Destino

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Estou me dirigindo até a diretoria de Hogwarts, pois aparentemente, o diretor Dippet disse que tenho visitas, por mais que tenha uma leve ideia de quem seja, ainda é muito irreal que elas tenham feito algo assim, elas nunca se expõe ao mundo dos humanos...

Já se passara uma semana do meu anúncio de namoro com Tom, ele ainda me deu um anel muito bonito para que possa usar como prova de nosso relacionamento, agora usamos alianças em nossos dedos e nossa relação está ótima, mas ainda não chegamos nos finalmente, Tom me rodeia como a cobra legítima que é, sempre que pode sua boca e suas mãos estão em meu corpo, seja quando vou em seu quarto de manhã, depois do café da manhã, no intervalo das aulas, antes do jantar e depois da sua ronda.

Tom me vicia com seu jeito fechado, misterioso e amoroso de ser, sempre me dizendo que me ama e o quanto sou importante para ele, sei que ele continua o mesmo, mas comigo ele é muito mais que um menino mau que deseja dominar com o mundo com as trevas que o habita, ele é apenas o Tom, um jovem orfão que me deixou me aproximar de seu lindo coração.

Ele é incrível, muito inteligente, muito carinhoso, paciente e sempre tenta me passar segurança sobre nós.

- Senhor, mandou me chamar? - questiono ao adentrar a sala de Armando Dippet.

- Oh sim, senhorita Néfus, venha entre - sua voz simpática soa pelo cômodo.

  Vou até onde ele se encontra e me surpreendendo totalmente ao seu lado estão minha tia e minha mãe em suas formas humanas.

- Vejo que sua genética é muito boa senhorita Néfus, são todas magníficas - ele nos olha maravilhado.

- O senhor é muito gentil, senhor Dippet...mas podemos ter uma conversa privada com Dea? - minha mãe pergunta serenamente o olhando com falso carinho.

-  Claro senhoras Néfus...com licença - o diretor se afasta se retirando de seu escritório.

- Bom querida, estavamos com saudade - minha tia me puxa para um abraço apertado, minha tia sempre foi a mais carinhosa.

- Eu também estava tia Mor - respondo a soltando e olhando minha mãe.

- Você está cada dia mais linda, minha filha- beija minha bochecha suavemente.

- Obrigada mamãe - agradeço.

- Querida, viemos aqui porque estamos preocupadas com você - minha tia pega em minhas mãos.

- Eu sei tia - afirmo tranquila.

- Não meu amor, você não sabe, você não pode ficar com ele querida, não mais - minha mãe fala cansada.

- Por que mamãe? - meu coração se aperta só de pensar na possibilidade.

- Você vai morrer Dea, ele não vai mudar por você, ele não mudou, meu amor - minha tia diz entristecida.

- E-eu eu não sei...eu - fico confusa do que dizer, já que aparentemente não há nada a se dizer, essa é a verdade afinal.

- Filha, você não pode ir contra sua natureza, se aceitar verdadeiramente quem ele é você terá anos, meses ou até dias de vida - uma lágrima solitária sai de meus olhos.

- Mas eu o amo, mamãe - afirmo surpreendendo eu e minhas familiares, eu o amava, realmente o amo.

- Não, não diga isso, filha, você é uma deusa, não precisa dele, ele não vale a pena - minha mãe me abraça com força.

- Mamãe, eu o amo, e Tom vale a pena, ele é o meu homem, não posso deixa-lo - respondo serena.

- Você não está raciocinando direito, por favor minha filha, por favor.

- Por favor mamãe? Vocês me colocaram nessa e em meses de convivência com esses humanos eu tive mais felicidade que nos outros séculos em que vivi... eu não vou deixa-lo, o assunto está encerrado - falo firme, decidida de que enfrentaria meu futuro com Tom.

- Filha, tente entender, seja racional minha filha... - minha mãe busca o meu olhar para o seu.

- NÃO, não quero entender, eu já vivi demais, senhora Vida, e se eu morrer daqui algum tempo, pelo menos morrerei feliz e rodeada de pessoas que verdadeiramente se importaram comigo... - finalizo o assunto ao me retirar da sala do Diretor Dippet em passos rápidos.

Chegando perto dos corredores principais, sinto a mão leve de minha mãe me virar para ela.

- Você não pode fugir do seu destino, Amare - sua voz pela primeira vez em minha vida está séria.

- Esse é o meu destino, mãe, e espero que você entenda, porque não irei abrir mão do que tenho - a respondo, escutando todo o barulho do corredor se silenciar.

- Esse não é o seu lugar, minha filha, seu lugar é ao nosso lado, você é essencial para todos - ela segura minhas mãos.

- O meu lugar é onde o meu coração está, eu nunca fui verdadeiramente feliz com vocês, nunca pensei em mim, mas agora, eu quero fazer o que for melhor para mim, e você vai entender, afinal, você deu sua vida pelo meu pai, por isso você está onde está hoje - lágrimas escorrem de meus olhos.

- Eu não quero que sofra como eu filha, o seu pai nunca me amou, apenas me enganava, eu fui tola em fazer o que fiz, e não quero que você siga o mesmo caminho...não posso aceitar - suas mãos seguram meus ombros com força.

- Amor?- a voz firme de Tom me chama em minhas costas - Solte minha mulher agora, senhora Néfus - Tom me puxa para os seus braços me aconchegando em seu peito.

- Eu espero que você a ame muito menino... para o seu próprio bem, espero que a ame muito - minha mãe promete se retirando do corredor.

- O que foi que aconteceu, meu amor? Não chore, por favor, você é tão linda para chorar e meu lado racional não consegue me ajudar com você assim - beija o caminho que minhas lágrimas fizeram.

  Respiro fundo, tentando conter minhas emoções, pois eu não posso mais esconder de Tom a verdade, a minha verdade.

- Tom, eu preciso saber se vale a pena...- falo olhando em seus olhos.

- O que vale a pena, minha deusa? - me questiona confuso.

- Se vale a pena eu dar a minha vida para viver com você - afirmo incerta, mas em minha cabeça o que verdadeiramente se passava em minha mente era... vale a pena eu morrer por voce, Tom? Morrer pelo nosso amor.

O Amor de Uma Deusa - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora