Need You (Segunda Temporada)

Capítulo 19

Pov. Priscilla Smith

Felicidade. Há quem diga ser um estado de espírito. Claramente um sentimento instável, influenciável pelas coisas que nos acontece. Podemos estar nos sentindo leve, vendo o mundo mais colorido, estar feliz... E de repente uma topada no sofá te rouba isso e sucessivas outras coisas pequenas chamam sua atenção e te faz concluir que seu dia é de azar.

Muitas vezes desejamos muito uma coisa e acreditamos que nossa felicidade se encontra nisso. "Eu só serei feliz de verdade quando tiver uma moto". Daí você consegue a moto e descobre que o sentimento de felicidade não veio e se veio durou pouco tempo, pois novos problemas surgem ao realizar esse desejo. Isso acontece com muitas outras coisas. Ao perceber isso é bom estar disposto a olhar o mundo com outra ótica, o seu mundo, na verdade. É sobre quais as coisas que valem a pena eu deixar viver em meu coração, que eu devo verdadeiramente absorver.

Quando eu fico sozinha acabo pensando essas coisas, a vida é cheia de acontecimentos que jogam sua felicidade bem para longe. Eu, por exemplo, busco ver o que tem de bom, deixei boa parte do meu passado para trás, em busca de viver meu futuro melhor. É certo que o meu passado influenciou a formar a mulher que sou hoje. Posso dizer que sou um quebra-cabeça incompleto, todos os dias uma peça nova se encaixa em mim, até um dia se completar e reiniciar tudo de novo. Negócio doido.

Uma caneca fumegante de café, a vista da minha sala para o mar em um fim de tarde e a espera torturante por minha mulher me faz pensar nessa loucura toda. Ficar sozinha sem escrever e ler acaba nisso, pensamentos aleatórios, ou não. Penso no sentido de felicidade porque parece que sou preenchida disso. Fecho meus olhos e sonho com a minha família: minha esposa, nosso filho ou filha e eu. Mais que perfeito. Exemplo perfeito de felicidade.

Espero Natalie ansiosamente, depois de passar o dia no escritório finalmente me dei o devido descanso que só será completo quando tiver o meu amor nos meus braços. Todos os dias fico a espera de minha morena passar por aquela porta, vir até onde estou, me abraçar e encher de beijos. Eu dar um longo beijo em sua barriguinha de três meses e ficar agarrada a ela.

Sentada no sofá tomo mais um pouco do meu café. Ouço a porta de entrada sendo aberta e Natalie passando por ela. Seu olhar logo me procura no lugar de sempre e trocamos um sorriso, deixo minha caneca sobre o suporte no braço do sofá e abro meus braços para recebê-la.

— Hm, que abraço gostoso. Estava morrendo de saudade de vocês. — Falei em meio a nosso aperto. Natalie sentada em meu colo.

— Nós também sentimos muitas saudades. — Nos separamos e ganhei um beijo suave nos lábios. Não queria soltá-la, então prolonguei um pouco mais nosso beijo, percorria minhas mãos por suas curvas. — Vou tomar um banho. — Levantou-se. — Quer vir comigo?

Não recusei, a acompanhei no banho. Aproveitamos para namorarmos um pouquinho e eu dar carinho a minha mulher. Depois, no closet, percebi Natalie nua se olhando muito em frente ao espelho, sei que é aquele momento em que as mulheres quando engravidam ficam inseguras.

— Você está tão linda. — Elogiei acariciando sua barriga. — Achei que não pudesse ficar ainda mais linda, mas me enganei. — Dei vários beijos carinhosos em sua barriga, no lado direito, outro no esquerdo, sobre seu umbigo. Depois voltei a mesma estatura que ela e admirei todo seu corpo, completamente perfeita. Os seios um pouquinho maiores, a bunda também. Sua barriga tem se destacado muito, pois ela tinha a barriga chapada e cada centímetro a mais fica bem perceptível.

— Estou engordando muito. Está aparecendo várias estrias em minha bunda. — Fez carinha triste.

— Isso é normal, meu amor. Nada disso te torna menos bonita, continua perfeita, cada dia mais linda. — Sorri confiante. Eu olho para essa mulher e só consigo me apaixonar mais, se Natalie tem aumentado seu desejo sexual na gravidez por motivos de hormônio, eu consegui acompanhá-la, mas por motivos de que ela está um tesão de mulher.