Valentina - Concluído

Espere, o amor tem final feliz!

— Valentina? - Ouvi ele me chamando e eu olhei para o corredor. 

—  Sim? 

—  Se eu me entregar, você fica comigo? Promete que vai me esperar?  

—  Obvio. – Falei a verdade. - Mas não precisa fazer isso. 

—  Jhonny vai se entregar também. – Estendeu seus pulsos para frente e veio uma lagrima nos meus olhos. 

— Não está falando serio. - Perguntei.

—  Eu estou, não faço isso para ser visto como homem que presta na sociedade estou fazendo isso para ser visto como homem que presta para você. - Respondeu sincero. - Vem me prenda, me leve para prisão que eu fique preso mas que depois eu seja um homem livre para ficar com uma policial se você quiser é claro. - Fui até ele e o abracei e logo após o beijei. 

—  Não precisa disso, vamos sair daqui de mãos dadas como entramos. - Segurei suas mãos. - Prometo que não vou deixar você por muito tempo na prisão vou ver se consigo diminuir para uns três anos. - Olhei para seus olhos. - Voce tem certeza Eros?

—  O que me preocupa Valentina e o que vai fazer nesses três anos? - Me olhou irônico. - Estou decidido eu não ia me entregar o Jhonny disse que vai porque ele quer ficar com a Dai que não é Dai e eu não ia mas quando você me deu as costas foi como se um tiro acertasse meu coração. 

—  Quanto a isso fique tranquilo, eu vou te visitar todos os dias vou me mudar para cá até você sair da prisão vamos procurar uma casa em qualquer lugar do mundo, talvez Grécia! Porque não? - Coloquei a mão em seu rosto. 

— Eu te amo. – Grudou sua testa na minha. 

— Eu te amo também Eros. 

Entreguei o Eros na prisão eu acabei falando tudo o que sabia e ele colaborou então acabou que a policia fez um acordo com ele, e nesse acordo foi ele ficar em uma cela só para ele, apesar de tudo ele não cometeu nenhum crime que a policia tenha provas,  apenas foi mandante de alguns dele mas por sua boa conduta ele poderia sair rápido mesmo que a pena fosse longa.

Jhonny ficou preso por pouco tempo porque não havia provas de crime para julgar e ele a muito anos de prisão, então Anne tratou de adiantar o casamento deles porque se amavam muito e nem falo que Caíque foi padrinho,  ele ainda estava com os meus três gato e recusava a me devolver. Acabei voltando para casa no Sul, ela estava em perfeito estado tomei um banho relaxante no meu chuveiro e vesti minhas próprias roupas, o Eros ia ficar de saidinha devido o bom comportamento então combinamos dele vim para minha casa e logo voltaríamos para o Rio, foi uma burocracia para a policia autorizar a vinda dele para outro estado, mas depois do Caíque assinar um termo e eu também, estamos aguardando só o retorno por escrito com autorização para ele vim logo. Na semana passada eu comecei a passar muito mal, pensei que era algo que eu tinha comido, fiquei até sem ver ele durante uns dias ele até acabou estranhando em uma dessas visitas fui parar na enfermaria do presidio com a pressão baixa, ele ficou muito preocupado comigo e eu informei que estava tudo bem naquele dia o presidio me encaminhou para o hospital e lá após um exame de sangue vi que estava gravida. 

Eu desmaiei com a noticia. 

Não demorei muito e pedi uma visita intima com ele para que eu pudesse abraça-lo e dizer que ele será pai e logo foi aceita. Quando eu cheguei no quarto após passar por uma vistoria humilhante,  fiquei esperando-o e ele veio ao meu encontro me abraçar e me beijar eu estava com saudades e ele também estava.

— Amor, que saudade! – Falou ainda me apertando. - Como você está? 

— Eu também estava, estou melhor sim! Tenho uma noticia boa. - Falei animada. 

— Vou sair daqui amanhã? – Riu. 

— Uma melhor que essa. - Ironizei. 

— Seu sim?

— Como assim? - Cruzei os braços. 

— Casa comigo? – Colocou as mãos no bolso e tirou um anel feito de aço de fio. – Eu não tenho anel muito bom ainda e não tenho nada para te oferecer agora, mas eu tenho eu e por enquanto posso te oferecer a mim. 

— É claro que nós aceitamos! – Respondi emotiva. 

— Nós? - Levantou uma sobrancelha! - Que papo é esse Valentina? 

— Eu estou gravida! - Fiz cara de obvia. 

— O QUE? – gritou e um policial bateu na porta.

— Está tudo bem policial, apenas falei que ele ia ser pai. – gritei.

— Quando descobriu? – Agachou e colocou o ouvido na minha barriga e eu ri. 

— Nessas viagens de lá para cá, ai quando passei mal aquele dia aqui eles me levaram para o hospital e no exame de sangue deu que eu estava gravida. 

— Estou tão feliz meu amor. - Subiu para me beijar.  - Nunca pensei que ficaria tão feliz ao saber que eu vou ser pai e olha que era o que eu tinha mais medo. - Me olhou. - E olha que quando estava lá com tu eu nem me cuidei mas na hora do cao a gente nem pensa.

Os meses foram passando e minha barriga cada vez maior, o Eros por bom comportamento o juiz liberou cumprir a pena dele em liberdade, ele não poderia sair do Rio de Janeiro mesmo liberando as saidinhas para o Sul,  até cumprir a pena e depois de mais dois anos ele seria um homem livre.  Ele pegou liberdade condicional quando eu estava de quarenta semanas, meu parto ia ser induzido por estar demorando muito, mas eu sabia que Deus estava ouvindo minha oração quando pedi que eu queria Eros no parto da nossa filha eu sentia muito medo e não queria estar sozinha naquele dia, mesmo tendo o apoio de Anne, Jhonny e meus gatos. 

— Amor? – Me chamou fazendo massagem em minhas costas. – Eu posso escolher o nome da nossa filha?

— Obvio amor, desde que não seja esquisito. - Dei uma risada. 

— Atena.

— Pensou em sua mãe? - Perguntei o obvio e ele balançou a cabeça. - Por mim tudo bem querido. 

O parto foi perfeito e a Atena nasceu de parto induzido depois de vinte horas de trabalho de parto, ela era forte tinha olhos escuros iguais de Eros e cabelos vermelhos iguais os meus ela era uma mistura louca de nós dois.  Aos poucos, Eros foi descobrindo o que ele queria para vida dele e foi endireitando, estávamos decidimos morar na Grécia e finalmente depois de três anos o Eros estava livre de toda a acusação por falta de provas, eu acabei cuidando disso, confesso.

 Ele me disse que orou todos os dias para Deus dar a liberdade para ele e ela veio, quatro anos de relacionamento, uma filha eu estava casando com o Eros na praia na Grécia como nós sonhávamos apesar de tudo que passamos em anos. Ele tinha suas economias e eu as minhas, aqui achamos a família da sua mãe e fomos bem acolhidos, tudo estava sendo de acordo com a vontade de Deus. 

Buscando-o não porque eu sou perfeita mas por que sou cheia de erros e foi por isso que fui chamada por Deus.

— O Valentina, essa menina não vai falar não? – Jhonny pegou a Atena no colo. 

— Ela vai falar mamãe quando estiver pronta. 

Olhei para o Eros que estava de braços cruzados olhando para mim e para Atena e veio até a mim e me abraçou e beijou minha testa.

— Obrigada Deus por essa mulher maravilhosa.

— Amém. 

— Bem que dizem que se esperarmos o amor tem final feliz. - Falou no meu ouvido.