1. Selenofilia

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Se você não gosta da dor, então por favor, não ame.

08/02/19

As lágrimas desciam incessantemente pelas as bochechas pálidas do garoto,enquanto se encolhia cada vez mais na cama quase abraçando seus joelhos. Jimin pôde escutar um suspiro vindo de sua mãe, essa que se sentou á beirada da cama começando a fazer um breve cafuné nos fios loiros de seu filho. Os dois ficaram um tempo em silêncio apenas ouvido as fungadas baixas de Jimin.

- Vai me contar o que aconteceu agora? - Perguntou calmamente enquanto enxugava as lágrimas do filho.

- Eu contei pra ele... - Jimin começou, porém falhou miseravelmente e se rendeu mais uma vez as suas próprias lámurias.

Entretanto bastou aquele ínfimo detalhe para que a senhora Park entendesse o porquê de seu filho chegar tão abalado. Afinal Jihyo conhecia seu filho como ninguém.

- Ele te rejeitou? - Jimin assentiu calmamente com a pergunta da mãe e se sentou na cama para que pudesse olha-la.

- Mas essa nem é a pior parte... - segurou seu choro limpando algumas lágrimas que ainda desciam por suas bochechas. - Ele nem olhou na minha cara.
Fungou baixinho. Estava cada vez mais difícil para respirar, Jimin mirou seu reflexo no espelho fazendo uma pequena careta melindrosa ao ver o nariz um pouco vermelho junto com seus olhos.

O Park conseguia sentir a atmosfera pesada dentro de seu próprio quarto, era como se aquele tempo chorando tivesse reunido todos os outros fatores ruins e se aglomerado no ar. E parece que ele não foi o único a perceber isso.

- Eu vou fazer um chocolate quente pra você, tá bom? Tome um banho e depois nós conversamos. - A senhora Park se levantou da cama deixando um selar singelo na testa de seu filho antes de sair do quarto.

Se levantou da cama com calma e observou mais atentamente seu reflexo no espelho, as orbes vazias lhe faziam refletir a que ponto chegou por amar alguém. Nos últimos três anos ele sempre pregou por amor próprio, e de fato, ele se amava. Mas nunca pensou que chegaria tão baixo ao ponto de regredir por algo assim, estava soturno e chorando igual uma criança, por alguém que sequer o correspondia. Ele era um tolo.

Mas talvez as coisas tenham que ser assim, talvez não tivesse problema ele chorar por alguém que ama. Afinal, tá tudo bem em amar, não é? Mesmo que isso o machucasse.

Ele queira acreditar que sim, estava tentando encontrar desculpas escassas para uma dúvida insaciável. Então precisava confiar cegamente no que dizia.

Em meio a pensamentos ele admirou uma última vez sua imagem no espelho, deixando que um pequeno sorriso tomasse seus lábios carnudos e logo desmanchar-se em um olhar triste. Pegou sua toalha e caminhou sem muita coragem para o banheiro, tomou seu banho em uma água fria e permitiu-se relaxar enquanto tentava de maneira falha se livra daquele sentimento sufocante.

As vezes é como se água levasse todos os problemas embora com ela pelo ralo, mas Jimin guardou muito, deixou que tudo se amontoasse e por mais que estivesse limpo fisicamente, ele ainda precisava depurar seus pensamentos.

Nem percebeu quando deixou que uma lágrima descesse em passe livre por seu rosto e como se essa fosse a única maneira de limpar e organizar seu psicológico, deixou-se chorar mais uma vez.

Agora elas pareciam mais leves se misturando com a água que caía do chuveiro, a dor se acumalva em seus olhos para enfim quando chegasse a um limite pudesse deslisar por seu rosto.

Saiu do banheiro já vestindo seu pijama do Mickey, ele era simplesmente apaixonado por qualquer coisa que remetesse a Disney. Sentiu a brisa leve contra seu corpo e logo o frio lhe abater certeiro, por conta da pele úmida. Correu para de baixo dos lençóis da cama e se embolou entre eles.

Nem por um segundo || PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora