Chapter XXVIII.

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Brooke's point of view.

Phill carregava minhas sacolas de compra pelo shopping, enquanto eu olhava as vitrines de todas as lojas que passava em frente. Aproveitei aquele dia de compras pra levar vários presentes para Deborah e seu filho. Na última consulta, finalmente descobrimos o sexo do bebê. E claro, eu a bombardeei com ideias de nomes, tentando convencê-la a não homenagear o falecido. Ele não merecia.

— O que acha de Jack? — Perguntei para o grandalhão ao meu lado enquanto escrevia no bloco de notas do celular.

— É um nome bonito. — Ele disse simplista. — Não devia deixar sua amiga decidir sozinha? O filho é dela... Pablo não é um nome tão ruim.

— Eu acho péssimo! — Retruquei, arrancando uma gargalhada de Phill.

— Gostando ou não, ele é o pai da criança e sua amiga o amava. Não cabe a você decidir isso.

— Você ficaria surpreso com o quanto consigo ser persuasiva.

— Não duvido disso. Conseguiu me trazer até aqui para carregar suas compras, não é?

— Jason me devia essa.

— Aposto que ele gostou de se livrar de mim.

— Com certeza, Jason gosta de espaço pra fazer as merdas dele.

— É por isso que não devo deixá-lo sozinho. Você sabe... Seu irmão é autodestrutivo.

— Só vou parar nessa última loja e então vamos pra casa, aí você pode colar nele e não o deixar mais em paz, ok? — Saí na frente, não dando chance para Phill retrucar.

— Por que você odiava tanto o Pablo? — O homem questiona de repente, me deixando preocupada. Tentei ao máximo transparecer indiferença, fingindo prestar atenção nas roupas dos cabides.

— O que? Eu não o odiava. Só não era sua maior fã.

— Por que?

— Ele não era bom pra Deborah.

— Violento, você quer dizer?

— Além de infiel, escroto... Entre outras coisas. — Me fiz de indiferente e respondi a mensagem de Jason pergungando onde eu estava.

— E mesmo assim não o odiava?

— Onde quer chegar, Phill? — Virei em sua direção.

— Só fiquei curioso.

— Por que?

— Algumas pessoas que estavam no bar viram John atirar nele e depois fugir. — Engoli em seco, colocando o cabide de volta no lugar e comecei a andar lentamente entre as araras da loja com Phill me acompanhando. — John era um mercenário.

— O que isso tem a ver comigo?

— Eu não disse que tem. — Ele riu e arqueou as sobrancelhas. Merda, acabei de me entregar. — Sabe o que mais viram? — Neguei. — Viram John tentar atirar no seu irmão. Seu pai não sabe disso, porque Jason não contou. E nem pra mim, se é o que está se perguntando, mas depois do que aconteceu com ele, tive que investigar. Seu irmão podia ter morrido e, se isso acontecesse, não gosto de pensar no que seu pai faria comigo. A questão é que John está morto.

— Por que está me contando isso? 

— Achei que fosse querer saber, ele era seu segurança. Ah não ser que você já soubesse...

— Não... Eu não....

— Não? Engraçado... John foi visto a última vez na festa da Empire. Imaginei que tivessem conversado, já que deixaram o prédio praticamente ao mesmo tempo.

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