As Tia do Coque

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Eros

Olhos verdes claros, ou será azul? Não sei, só sei que quando estou próximo dela o mundo parece parar e talvez ele pare só para ela demonstrar o seu brilho. Vou mentir não, to interessado na irmã da Daí ela sempre falava dessa irmã e mostrava fotos juntas e mais fotos e eu ficava curioso.

Sabe aquelas minas que joga um quilo e meio de efeito para ficar bonita na foto? E quando você vai ver pessoalmente você vê que não é nada disso? Eu pensava que ela era dessas, que seu cabelo era tingido e que ela botava aqueles cílios de abanador.
Se loco, um dia fui pegar uma guria do morro e ela estava com aqueles cílios, quando eu desgrudei da mina e a olhei a metade dos cílios tinha caído nela, isso foi assustador.
Mas ela não, os seus cílios são um ruivo natural suas sobrancelhas são perfeitas e o seu cabelo cumprido vermelho meio cobreado me deixou apaixonado pela primeira vista. Eu fiz a proposta, perguntei se ela queria ser minha fiel e ela recusou então chamei a Tati para ir no baile comigo, só chamo quando eu quero um descanso das outras, Tati sabe se portar é séria e é policial afastada.

 
A mesma foi afastada de os serviços devido ter encoberto uma parada para mim, e por admiração o seu chefe só afastou não prendeu. Tati tem habilidades que eu nunca vi em uma mulher até aparecer a Betinha, eu estava no baile com o meu fornecedor e logo vi ela entrando no baile,  estava com o cabelo preso, linda e com um vestido que marcava perfeitamente suas curvas, ela é diferente das meninas que eu conheço ainda mais por ela dizer que segue Jesus, porém não ela e diferente ela dança, ela conversa e vejo nela que talvez a minha visão de pessoas que curte igreja estava totalmente errada.

Nada contra as tia do coque e saia no pé!

Pois é, eu estava sentado na minha cadeira com uma mesinha cheia de bebida com os parças e passou uma tiazinha de saia e apontou para nois tudo dizendo que nois ia queima no fogo do inferno porque nois matava, nois roubava e nois fazia mal as pessoas e que nois iriamos pagar uma hora ou outra. Eu só dei uma fuzilada de olho para ela e balancei a cabeça em negativo, eu não sei o que pensar dessas pessoas assim elas querem vender uma religião as pessoas e obrigar elas a seguirem por causa de medo de inferno. Eu não tenho medo disso, eu sei que existe céu e Deus assim como sei que existe satanás e inferno eu só não mexo com eles.

Uma vez também parando para pensar, uma senhorinha bem de idade passou por mim enquanto estava subindo o morro e me disse que Deus tinha um projeto para minha vida e que não era essa vida que Deus tinha para mim e que Deus estava preparando uma família. Eu tinha dezoito anos, um mês depois aquela senhoria morreu e filho era a última coisa do mundo que eu queria, eu estava entrando no mundo do crime pegando o lugar do meu pai eu queria se patrão queria dominar então criei o habito de pegar todas as minas e levar no postinho se vacina assim eu não teria família.

Não é por mal, juro! Mas o mundo em que escolhi para mim eu não quero para os meus filhos eu não quero mais uma linhagem da minha família no mundo do crime então isso teria que acabar, e isso seria por mim. Eu tenho tudo que eu quero, minha mãe morreu e meu pai também, mas eles me deixaram um legado, de ser o que sou e não se fazer para ninguém.

Sou marrento, dono do meu próprio nariz, gosto de ser chamado de patrão e gosto de mandar.

Estava eu em pé com a mina dançando até que ouvi uns gritos e virei quando vi, Amanda, Joana e Carol foram para cima da Betinha e ela deu uma rasteira na Amanda um chute na Joana e a Carol saiu correndo ela me olhava e eu achando diversão pedi para o vapor acabar com a palhaçada.

Não gosto de mulher brigando por mim não.

Voltei minha atenção ao que estava sendo dito quando a Tati veio me dá um abraço e parou alguns segundo e eu estranhei quando ela desgrudou de mim e sentou brava quando olhei novamente vi que a Betinha estava dançando tentando chamar minha atenção e eu fiquei olhando. Essa mulher é um mistério para mim, ela não queria vim comigo mais está querendo chamar minha atenção por qual motivo?

Virei de novo para minha frente e vi que a Tati havia descido e eu dei de ombros quando depois de alguns segundo vi que minha arma não estava onde eu deixei e olhei para trás vi a Tati apontando a arma para a Betinha e ela não parecia estar com medo, eu tinha dois pensamentos em matar a Tati por ter pego minha arma ou se ela tocasse no fio de cabelo da minha mina.

— Eu vou matar essa mulher!  

Quando olhei com mais atenção a Betinha tomou a arma da Tati e ela ficou com medo no chão enquanto a outra estava dando um sorriso sarcástico. Eu tinha duas perguntas para fazer, como ela aprendeu a fazer isso e o que merda ela está tentando chamar minha atenção.
Depois de alguns minutos pedi para uns vapores ficar ao redor de Elisabeth  para que ela não arrumasse confusão de novo e ninguém com ela, minutos depois vi que ela estava bebendo e não liguei depois quando vi de novo ela estava se esfregando no Buiu e meu sangue subiu, e enciumado eu fui até ele e levei ela para minha casa. Ela estava bêbada e eu cuidei dela com o respeito que eu tinha ou um pouco dele, deixei-a dormindo e fui para o baile eu precisava esfriar a minha cabeça e esquecer que a mulher que eu quero está deitada agora na minha cama e eu não posso fazer nada.

Bebo todas, e uso muita droga e sou carregado pelos vapores até minha casa, olho a Elisabeth que desceu segurando uma arma e eu a estranhei segurando perfeitamente uma arma e começo a cogitar que ela é uma mina que o morro vizinho mandou para me vigiar.

Ela me da banho e eu caio na cama da maneira que eu estou.

Acordo de manhã com a toalha ainda presa meu braço esquerdo esticado com sua cabeça deitada eu olho seus cabelos longos espalhado pelo lençol branco e me atrevo a passar uma das mãos e ela se mexe um pouco e vira para mim, e ela lentamente abre os olhos, seus olhos claros dilata ao me ver e eu viro de lado também e coloco a mão na sua bochecha fazendo carinho e ela fecha os olhos lentamente com o toque, eu me aproximo um pouco mais e ela abre os olhos e chega mais perto e eu encosto os nosso lábios rapidamente e me afasto e ela olha no meu olho.

— Acorda suas fiel assim? – Provocou.

— Não estraga o momento não fia. – disse tirando o meu braço e levantando. – Nem no meu quarto elas vem.

— Extrapolou ontem em. – Se levantou. – Pode me deixar em casa?

— Vem cá, você sabe pegar em uma arma muito bem, sabe desarmar. – Insinuei desconfiado mas rapidamente ela me respondeu.

— Isso quer dizer que eu sei me defender. – Respondeu cruzando os braços. – Eu não sou boba Eros o mundo está cheio de maldade as mulheres estão morrendo por nada por homens que se acham dono do mundo, eu sei me defender e eu busquei isso, não sou nenhuma profissional, mas eu sei. – disse chegando perto de mim. – Eu sei que não confia nessas palavras, se quiser até me afasto assim é até melhor.

Valentina - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora