Capítulo IX

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Boa leitura.

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Ethan Blake

Minha mente ainda estava presa aos acontecimentos da noite de sábado, memórias carregadas de cortes e por vezes turvas, ainda assim conseguia ver perfeitamente cada traço da mulher traiçoeira que é dona de minha loucura e escutar sua voz baixa e quase vazia. Poderia sentir por cada parte do meu corpo o arrepio em ter um mísero toque, como meu corpo paralisou com sua presença, o vazio que foi efemeramente coberto e o coração socando as costelas.

E ainda mais viva estava a confusão que me assolava e era desferida em cada golpe contra o saco de pancadas, ignorando tudo e todos a minha volta, qualquer correção em repreensão ou informação repassada por Roxie.

Tudo era descontado com toda força como um meio de exalar o que massacrava em meu corpo e cabeça. A frustração de um possível deleite em delírio e a incapacidade nos últimos meses. Raiva por não poder mover como desejo. Dor pela ausência que chegava a ser excruciante.

— Ao que parece Felicite Rech foi morta na noite de sábado — James pontuou me obrigando a parar os golpes.

— Está dizendo que acredita em mim?

— Disse que iria ajudá-lo, sendo real ou não.

James se mostrou curioso quando contei sobre o acontecimento, sugeriu que falasse com nossa equipe e William, porém diferente de muitos se manteve imparcial quanto ao assunto, mesmo que eu soubesse que ele acreditava em possíveis delírios.

— Ela parece o sinônimo de perfeição de Oliver — Dean comentou ao se aproximar Roxie. — Não perde um mínimo detalhe.

Ele estava responsável por anotar cada ponto sobre Roxie, e não estava errado sobre a minuciosidade e quase onipresença de seu objeto de estudo. Seu olhar parecia sempre frio e focado, nenhuma brecha passava solta e não se deixava abater por nada, nem mesmo pelas carrancas e dificuldades em ensinar algo novo ou corrigir as pessoas mais duras, inclusive a teimosia de Lauren que por sinal era seu último alvo.

— Gosto de você, Lady, quase como um pequeno frasco de um doce veneno, não mais um ratinho assustado — Roxie afirmou em uma aspereza disfarçada. — Mas terá que fazer mais que isso se não quiser ser quebrada.

— Faça melhor então.

— Quem deve provar as coisas é você, então deixe de tentar me morder e foque no que digo sobre seu trabalho antes que se torne insignificante como antes. — Deu de ombros.

Não havia qualquer movimento em seus traços que denotasse irritação ou tédio, apenas a dureza comum e a força na voz que não era alta. Porém Lauren parecia com uma verdadeira bomba, mesmo que concordasse com as palavras que escutara.

Ardente Perdição - Duologia Volúpia - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora