Chapter XIII.

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Jason's point of view.

Dia seguinte.

Não falava com Carl desde nossa briga, mas também não me importava em fazer as pazes ou qualquer merda dessas, até porque os gemidos de ontem à noite da nossa irmãzinha não saíam da minha cabeça, muito menos a imagem do seu corpo completamente nu embaixo do meu. E assim que entrei na sala de jantar para o café da manhã, dei de cara com Brooke e ele sentados lado a lado enquanto comiam. Minha mãe, Dorothy e Adam também estavam ali, e todos faziam silêncio. Não os encarei por muito tempo, passei direto e parei próximo à ponta da mesa para pegar o suco, mas sentia o olhar de todos em mim.

— Está em cima da hora, querido. Acho melhor se apressar se não quiser se atrasar. — Dorothy alertou com seu habitual tom de voz carinhoso e tranquilo, me fazendo concordar.

— Senta pra tomar seu café. — Madison se levantou após falar, conferindo o horário no relógio.

— Justin já trouxe meu carro?

— Por que, onde está o seu carro? — Ela então parou no meio do cômodo, lançando um olhar duro e desconfiado pra mim. Merda.

— Ér... Com ele? Eu vim com ele ontem.

— E por que não me disse isso quando chegou? — Madison semicerrou os olhos, me deixando encurralado. Ela não podia saber que Justin me trouxe porque eu estava drogado demais pra dirigir.

— Porque você ficou me dando um sermão de meia hora e não me deixou falar. Não foi nada demais. Nós não conversamos muito.

— Sei. Depois vou ter uma conversinha com seu pai. — Ela ainda estava desconfiada, mas pareceu engolir aquela desculpa, por ora. Mas Justin provavelmente falaria a verdade e eu me foderia de qualquer jeito. — E o sermão não foi nem metade do que você merece por me desobedecer tanto.

— Isso eu tenho que concordar. Esse garoto merecia uma surra pra aprender. — Adam se fez presente, sendo o grande merda de sempre. Engraçado que agora ele sequer disfarçava a raiva que sentia de mim na frente da minha mãe e de Brooke.

— Adam?! — Madison arregalou os olhos, assim como Brooke e Dorothy, encarando ele de forma incrédula.

Por que estavam tão surpresas?

— E quem vai me bater? Você? — Provoquei debochado. — Vou adorar te ver tentar.

— Não, ninguém vai encostar um dedo em você! — Madison disse dura, mantendo o olhar firme em Adam. — O que deu em você? Nunca falou assim.

— Nunca? — Forcei uma risada sarcástica. — Nunca na sua frente, você quer dizer.

— Não se faça de vítima, você me provoca. — Ele retrucou. — Esse garoto é abusado, debochado, desobediente e não respeita você e ninguém dessa casa! E parece que você se faz de cega, Madison. Não vê o que acontece debaixo do seu teto.

— O que você quer dizer? — Minha mãe perguntou confusa.

Porra.

Ele ia falar sobre mim e Brooke...

— Pergunta onde Brooke dormiu ontem. — Adam se levantou, olhando para a loira que largou seu copo na mesa e pareceu engolir em seco, assistindo aquela discussão assustada.

— Ela dormiu aqui. Nós vimos quando ela chegou.

— E em qual quarto ela dormiu?

— Brooke? — Nossa mãe arqueou as sobrancelhas, esperando uma resposta. Já Carl, assistia tudo em silêncio, o problema seria se ele decidisse abrir a boca também e contar o motivo pelo qual brigamos.

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