Cap. 18 - Evitar Esquisitices

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Eu Recebo o Bat-Sinal No Início da Tarde, Depois de Dois gloriosos dias transando sem parar, ou quase sem parar, pois fizemos pausas ocasionais para trabalhar e para algumas poucas horas de sono.

O alerta chega a mim via mensagem de texto, quando estou correndo na avenida West Side:
Na academia do meu prédio. Dipstick está aqui. Está olhando para o meu anel .

Eu farejo a oportunidade, como um cão. Para começar, foi por causa de Bradley que Lauren aceitou se passar por minha noiva, para se livrar dos presentes detestáveis dele e para iniciar sua astuta vingança. Ele a perdeu, graças a Deus. Ainda assim, ele não passa de escória e, pelo visto, eu vou ter que lhe esfregar o fracasso na cara.

Mudo de direção e começo a atravessar a cidade correndo, esquivando-me dos passantes: homens de terno, mulheres de vestido, operários da construção e tantos outros tipos que se encontram em Nova York nesta terça-feira à noite. Meu destino agora é Murray Hill.

Quando chego ao prédio de Lauren, com a respiração acelerada e filetes de suor descendo pelo peito, eu digo ao porteiro que vim vê-la.
Ele me deixa entrar, pois estou na lista de visitantes que têm autorização para entrar a qualquer hora.
Pego o elevador e sigo para o andar da academia.
Em questão de segundos eu a encontro.

Ela está correndo em uma esteira elétrica, em baixa velocidade e Bradley a observa enquanto pedala uma bicicleta ergométrica.

Faço contato visual com Bradley, aceno rapidamente com a cabeça na direção dele e vou até onde Lauren está se exercitando.

Depois que aperto o botão que faz a máquina parar, começo a beijá-la com vontade. Ela não está me esperando, mas não pergunta nada.

Ela entra no jogo, retribuindo meus beijos com fome, com entrega. Estamos a um passo de partir para carícias mais íntimas quando Lauren salta da esteira, me abraça e me convida para subir até seu apartamento para uma rapidinha antes de irmos ao The Lucky Spot.

É isso aí. Você sempre pode contar com a SuperNoiva.

Antes de sair do recinto, dou uma olhada em Bradley. Ele está reclamando com as paredes e parece bem nervoso.

Bem... paciência. O que eu posso fazer? A mulher me quer agora, poxa.

O Bat-Sinal seguinte vem da minha mãe, horas mais tarde, quando estou trabalhando no pequeno escritório nos fundos do nosso bar, cercado por caixas de guardanapo para aperitivo e por armários onde armazenamos nossas bebidas mais caras.

A princípio parece que ela está me enviando um convite por meio de mensagem de texto.

Olá, querida! Nós temos entradas para a reapresentação de Um Violinista no Telhado amanhã à noite. Duas sobrando. Quer ir conosco e levar Lauren? Nós todos podemos ir ao Sardi's antes.

Dizer que eu não sou fã de musicais seria muito pouco. Na verdade, eu estou bem surpresa que minha mãe tenha me convidado, porque todos na família conhecem as desculpas deslavadas que sempre dei para escapar de convites para todo e qualquer evento que envolvesse números musicais; desculpas essas que vão de "estou esperando a tinta dessa parede secar" a "estou ocupada reorganizando minhas gravatas" ou até "não dá, porque tenho, ahn, um trabalho voluntário a fazer em favor dos... bancários aposentados."

Mas nenhuma dessas desculpas passa da minha cabeça aos meus dedos para ser digitada, porque a primeira coisa que me vem à mente é que Lauren adora a Broadway. Saio do escritório e a encontro preparando drinques na ponta do balcão.

— Perguntinha sinistra — eu digo quando a abordo. — Você quer ver Um Violinista no Telhado amanhã? Comigo?

Ela olha bem para mim e então põe a mão na minha testa.

CAMREN: Minha Sempre Melhor Amiga (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora