- 𝙚𝙣𝙜𝙤𝙢𝙖𝙙𝙞𝙣𝙝𝙤

55 8 0
                                        

- cacete. - a reação de Millie conseguiu ser pior do que a de Finn, sentindo-se totalmente envergonhada. Se esconder em algum lugar resolveria?

- cacete Millie. - parado, sem mexer um músculo, ele não parecia bravo, apenas meio rígido.

- Finn, e-eu não... - se sentiu enjoada de novo.

- só vai cuidar de você e eu resolvo isso. - curto e grosso. Grosso não, seco.

Millie parecia um cachorrinho com o rabo entre as pernas correndo para o andar de cima. Isso só poderia ser um pesadelo, e ela torcia para que fosse. Estar bêbada deixa tudo meio dormente, mas ela se assustou ao sentir um enorme desconforto em seu braço esquerdo. A menina estava se beliscando, torcendo para acordar em sua cama num dia ensolarado e comum. Mas não, nada aconteceu; além de tudo de vergonhoso que poderia acontecer. E agora?

-ok Millie, sem desespero. Lá vai: banho, descer as escadas e pedir desculpas. Simples! - um riso muito forçado saiu de seus lábios, junto com o que parecia ser um som de desespero. Seu peitoral subia e descia rapidamente, como se a qualquer momento ela fosse vomitar de novo. - Chega, bora pro banho.

MILLIE'S POINT OF VIEW

Com um pouco de dificuldade, por conta do machucado recente, consegui tirar minha roupa e entrar de baixo da água não tão quente. Fecho os olho e deixo os pensamentos escorrerem para o ralo a baixo. Tento não molhar o corte recém enfaixado e por algum motivo obtenho sucesso. Cabelo lavado e dentes bem escovados me ajudaram a não surtar. As falas que logo terei de dizer ficam passeando por minha mente, como se adiantasse de alguma coisa, já que, se eu conseguir chegar lá embaixo, vou me embolar toda.

Espera, eu tomei algum remédio?

Meu Deus, certamente nunca mais irei beber na vida!

E depois de longos minutos no banho, consigo me recompor e ter certo controle sobre meus pensamentos, mesmo com uma dor de cabeça a caminho. Ainda de toalha enrolada em meu corpo e cabelos, me sento na cama, relembrando cada detalhe daquela noite maluca. Sadie iria rir tanto se estivesse aqui...

Uma batida na porta atrapalha minhas reflexões e da espaço a uma sensação de desespero. Certamente não seria Molly, já que ela esta na casa da tia. Merda. Pois é Milllie, você não pode simplesmente fugir de todos os problemas que tiver, não tem como!


- Millie? - sua voz parece calma, e não seca com antes. Já é um bom sinal, não? Contudo, acabei não percebendo que não respondi. - Mills?

- pode entrar! - altero a voz e vejo a imagem de um Finn diferente da qual vi na ultima vez. Cachos molhados, calca cinza de moletom. E só. A falta da sua camiseta mostra que ele andou malhando. Caramba, não era para eu estar somente de toalha, não é? Só percebo que uma roupa esta presente debaixo de seu braço depois de alguns segundos.

E ele fica lá, parado na minha frente, esperando eu dizer algo como se eu tivesse batido em sua porta. Seu semblante parece normal, diferente do meu, que com certeza deve estar apavorado.

- Desculpa. - Isso sai da minha boca como um impulso, junto com o meu corpo. Levanto rapidamente e tomo a atitude. - Não queria ter feita... aquilo. - a lembrança faz meus olhos se apertarem, em forma de vergonha. - Desculpa ter sido grossa e ter gritado com você. Entendo se estiver bravo comigo... - dessa vez meu olhar vai em direção as minhas mãos, que estão coladas uma na outra.

- teve uma vez, me lembro ate hoje, faz muito tempo. - o sigo pelo olhar e ele se senta na cama, com os braços cruzados, dando ênfase aos seus músculos não tão grandes, mas não tão pequenos. Ele joga o tecido para mim e quando abro o mesmo, vejo que é uma camiseta dele. Certamente ficará grande em mim, como um vestido, mas quem se importa? - Toma. Pra voce vestir de pijama. Enfim, eu estava numa festa infantil, em um brinquedão. Vi um menino cabeludo comendo no topo dele, e logo depois escorregando até lá em baixo.

✨𝑩𝒂𝒃𝒚𝑺𝒊𝒕𝒕𝒆𝒓 - 𝑭𝒊𝒍𝒍𝒊𝒆✨Onde histórias criam vida. Descubra agora