Capítulo 6.

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Karla Galanis.

Enquanto observava os galhos balançando, vi uma forma humana saindo da floresta, e tive uma enorme surpresa ao ver Jacke, diante de mim.

— O que faz aqui? — questionei indiferente

— Não sei se você se recorda, mas é a minha tutora agora. — sorriu cinicamente.

— Achei que estivesse claro que, no momento em que eu saí do Castelo, todas as minhas funções lá dentro foram anuladas. — seu olhar era desafiador, garoto petulante.

— Não vai se livrar de mim, Karla, não foi atoa que a Harris ficou louca comigo.

— Pra você é Srta. Galanis, vamos cortar essa intimidade que você acha que tem comigo, quer aprender? Mas vai ser na base do combate corpo a corpo, você precisa aprender a se virar sem os seus poderes. — avancei com tudo para cima dele, e o derrubei no chão desferindo socos em seu rosto.

— É só isso que você tem? — debochou

— Se acha pouco porque ainda está apanhando? Reaja Jacke. — rapidamente ele ficou por cima.

Antes que ele desse o primeiro soco, joguei-o para o lado com as pernas e levantei-me, gritando para ele levantar e me atacar. Ele preparou um chute certeiro nas minhas costelas, mas abaixei-me rapidamente lhe dando uma rasteira. Consegui enfurece-lo, o vi levantar com tudo, tentei acertar um soco, mas ele foi mais rápido e segurou meu punho, e me chutou, minhas costas colidiram contra um tronco de árvore, mas não foi o bastante para me parar. Ele está parado me olhando, corri até uma árvore dei cinco passadas rápidas no tronco, até conseguir uma altura boa para pular, joguei-me nele, minhas pernas rodearam seu pescoço, e o levei ao chão com o pescoço dele ainda preso na minha perna, esperei ele se livrar, mas ele se rendeu.

— Foi uma boa luta, mas você não sabe nada, não adianta só tentar atacar, tem que aprender se defender, e quando for atacar tente ser mais rápido, você luta como um velho enferrujado, agora vá embora e volte amanhã ao anoitecer.

— Pretende me levar para sua cama? — inacreditável, com o olho roxo, e sangue escorrendo pela boca, ele ainda é sarcástico.

— Eu sei que esse era o seu desejo, mas não. Vou te ensinar como surpreender um adversário à noite na floresta.

— Te fazer gritar meu nome seria mais interessante, aposto que você gostaria. — bufou, ele realmente acha que teria chances?

— Meu querido, nem em sonho você meteria esse teu pau pequeno aqui, agora vá, antes que eu me arrependa de te deixar vivo. 

Garoto insolente deveria apanhar até que aprenda a respeitar uma mulher, como pode ser tão abusado, mas amanhã vou dar um corretivo nele. 

Rumei para dentro do casebre, e fui tomar uma ducha, e tratar dos roxos que Newman fez em mim. Ele bate bem, só não tem tática. Depois de cuidar dos hematomas, tratei de preparar um sanduíche para o almoço e para Deméter eu cacei um coelho. Deméter é o nome do grande lobo, escolhi esse nome em homenagem a uma deusa grega. 

As maravilhas de morar sozinha é poder ficar à vontade, resolvi ficar apenas de lingerie vermelha, e um roupão aberto. A porta do casebre foi escancarada e eu não contive minha expressão de surpresa ao ver quem invadia o local.

— O que você faz aqui? — fechei o roupão rapidamente, e pude ver os olhos selvagens sobre mim.

Não consigo acreditar que ela está aqui, eu só disse minha localização para Laura e minha irmã, quem pode ter dito a ela, quem poderia estar jogando dos dois lados? Será que ela mandou alguém me vigiar? Dúvidas e mais dúvidas...

A Escolhida (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora