Karla Galanis.
Depois de uma vitória gloriosa, eu mereço um descanso, aquela rainha demoníaca fugiu como uma gatinha assustada. Mas ela é interessante e é linda. Seus poderes são incomparáveis e ela sabe disso, no momento em que ela canalizou seus poderes em meu braço, pude sentir uma força desconhecida, entendi tudo naquele instante, ela é a... Fui tirada de meus devaneios pela conselheira chefe que invadiu meus aposentos como um furacão. Seus olhos transmitiam fúria e eu já imaginava o porquê, é hora de receber o sermão.
— Você tem noção do que fez hoje, Karla? — ela colocou as mãos na cintura e começou a bater o pé.
— Eu lhe dei uma vitória. — tirei a pulseira de couro e joguei em cima da mesinha de cabeceira.
— Você usou magia negra com a Rainha das Trevas, acha que ela não vai nos denunciar ao Conselho Remanescente? Nós temos honra, Karla e você jogou tudo no lixo por uma vitória. — ela gritou como se falar mais alto fizesse com que eu me importasse.
— Qual seu medo, Alicia? Somos da luz, os Deuses estão ao nosso lado e já faz muito tempo desde que a trapaça deixou de ser crime. — por que eles sempre agem como se fosse o fim do mundo trapacear?
— Isso era na Terra, você está em uma monarquia agora, aqui temos leis a seguir, e todos que não as seguem viram escravos do demônio. — Nessa hora minha cabeça deu um estalo.
— Todos os criminosos servem a Michelle? — questionei e ela assentiu. — E por que vocês estão em guerra se atuam em conjunto, seus criminosos vão para o reino dela e os dela vão para onde?
— Os criminosos dela vão para a forca, Michelle é uma mulher perversa e sem escrúpulos. — acho que tenho um tipo, porque adoro lidar com seres das piores espécies.
— Eu não tenho medo dela, vou fazer o que for preciso para detê-la. — fui clara, para que ela soubesse que, se fosse necessário, eu iria apelar para magia das trevas de novo.
— Escute bem o que vou dizer — caminhou até mim e apontou o dedo em minha cara. — Se por um acaso você mexer com trevas de novo, você será banida desse reino — olhou fixamente em meus olhos. — Não me desafie. — e desapareceu no ar.
Depois dessa conversa animadora fui tomar uma ducha. Lavei-me adequadamente e coloquei um vestido branco com um broche de sol na cor dourada, prendi o cabelo em um coque desajeitado, me joguei na cama e logo me entreguei ao sono.
Ouvi batidas fortes na porta e me levantei assustada, levei alguns segundos para acalmar o coração, e então, abri a porta com meus poderes. Entrou em meu quarto uma mulher branca, magra, olhos verdes e cabelo curto, tinha um ar sombrio.
— Mate. Mate. Mate — sua voz era gélida e distante, ela repetia a mesma palavra.
— Matar quem? Quem é você? — a minha confusão mental era notável.
— Mate a Rainha das Trevas.
— Como? — questionei.
— Arranque o seu coração. Arranque. Arranque.
Acordei com o suor escorrendo pelo meu rosto e uma sensação estranha. Que droga de sonho foi esse? Quem era aquela mulher e por que matar a Michelle Clark? O que tem demais no coração dela? Fiquei martelando sobre esse sonho por longas horas.
— Que se dane, foi só um maldito sonho.
Matar a Rainha das Trevas não seria má ideia. Alguém precisa matá-la, senão todos nós viveremos em um purgatório. Seu reinado está por um fio, Michelle. Eu não vou desistir enquanto não acabar com aquela mulher. Ela perecerá pelas minhas mãos, sem misericórdia, ela morrerá, sou uma filha de Atena, nasci para guerra.
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A Escolhida (DEGUSTAÇÃO)
FantasíaHá milênios uma guerra entre a luz e a escuridão se deu início pelo desaparecimento de um artefato valioso. E mesmo depois de tanta luta, ódio e rancor, o amor voltou a florescer. Numa noite, onde a escuridão dominava toda a extensão do céus e o pei...