✨𝑩𝒂𝒃𝒚𝑺𝒊𝒕𝒕𝒆𝒓 - 𝑭𝒊𝒍𝒍𝒊𝒆✨

- 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒄𝒖𝒍𝒑𝒂 𝒅𝒆𝒍𝒆!

(PLAY NA MÚSICA QUANDO EU MANDAR CAMBADA)

- não acredito que estou realmente fazendo isso. - o cinto ja passara cerca de duas vezes em volta da sua cintura e ainda não estava bom. - Millie Bobby Brown, onde você se mete por causa de homem.... - quando o acessório finalmente ficou como ela gostaria, girou os calcanhares em busca de algo. - Tudo bem, uma maquiagem não muito forte, mas também não muito fraca.

"Space Girl" tocava na caixinha de som em seu quarto. Olhou atentamente no calendário para ver se não estava doida. 09 de julho, Sábado.
Aos fins de semana a menina ficava em sua casa enquanto os Wolfhard's ficavam com sua tia, para dar um descanso a babá.

- filha? - a figura materna apareceu em um roupão rosa escuro no quarto da filha, ainda sem entender o porque da música alta nessa hora da noite. - uau. Você está linda! Onde vai?

- han... obrigada mãe! eu.. vou sair com Sadie. - quase pode sentir as palavras se embaralhando e tudo indo por água baixo. - Combinamos de ver um filme novo no cinema. Não tem problema né? Já que sempre fazemos isso achei que não tinha de falar com você. - sorriu amarelo.

   Millie inventou toda essa desculpa por medo. Finn era um menino difícil com uma reputação não muito boa entre as mães do Los Angeles High School. Em geral, Kelly era uma mãe consideravelmente liberal e conservadora ao mesmo tempo. Mas mesmo assim, sua filha ainda tinha receio de lhe contar certas coisas por medo de sua reação. A relação das duas não era lá das melhores, mas dava pro gasto. Então ela apenas estava evitando problemas.

- ah, tudo bem. Vai dormir lá?

- uhum.

- certo, não se esqueça do casaco! - elevou a voz ao sair do quarto.

Um suspiro de alívio saiu dos pulmões dela. "Quase.." pensou. Após olhar mais uma vez no espelho abriu um sorriso. Estava básica mas ainda sim com sua essência. Mas então o mesmo logo viera a se desmanchar, e mil pensamentos ansiosos tomaram conta de sua cabeça. E se Finn a deixasse excluída em algum canto da festa? E se ele agisse igual um babaca na frente dos outros? E se tudo desse errado? E se....

Pensamentos malucos foram interrompidos por uma buzina não tão familiar.

- merda Wolfhard, falei pra não chegar metendo a mão na buzina.

Uma visão agradável da sua janela chegou até seus olhos: o garoto que invadia sua cabeça -quase - todas as noites antes de dormir agora estava em uma jaqueta de couro, estacionando seu conversível na rua de sua casa. Deixou uma risada escapar, levemente corada. Então, antes de sair pela janela, passou seu perfume especialmente para as festas, que não era usado com tanta frequência.

Pular a janela não era nada ao desafio que era manter a postura perto dele. E o idiota sabia disso.

- não falei pra parar na rua de trás, e não buzinar? - abriu a porta da máquina preta, fingindo incômodo.

- pois é gracinha, mas acontece que eu não sigo suas regras. Esqueceu que eu sou a autoridade aqui? - a postura do rapaz era de irrelevância, como se realmente aquilo que disse fosse verdade. Sua mão direita pousou na marcha do automóvel, e a outra no volante, enquanto tocava pneu.

- só nos seus sonhos, gracinha. Ainda sim, minha mãe pensa que estou na Sadie, então se ela ver essa cena aqui - apontou para todo o carro - nunca mais saio de casa.

- uau, Millie Bobby Brown filha rebelde. Por essa eu não esperava.

Por dentro a garota escondia um sorriso único, pois ao mesmo tempo que Wolfhard a tirava dos trilhos, ele a colocava nos mesmos. Eram muitos sentimentos e muitas incertezas dominando-a.