Os infortúnios de um imortal

um dia ensolarado

___6° Capítulo: introdução

Uma vida cheia de imortais te traz duas coisas: felicidade e..dor de cabeça. O contexto social deles e a intolerância são coisas tão complicadas que as situações que podem te estressar são infinitas..mas eu juro que tento ficar calma... enfim, Hoje é 15 de janeiro de 3020, meu nome é Orquídea Blackflower e esse é o diário de pesquisa 666

___Parte 6:

Após minhas mini férias de sete dias com Edgar cuidando de mim dia e noite, eu vou ter que voltar ao trabalho..admito que eu não queria, tem tantas coisas acontecendo que eu sinto vontade de passar o resto da vida encolhida em minha cama, eu e meus pensamentos a sós.

Eu tenho meu pai, que logo vai estar solto mas vão prender ele denovo. Me bate um vazio absurdo no peito saber que eu não tenho nada a fazer pra ajudar ele além do que já faço..eu tenho Connor, que nesse momento eu não queria nem lembrar que existe, sabe, Quando eu finalmente gostei de alguém após tanto tempo me sentindo isolada, ele é um devorador de humanos..e eu tenho algumas coisas que ainda não comentei aqui..eu tenho passado boa parte do dia com na cabeça girando e doendo, eu não sei por que isso..mas voltemos a minha rotina se não eu fico pra sempre desabafando

Exatamente como em todos os dias normais eu peguei minhas coisas, entrei no carro, fui pro trabalho..tudo muito normal, ah claro, tirando um fato, é meu aniversário de motivação.

Oque é isso? Bom, eu vou tentar ser simples na explicação. Meu aniversário de motivação é a comemoração do dia que eu comecei a me tornar a mulher que sou hoje: ativista pelos direitos dos imortais, pesquisadora de imortais etc, etc, etc..e meus amigos são em suma maioria imortais, eles sabem o quanto a comemoração é importante pra mim então nesse dia eu sempre sou surpreendida! O meu aniversário de motivação é o momento das coisas mudarem um pouco e me lembrarem quem sou eu

Logo ao entrar no instituto, eu percebi que todos estavam muito de bom humor, trabalhando muito melhor que o normal, Aiden sorriu, se aproximando com uma caixinha—"Ei! Orquídea!!!"

Eu sorri gentilmente, ainda me recuperava do meu resfriado, ent estava meio cansada, febril—"Algo importante, gatinho?"

"Eu queria dar algo que você fosse usar.. aí eu fui falar com o seu pai—"

Eu cortei ele rindo—"você sabe que ele odeia quando fala dele assim"

Ele revirou os olhos, ainda bem humorado—"eu sei, eu sei! Deixa eu corrigir. Aí eu fui falar com o papai, que mandou eu falar com a su- quero dizer, com a mamãe e ela disse que isso aqui era da nossa bisavó e que ela mandou guardar pra quando você precisasse de boas lembranças"

Ele me deu a pequena caixinha, e ao abrir tinha o anel especial da bisa..eu era apaixonada por ele, ela sempre dizia que Quando morresse o anel seria meu e que eu manteria a memória dela viva.. o anel de safira e ouro branco da minha bisa era algo que eu não esperava que o Aiden fosse conseguir pra mim.

Eu comecei a lacrimejar, fechando a caixinha, guardando dentro da bolsa e abraçando ele forte, bem forte—"eu te amo cara, eu te amo.. não tinha melhor forma de começar o dia!"

Ele me abraçou também, rindo feliz—"Que bom que gostou, Orquídea.."—ele riu, indo de volta pro trabalho—"eu não queria falar nada não, mas eu ouvi dizer que essa não é a única surpresa do seu dia"

Eu fui pra minha sala, já bem feliz e ao abrir a porta, eu vi duas flores: um vaso com uma linda Orquídea branca e outro com uma hortyna azul, a prima marciana da hortencia que vocês tem.

Eu fiquei radiante e quase joguei a bolsa na minha cadeira, indo ver o cartão que tinha junto as duas flores. eu li baixinho—"Eu comprei suas flores favoritas ,mas de todas as flores a mais bonita com certeza é você...espero que goste delas..." Eu li a assinatura, um pouco surpresa, e já falando num tom de voz normal—"..Connor"