O Bairro Castanhal é bom lugar de se viver, pertinho da capital, moderno, com ares de interior e cheio de histórias e estórias. Por suas ruas e ruelas, becos e recantos concentram-se os mais diversos tipos de empreendimentos, nada que você não conheça, são coisas do tipo: boliches, barzinhos, botequins, mercados e armazéns. A lista é grande e tem de tudo: é o Boliche do Tio Raimundo, o Bar da Creusa, o Armazém do Valentin, o Recanto da Saudade, o Mercado do Silva, o Açougue do Vieira, a Barbearia do Valdoir e por aí vai, é tanta coisa que até mesmo os moradores se perdem no momento de optar por alguma coisa que queiram comprar ou fazer. Cada um destes locais tem finalidades, características e ambientes apropriados ao "prazer" da clientela, ou seja, tem aqueles com uma nuvem de fumaça vinculada ao aroma de fumo de outros carnavais, o trio preferido da rapaziada (Chopp, ceva e caipirinha), o som estridente da sinuca, as rodinhas de samba e pagode, as gargalhadas que se espalham e denotam o som do deboche de algumas piadas já bem passadas, mas que ainda rendem alguma descontração e comentários que se esquecem na noite e adormecem na ressaca de determinados indivíduos.
Na Av. principal, Comendador Orestes, se ajuntam outros tantos lugares que vociferam o cotidiano e a história do Castanhal. O museu, o teatro e a biblioteca municipal ficam lá, a igreja matriz, o cinema e a praça central também estão no local. Outros tantos segmentos se juntam e cooperam em pró da cultura, do entretenimento e desenvolvimento do bairro. Inúmeros salões de beleza, bancas de jornal e revistas, barbearias, locadora (agora é Lan House), açougues, restaurantes, lojas de varejo, loterias, vários e diversos estabelecimentos comerciais.
Ambulantes como o Tio Osvaldo e sua carrocinha de cachorro-quente, Carlitos e suas deliciosas pipocas, o baleiro Manuel Salvador, um português que vive no bairro a mais de quarenta anos, ou ainda d. Isabel com sua banca de petiscos e seu Nicolau Quaresma e sua famosa banca de peixe também dão vida e alegria ao Bairro e a Avenida.
Todo sábado tem feira no calçadão da praça central, muitos ambulantes e profissionais liberais se juntam por ali numa mistura de tudo um pouco: comida, roupas, eletrônicos, utensílios, apetrechos e serviços de todo tipo. Aos domingos, também na praça central, acontece o tradicional jogo de futebol entre os boleiros do Bairro Castanhal, normalmente comandados por João (aquele, o sexta-feira), e a rapaziada da Vila Sombreiro, estes sob a liderança de Laerte Oliveira, um ex-jogador com inúmeras passagens por clubes médios e pequenos do interior do estado.
É tanta coisa por ali que já estava esquecendo da aérea de saúde e segurança, pois o hospital, a delegacia e o corpo de bombeiros, acreditem ou não, também estão localizados na Av. principal.
Será que sobrou espaço pra mais alguma coisa?
Pior ou melhor que sobrou! Tem ainda uma galeria onde fica um centro comercial que abriga setenta e cinco bancas de camelôs, e uma academia, Castanhal Fitness.
Ah, e ainda tem um terreno que é local para o revezamento de shows, eventos, parques e circos que se aventuram e chegam na região.
Tá achando que é mentira ou história de pescador? Pergunta pra um morador do Castanhal (risos), ele ou ela vai te contar tudinho.
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JOÃO SEXTA-FEIRA E OUTRAS HISTÓRIAS: CONTOS E CASOS DO BAIRRO CASTANHAL
KurzgeschichtenÉ a história de um cara que leva a vida por conto e prosa. É a história de um bairro com inúmeros personagens, pessoas como eu e você, que fazem a vida se revelar tal como ela é, do seu jeito e do seu gosto. É a história de um mistério, que pode ou...