia " está tudo bem " mas era mentira, se ela soubesse de toda a verdade talvez tomasse atitudes que acabariam com tudo o que eu estava vivendo. Seria bem pior.

— Ariana, seus pais... — Eu disse olhando meu relógio, os pais dela já haviam chegado.

— Quantas horas? — Ela disse calma enquanto beijava o meu pescoço.

— Sete e meia.— Ela sai do meu colo rapidamente.

— Você tem que ir embora. — Eu levanto da cama e pego minha mochila no chão, coloco nas costas e vou até a janela.— Ei amor...— Eu olho para ela.— Até amanhã!

Ela pisca e eu sorrio, eu pulo e caio na grama sintética até fofinha, pulo aquele muro não muito alto e saio correndo dali, viro uma esquina e percebo que não estava com o tênis no meu pé.

— Que droga! — Eu só não ri porque meus pés doíam a cada vez que eu pisava no chão, mas mesmo assim eu continuei correndo na direção da minha casa, pelo meu relógio eu via as mensagens da Beverly dizendo que era pra eu chegar logo em casa.

Apressei meus passos e entrei em casa presenciando a cena do meu pai batendo no meu irmão com uma cinta, eu jogo minha mochila no chão não com tanta força pois o notebook estava lá dentro, eu puxo ele para trás com tanta força que o mesmo cai no chão.

— Maninho tá bem?  — As lágrimas que caiam dos olhos dele me doíam, senti uma pancada forte na minha nuca, uma rasteira me derrubando. Ele fica por cima de mim e dá uma sequência de socos no meu rosto, meus olhos fechavam aos poucos até que tudo ficou preto.

Perfect Love - Billiana (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora