Chapter 33

908 84 53
                                    

Já era o dia seguinte e eu havia acabado de acordar, estava dormindo de bruços, uma posição para dormir que eu não gosto muito mas tive que usar na hora de dormir, e por quê ? Minha bunda e minha vagina estavam doendo e por mais que eu amasse a culpada disso tudo, queria dar uma surra nela.

Olhei para minha namorada ao meu lado, ela dormia de lado e bem próxima de mim como se estivesse me abraçando, eu olhei para o lençol da cama e pensei:

" Esse dia vai ser difícil "

Pra começar todo o meu sofrimento da noite passada Billie me fez gozar 5 vezes, e como ela é uma garota que é louca em transar comigo, na quarta vez ela me fez gozar tanto que até esguichou, nesse momento estou sentindo um grande desconforto na parte de baixo.

Levantei da cama com toda calma e andei o mais devagar possível até o banheiro, me apoiando nas paredes e nos móveis. Me olhei no espelho, meu cabelo estava bagunçado, meus olhos estavam vermelhos e meu pescoço cheio de roxos.

Eu olhei para o meu corpo pois consequentemente eu estava nua. Por um espelho maior eu pude ver todas as marcas dos tapas, dos chupões e dos arranhões.

Tive que fazer minha higiene com toda a calma do mundo, na parte de tomar banho foi mais tranquilo, menos quando caia água quente, sofri.

Quando fui vestir minha roupa, sendo mais específica minha
roupa íntima, uma calcinha preta eu desisti pois iria doer pra caramba.

Então andando igual a um pato eu fui até a mala da Billie e lá dentro peguei uma cueca box e vesti, juntamente com uma calça de moletom preta e um moletom qualquer da Billie.

Pacientemente eu andei até a janela e abri as cortinas, logo vi Billie se mexer.

— Amor, acorda! vamos tomar café.

Eu disse indo até minha escrivaninha, peguei meu celular e vi Billie levantar da cama, respondi algumas mensagens da Hailee enquanto Billie ia no banheiro.  Senti uma palmada na minha nádega esquerda, no local onde Billie bateu sem dó na noite passada.

— Ai, filha da puta!

Ouvi uma risada atrás de mim e senti uma raiva dela por um momento bem rápido, Billie Grande Eilish eu te mato!

— Amor oque foi?

Uma pergunta inocente que na voz dela foi totalmente calma, o que me irritou foi que ela sabia, sabia o porquê de eu ter sentido dor.

— Nada, Billie.— Coloquei meu celular no meu bolso e saí do quarto, desci as escadas devagar e fui até a cozinha com a Billie atrás de mim.

— Por que está andando assim? Parece um pato com escoliose.— Eu olhei para ela com uma expressão brava.— Bom dia, meu amor.

Ela deixou um selinho nos meus lábios e ao entrarmos na cozinha se separou de mim. Olhei para todos que mexiam no celular, menos minha avó que olhou para nós duas.

— Bom dia vovó.— Eu fui até ela.— Sua benção.

— Deus te abençoe minha filha... aquela é a sua namorada? — Ela apontou para a Billie.

— Olá senhora, eu sou a Billie é um prazer conhecê-la. — Ela estendeu sua mão e minha vó apertou.

Eu olhei para a cadeira e fiz uma careta, sentei nela e fechei meus olhos com a dor, a cadeira não é tão dura, é um pouco macia, mas mesmo assim doeu.

Olhei para o meu primo que tinha um sorriso malicioso para mim, eu apenas mandei ele se fuder mexendo minha boca sem sair nenhum som.

Coloquei café em duas xícaras e uma delas eu entreguei para a Billie, comi algumas torradas e bebi o café olhando para a minha coxa, que minha namorada apertava a todo momento e eu apenas observava.

— Filha, estava te observando, o que são esses roxos no seu pescoço?

Minha avó perguntou apontando para o meu pescoço, eu respiro fundo e olho para baixo, o que diabos eu ia falar pra ela?

— Ela brincou com a namorada essa noite.

Minha irmã disse e eu coloquei minha mão no meu rosto, olhei para minha avó que sorria.

— Isso é normal filha, fique tranquila… quem nunca né.

— O Shawn nunca.– Scarlet o provocou, que deu língua a ela.

Respirei aliviada e voltei a tomar meu café, olhei para a Billie que falava com alguém no celular. Levantei devagar e andei até o jardim de casa.

Observei as rosas e as outras flores que eu nem sabia o nome, mas eram lindas. Pude respirar um ar puro já que dentro daquela casa o clima é meio pesado por culpa do meu avô que morreu lá e eu tenho a certeza de que o espírito dele vive ali.

Senti alguém me abraçar e dessa vez com cuidado encostando seu corpo no meu.

— Calvin Klein? Por que está usando uma cueca minha? O que houve amor?

— Billie...— Eu olhei para ela que sorria sem mostrar os dentes. — Duas semanas sem sexo.

— O quê?! Aah isso é muito tempo!

— Você que se lasque... Se reclamar eu fico por um mês — Ficamos em silêncio por um tempo.

— Amor, você quer que eu compre algo pra você? Posso comprar um perfume novo para você, vi que o seu está acabando... ou aquele vestido da Chanel que você queria.

— Não vai me convencer com presentes.— Ela murmurou um " droga " e eu ri.

— Eu te amo.

— Eu também te amo amor.

Ela se aproximou de mim e me beijou, foi um beijo calmo e doce, gosto quando ela me beija assim.

— O ano novo está chegando, amor.

— Está sim e passar ele ao seu lado vai ser ótimo.

— Espero que nos cinco anos que fiquemos aqui,  espero passar todos os anos novos com você.

— Ah eu também espero.

Ela me puxou pela cintura e me beijou novamente.

Por mais clichê que fosse.

Que sejamos felizes para sempre.

Perfect Love - Billiana (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora