Há alguns anos, depois que Daniel salvou aquele ônibus escolar de cair da ponte e causar a morte de várias crianças, ele ficou na vista do exército dos Estados Unidos, queriam estudar ele e eu e o advogado sabia o que isso significava. Queriam usar Daniel como uma arma para eles, é o que esse país sempre fez, coleta armas e se beneficia de guerras, mas meu irmão não é uma arma e ele deixou isso claro.
O judiciário e a polícia são setores independentes. A polícia estava cuidando do caso do Daniel e o judiciário quase me colocou na prisão por muitos anos, foi graças aos poderes dele que consegui sair daquele problema, mas isso colocou meu irmão em outro problema. Quando terminar a escola, ele vai fazer um treinamento militar para virar soldado, Daniel concordou com isso pois o FBI foi bem persuasivo. Colocaram uma tornozeleira eletrônica nele e o proibiram de sair do país até segunda ordem, o acordo que fizeram envolveu uma equipe dos direitos humanos defendendo ele; tentaram livrar meu irmão de tudo aquilo mas tudo o que conseguiram foi um acordo, e pelo menos, foi um acordo bom. O trato foi que Daniel faria o treinamento militar quando terminasse a escola e estaria listado como soldado para futuras possíveis missões, em troca, ele teria liberdade de sair do país quando quisesse mediante aviso prévio. A equipe dos direitos humanos não achou o suficiente por temerem a índole dessas missões, então colocaram no acordo que Daniel só seria convocado para missões de apaziguar situações fora do controle, de maneira diplomática a fim de restabelecer a ordem e seja prevalecido o bem estar social. Quando o judiciário negou, ficamos com medo, furiosos durante o tribunal e eles ameaçaram a gente, apontaram armas para nós. Daniel ficou muito bravo e usou seus poderes para arrancar a tornozeleira e esmagou as armas dos soldados como se fossem papeis e o que ele disse foi bem claro:
- Vocês querem que eu faça com outras pessoas a mesma coisa que vocês está fazendo com a minha família? Ameaçar e intimidar? - Ele diz olhando para os juízes na bancada. - Eu ajudo vocês com o que for preciso, desde que sejam aceitas as condições que os meus advogados propuseram! Caso contrário, esqueça, vocês não tem o direito de mandar em mim. Vocês quase mandaram meu irmão para prisão só por termos descendência latina! Eu não devo nada a vocês, nada.
- Você está sendo muito hostil, senhor Diaz. Como quer que confiemos em você após essa demonstração de descontrole?
- Meu irmão não é descontrolado - digo - e não somos nós que apontaram armas para sua família.
- Eu não serei a sua marionete - Daniel finaliza, soltando os cacos das armas no chão.
No fim, tudo o que foi preciso foi um pouco de persuasão do próprio Daniel. O judiciário e o FBI aceitaram os termos com a condição de acompanhar o histórico acadêmico, não nos opusemos a isso, isso não era tão ruim, era algo pequeno e ninguém queria começar outra discussão, muito menos ter que voltar ao tribunal.
Tirando a tornozeleira eletrônica, Daniel vive normalmente. Ele é uma boa pessoa, aprendeu bem o que ensinei. Ele tem compaixão, é amoroso e amável, Daniel não oferece perigo para ninguém e demorou para os idiotas do FBI entenderem isso, mas eles entenderam. Eu e ele somos acompanhados por psicólogos regularmente por conta das coisas que vivemos e a psicóloga que acompanha ele garantiu tudo o que nós já sabíamos, Daniel é uma boa pessoa, e o meu psicólogo que me acompanhava em Beaver Creek garantiu também que e eu não sou um criminoso em potencial. Nós somos pessoas livres.
Ainda somos obrigados a fazer consulta com psicólogos e essas coisas, mas eu até que gostei disso, relutei no começo de falar alguma coisa, mas depois se tornou até uma coisa legal. Mesmo aqui em Nova Iorque ainda preciso fazer terapia, o que tem em ajudado com a ansiedade da mudança e minha preocupação com meu irmão. O melhor também, é que como somos obrigados a fazer isso, não precisamos pagar.
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Life Is Strange 2 - Unidos Para Sempre
FanfictionLogo antes de conseguir finalmente fugir para o México, Sean se vê encurralado pela polícia e tendo que lidar com um difícil dilema moral, confuso, mas decisivo. Diferente dos acontecimentos finais no jogo, aqui, como deveria ter acontecido no jogo...