O Amor de Uma Deusa - Tom Riddle

Ruindo

- Amor, vamos...está tudo bem aí? - Tom me pergunta sutilmente do lado de fora da porta do seu banheiro.

- S-Sim amor, já estou saindo - falo segurando a privada sem forças para me levantar no momento, apenas me firmava na porcelana do vaso.

  Sangue, eu estou vomitando sangue.

Fazem dois meses desde minha primeira vez com Tom, somos um casal feliz, Tom sempre inovava nas coisas que fazia para mim, os carinhos, os elogios, o sexo e a companhia, ele era perfeito em tudo, eu o amo tanto que chega até a doer.

É visível os nossos sentimentos para qualquer um que veja, é algo além do que possamos conter com forças humanas.

Entretanto, fazem dois meses que estou morrendo lentamente, morrendo por dentro lentamente, Tom não sabe, ele tem a esperança de que eu irei viver muito tempo com ele, que ainda vai demorar para acontecer o inevitável...eu não posso...não posso fazer isso com ele, ele está tão feliz, eu vejo isso nele.

Me levanto do chão com dificuldade, me segurando nos móveis e lavo minha boca pegando a minha escova que deixo em seu banheiro colocando a pasta na mesma e escovo meus dentes rapidamente, tentando tirar o gosto e o cheiro metálico da minha boca.

Vamos passar duas semanas juntos, as férias de Natal, e ele disse que vai me levar para conhecer um lugar especial, eu tenho que me esforçar mais, ele está tão feliz, ele merece mais, Tom merece tudo.

Saío do banheiro com um rosto mais suavizado e vejo o meu amor parado me esperando sorrindo lindamente.

- Você está bem, minha deusa? - me questiona ao examinar cada pedaço do meu ser com atenção.

- Estou ótima meu amor, vamos indo, sim? - mudo de assunto rapidamente apontando para a porta do cômodo.

- Vamos, minha linda Dea - beija o dorso da minha mão, me levando com ele para fora do seu quarto.

[...]

- Tom, posso tirar a venda dos meus olhos agora? - pergunto sorrindo sem saber onde estamos.

- Só mais um pouquinho meu amor - ele fala ao me puxar delicadamente pela rua.

Aparatamos em algum lugar, ele me vendou, e agora está me guiando para o lugar onde ele tanto queria me mostrar.

  Paramos em frente a alguma coisa, já que ele me posicionou de frente para algo.

- Pode tirar, minha vida - ele fala feliz passando seus braços envolta da minha cintura e beijando minha bochecha com afeto.

- Tá bom - desfaço o laço e dou de cara com uma enorme casa, muito linda e realmente muito grande - que linda meu amor, é sua? - pergunto ao me virar para ele, sorrindo.

Ele me pega no colo estilo noiva e adentramos o portão da mesma.

- É nossa, nossa casa, Dea - fala ao abrir a porta da casa, que era espaçoso e muito bonito.

- Amor...como...como você - pergunto confusa, pois sabia que meu Tom infelizmente morava em um orfanato.

- Eu vendi alguns bens do meu progenitor, já que eles morreram, a herança toda veio para mim - me responde sério.

- É maravilhosa meu amor, eu te amo tanto...amo que você pense em nós - falo com lágrimas escorrendo pelos meus olhos...mas dessa vez a tristeza me corroia, eu não vou desfrutar de uma vida com Tom, não vamos ter bebês...não vamos ficar juntos para sempre.

- Eu te amo, Dea...amo muito, mais que tudo nesse mundo - beija meus lábios com amor, e nos leva para um lugar da casa da qual eu já tenha consciência.

- Vamos estrear nosso quarto amor - falo ao sorrir maliciosa para ele.

- Com toda certeza, minha deusa - seus lábios selam os meus novamente, me levando para a cama, me deitando na mesma enquanto meu homem me cobria com seu corpo forte.

[...]

São quase três da madrugada, eu estava colocando tanto sangue pra fora, que eu não conseguia respirar, estava doendo tanto, tudo doía, eu não podia deixa-lo, não, não posso.

  Tento me levantar com fraqueza, mas acabo escorregando no meu próprio sangue e caindo no chão novamente dessa vez batendo minha cabeça no chão.

  Antes de cair nos braços da inconsciência, vejo borrões de Tom parando em minha frente e tentando me fazer voltar para a vida.

   Não posso...não posso deixa-lo...eu o amo, por favor, não me tirem dele agora.