Need You (Segunda Temporada)

Capítulo 11

Pov. Priscilla Smith

Depois de toda o ocorrido e confusão que meu pai causou, eu tive uma conversa sincera com Natalie, ela me contou que chegou a pensar em se mudar para o antigo apartamento, para viver mais simples e que ninguém a jugasse... eu achei isso um absurdo e falei a ela. Pouco importa o que as pessoas acham sobre nós, o que realmente importa é nós duas, nosso amor e cumplicidade, pronto. Não quero mais minha esposa falando sobre isso.

Ontem, depois que eu saí da casa dos meus pais eu havia voltado novamente para casa de Bia e lá eu só comi e fui praticamente colocada para dormir, eu estava exausta. Hoje, nós voltamos para casa e Natalie já está em sua condição normal, mais disposta e sem febre alguma. Fico feliz, gosto de vê-la bem.

Agora eu estou terminando de preparar nosso jantar, acabei de colocar a lasanha no forno e vou aproveitar esse tempo para tomar um banho e ficar arrumadinha.

Quando entrei no quarto, Natalie estava sentada no sofá que fica aos pés da cama, ela está em um vestido de alças finas e estampa xadrez azul que ela ama, um coque frouxo no cabelo e passava hidratante em suas pernas desnudas, o cheiro bom de morango emanava e se misturava com o de seu perfume. Senti tanta falta disso, de sua presença. Me aproximei e dei um selinho nela.

- Você está bem mesmo?- Perguntei toda amorosa.

- Umrum. – Murmurou ao mesmo tempo que assentiu em positivo.

- Vou me arrumar para jantarmos, a comida já está quase pronta. – Avisei e deixei um beijo em sua testa antes de me encaminhar para o banheiro.

Optei por um vestidinho leve floral e ao me arrumar fui para a cozinha. Natalie estava arrumando a mesa, enquanto isso tocava a música "This Autumn" na voz de Nat King Cole, fiquei observando ela balançar o corpo suavemente ao som. Eu tinha o objetivo de matar toda minha saudade dela essa noite, eu já não aguentava mais.

Colei meu corpo no dela abraçando sua cintura por trás, afundei meu rosto na volta de seu pescoço e respirei calmamente, senti o amor percorrer energeticamente por meu corpo, eu tinha a melhor pessoa do mundo nos meus braços novamente, disso não tenho dúvidas. Oh, mulher cheirosa essa minha...

Me segurei para não atacá-la antes da hora, nem ousei beijá-la como queria, sabia que eu não conseguira parar depois. Pedi para minha esposa se sentar e coloquei a travessa com a lasanha no meio da mesa, trocávamos olhares cumplices o tempo todo, sustentávamos o olhar por segundo, que expressavam amor uma pela outra e desejo, principalmente reprimido.

Servi ela e a mim também e ficamos de frente uma para a outra. A luz ambiente está baixa, um som agradável toca, a comida está perfeita, modéstia parte e estou com a mulher que amo, não poderia ser melhor, quer dizer, por enquanto, pelo menos.

- Se tem uma coisa que ainda quero aprender nessa vida é a cozinhar tão bem quanto você, amor. – Sorri orgulhosa. Natalie sempre me elogia quando cozinho e eu gosto disso, espero que nunca mude.

- Você já cozinha bem, mas posso te contar alguns segredos meus na cozinha. – Olhou maliciosa para mim, acho que ela entendeu com outro sentido... safada.

- Eu vou amar. – Piscou um olho e levou mais um pedaço de lasanha à boca.

Nosso jantar prosseguiu de forma agradável, conversávamos sobre as coisas que aconteceram enquanto eu viajava, Natalie falou das reformas que precisava ser feita em alguns dos hotéis e eu estava pensando em alternar meu trabalho com os negócios da empresa para ajudá-la, depois conversarei melhor sobre isso com ela.

- Sabe aquela caneta que você amava? – Natalie perguntou e eu assenti, estava com a boca cheia. – Então... eu acabei destruindo ela. – Encolheu os ombros e sorriu amarelo. Encarei ela, como isso aconteceu?- Desculpe, foi o ciúme. Eu vi sua foto com aquela mulher lá e não me aguentei, sabe como eu sou.