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Depois de muita insistência consegui mais uma dose de vodka e um beck com Jaden.
Não posso negar que eu ainda estava bastante intrigado com a garota sem nome do corredor e era ela quem eu pretendia procurar depois de tragar o baseado.
Estou bastante curioso para ver aquela ousadia na minha cama.
— E eu chutei aquela bola com tanta vontade que nem me preocupei com o seu destino. Porra, eu deveria ter me preocupado porque ela acertou as partes baixas do treinador e eu perdi minha vaga no time. — um cara loiro que eu não conhecia, mais tarde descobri que ele é um dos amigos de Charli, contava de um jeito tão engraçado que fez todo mundo cair na gargalhada. — Vocês têm sorte disso ter acontecido e não precisarem competir comigo pela vaga do time, eu sou muito bom!
Consegui visualizar a cara do sr. Wilson levando aquela bolada e isso deixou a história ainda mais hilária, ou talvez fosse só a maconha fazendo efeito.
— Oi gente! — a namorada de Chase nos saudou. Eu cheguei a pensar que ela e as meninas já tinham ido embora porque desde que saíram não haviam dado sinal de vida.
— Eu já ia colar cartazes de desaparecidas por aí. — Hudson parece ter lido meus pensamentos.
— Bobo, nós estamos ali. — D'Amelio apontou para um canto próximo à mesa de tira-gostos, onde pude ver o grupinho das meninas reunido.
Elas conversavam com mais uma menina e... com a garota que eu esbarrei mais cedo. Puta merda, é muita coincidência.
Nossos olhares se encontraram em sincronia.
Eu, apesar da nossa experiência anterior me dizer o contrário, ainda acreditava que conseguiria intimidá-la, ou surtir algum efeito parecido, porém ela descaradamente continuou me encarando.
Meus amigos continuaram conversando mas eu não ouvi quase nada, estava ocupado demais com a grande guerra de olhares.
— Você vai ficar aí comendo com os olhos ou vai fazer alguma coisa? — Blake tirou minha concentração com aquela pergunta e desviei do meu alvo, quando me voltei na sua direção a menina já sorria vitoriosamente.
— É lógico que eu vou fazer alguma coisa. — levei o beck à boca e dei uma última tragada antes de me levantar.
Sabia que ela estava acompanhando meus movimentos, o que é uma droga, porque minha visão já estava um pouco turva e era difícil manter o equilíbrio.
— Oi D'Amelio. — sorri para a morena que me olhou desconfiada. — Posso te perguntar uma coisa?
— Imaginei que você queria alguma coisa... mas enfim, é claro que pode.
— Qual é o nome daquela sua amiga? A da esquerda. — Charli olhou na direção das meninas e abriu um sorriso.
— O nome dela é s/n. — ela semicerrou os olhos e me encarou. — Você está interessado nela?
— Talvez.
— Te desejo uma boa sorte. — recebi dois tapinhas nas costas. — Ela não é uma grande fã sua.
Tudo ficava mais interessante a cada momento. Vai ser fantástico usar isso dela não gostar de mim enquanto a mesma estiver gemendo o meu nome esta noite.
Descobri que um dos copos que Charli segurava era para s/n e pedi para que ela me deixasse entregá-lo.
A cada passo que eu dava, percebia mais e mais pescoços se virando para ver qual era o meu destino, quem era a minha escolhida.
— Você tinha razão, foi fácil descobrir o seu nome. — ela riu e pegou o copo da minha mão. Seus dedos roçaram os meus levemente. — Agora só falta descobrir o que sua boquinha pode fazer s/n.
Eu estava colocando as cartas na mesa e deixando bem claro o meu interesse para que não houvessem dúvidas.
Não notei nem mesmo um único sinal de rubor em seu rosto, inacreditável!
Em compensação, as demais meninas que nos cercavam saíram sem graça. Mal sabiam elas que haviam acabado de deixar uma onça faminta sozinha com um delicioso pedaço de carne.
— Deveria tomar cuidado com o que deseja Hacker. — dei um sorriso de canto e mordi o lábio inferior em seguida.
— Está me dizendo para tomar cuidado com você?
Passeei com os meus olhos por cada extensão de seu corpo, apreciando minuciosamente cada parte.
— Você está cheirando a álcool e maconha, sou eu quem devo tomar cuidado com você. — ela riu e bebeu um pouco do refrigerante. Isso mesmo refrigerante! Em uma festa na casa de Bryce Hall s/n estava bebendo refrigerante.
— Já percebi que você gosta de ser toda certinha. — me aproximei e me inclinei para cochichar em seu ouvido. — Que tal me mostrar mais disso no meu quarto?
— Sabe, eu já esperava atitudes assim vindas de você... — ela se inclinou dessa vez. — E quero que saiba que estou imune ao seu tipinho.
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Raios de sol invadiram meu quarto pela manhã, iluminando-o com um amarelo vivo e ardente. Era um novo dia, um novo péssimo dia.
A enxaqueca me atingiu em cheio e precisei tomar um comprimido da minha caixinha milagrosa, que tinha desde band-aids a camisinhas.
Também tomei uma ducha rápida e me vesti confortavelmente, pronto para ficar o sábado inteiro jogando online.
Admirei por algum tempo o corpo nu que adornava a minha cama, as curvas estavam bastante aparentes sob o fino lençol creme. Não me lembro muito bem do que aconteceu durante o resto da noite, só me lembro de ter bebido mais e ter chamado uma ruiva para a minha casa.
Agora eu deveria partir seu coração ingênuo e pedir para que Madelyn, Madison ou qualquer que seja o nome dela, fosse embora antes que os meus pais retornassem.
Para falar a verdade, eu não acabei conseguindo o que queria na noite anterior e fiquei bastante frustado com a recusa de s/n.
Eu não estou acostumado com recusas como podem perceber, e mesmo conseguindo uma transa depois eu ainda estava inconformado.
Mas o declínio da minha proposta não me deixou abalado ou me desestimulou, pelo contrário, era como se ela estivesse me propondo um desafio irrecusável.
