Capítulo 1 - A Abelha e A Flor

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P.O.V Bill

Os dias, desde a festa do Nego Di, têm sido um inferno. Eu achava que não dava pra' ser assediado e, pelo visto, estava enganado completamente. Eu me sentia encurralado, não podia nem respirar.

Mas, como todo mundo tá' vendo nas câmeras: eu sou é um frouxo.

Não que eu queira ser frouxo, mas a casa toda tá' de um lado, e eu não sei o que o público pensa, então não posso mudar de lado....

Tá' bom, eu sou um frouxo.

Hoje, como toda sexta, era dia de festa, e eu confesso que queria inventar uma caganeira pra' não ter que ficar pendurado na Karol (lê-se: "mamacita").

Tudo o que eu conseguia pensar era: O que minha mãe deve estar achando disso?

Eu tive um sonho em que ela pegava o chinelo e me dava 18292839 chineladas, uma para cada vez que a Karol se pendurou em mim ou disse que eu era dela.

Foi traumatizante.

Mas como eu sou um ótimo amigo, queria acompanhar o Arthur de perto com o lance da Carlinha, se é que iria sair algo dali (eu esperava que sim).

Assim, com todo mundo pronto e as portas se abrindo, eu só pensava em uma coisa: tomar cana e dançar barões da pisadinha.

P.O.V Narrador

A festa seguia a todo vapor. Projota mal se mexeu com a presença dos Barões (o que se considera vazio interior e alma suja), enquanto Sarah sabia TODAS as músicas. Após as provas concretizadas, os brothers pareciam estar mais calmos.

Só que não.

Tudo começou quando Karol Conká (de Karalho-Que-Mulher-Chata) trouxe à tona DE NOVO o (falso) assunto da Carlinha estar dando em cima do Bill (fonte: vozes da cabeça dela).  Mesmo com a Inshalá dizendo que não, Karol insistia.

Em minha cabeça, o diálogo pode ter sido interpretado assim.

— Amiga, mas eu nunca quis o ACREbiano! Eu nunca nem fui atrás del- — E Karol a interrompe, como sempre.

— É ARcrebiano! Tá' vendo?! Não sabe nem o nome dele e dá em cima do cara! Eu sei até o CPF! Não que eu tenha coagido o Boninho para ter tal informação... Mas eu não sou ciumenta! Eu jamais brigaria por homem! Mas você também passa dos limites!

— Karol...

— Eu tô' dizendo cara! Não fui só eu que vi! — Ela apontou para o próprio peito com a latinha de cerveja, gesticulando. — Mais dois caras comentaram comigo, mano! Além de todas as outras...

— Pessoas? — Indagou Carla.

— Não né! — Prosseguiu a Kobra. — As outras vozes da minha cabeça!

A expressão de Carlinha se tornou de confusão e surpresa.

E, como um raio que caiu do céu (do inferno), Lumena Aleluia chegou, apontando o dedo na direção da loira.

— O que foi?! — Esbravejou, arregalando os olhos. — Você não respeita (lê-se: réxpeita) pessoas que tem vozes na cabeça?!

A Aposta - BillietteOnde histórias criam vida. Descubra agora