Epílogo Quatro: O julgamento de Sean Diaz

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   Estávamos no tribunal nesta manha. Hoje é o dia do meu julgamento. Alguns dias se passaram desde o acidente na ponte com o ônibus. Minha família veio cedo, isso incluía Karen, minha mãe, Lyla, minha melhor amiga de Seattle e para minha surpresa Finn e Cassidy também. É ótimo poder vê-los em um momento tenso assim, faz com que eu me sinta menos nervoso com tudo isso.

   Lyla chega junto com meus avós e Daniel. Eu e o advogado já estávamos sentados na frente, o auditório do tribunal ainda estava vazia, apenas alguns jurados já haviam chego. Quando Lyla me vê ela corre para vir me abraçar.

   - Sean! Oh, meu Deus, eu senti tanto a sua falta!

   - Eu senti sua falta também, Lyla - digo, e a abraço com força, deixando meus olhos se fecharem.

   - Como você está? Cara, Seattle não é a mesma coisa sem você. Eu me senti um peixe fora d'água sem você por perto.

   - Obrigado, Lyla. Eu já estive melhor, mas estou confiante de que conseguirei sair daqui, acho que tudo vai dar certo.

   - Eu também acho. Daniel me contou no caminho o que vocês passaram, mas é muita coisa para assimilar ainda. O que aconteceu foi tão injusto, e essa agente Flores? Que tapada.

   - Ela é, desde o começo me tratou como um criminoso, talvez eu fosse um... ou seja...

   - Sean Diaz, você não é um criminoso, e hoje você vai provar para aquela mulher e paraqualquer um que duvidou de você.

   - Obrigado, Lyla.

   - Hey, Sean - dizia Daniel -, olha só quem chegou.

   Olho por cima do ombro de Lyla, para a porta de entrada, e vejo Karen entrando com Finn e Cassidy. 

   - Eai, garoto. Hoje é o dia, como se sente? - Pergunta minha mãe.

   - Hey, Karen. Estou nervoso, mas confiante.

   - Eu estaria nervosa também, mas não ne preocupe, tudo vai dar certo.

   - Espero...

   - Sean Diaz... - diz Cassidy se aproximando.

   - Hey, Cassidy - nos aproximamos e nos envolvemos em um abraço. - Senti sua falta.

   - Eu também, Sean. Não acredito que tudo isso aconteceu com você. Parece que a polícia está fazendo isso só para ter alguém para culpar pelas coisas que aconteceram, já que Daniel ainda é criança.

   - Eu penso nisso também, parece que eles não foram capazes de pensar por conta própria.

   - É por isso que estamos aqui - observou o advogado. - Realmente, tudo o que vi no caso foi falta de bom senso do FBI e da polícia, mas estamos aqui para trazer juízo para essas anencéfalos.

   Cassidy e eu rimos. Eu a apresento a Lyla e conto breves histórias sobre cada um de nós para elas irem se conhecendo e poderem conversar, de qualquer jeito eu provavelmente serei o assunto de algumas, senão da maioria das conversas que estiver rolando por aqui. 

   Finn se aproxima de mim com o rosto corado e um sorriso discreto de leve e diz:

   - Hey, meu queridão.

   - Oi, Finn - digo com o coração acelerado. Eu lembro da última vez que nos vimos, no hospital, quando eu fugi para encontrar Daniel em Nevada. Foi uma despedida rápida, queríamos que tivéssemos mais tempo, e talvez agora tenhamos. 

   Ele me puxa para perto e me abraça, colocando uma de suas mãos na minha cabeça. Eu o abraço de volta e lembro como eu me sentia quando estava perto dele. Era uma adrenalina boa, uma satisfação... uma paixão...

Life Is Strange 2 - Unidos Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora