Capítulo 2 - Emparedados!

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P.O.V Juliette

Esse raio dessa festa teve TANTA briga e baixaria, que o menino Lucas acabou pedindo pra sair da casa. Fiquei triste que só', não queria ele indo embora nem tão cedo. Mas a Pocahs Palavras e Pocahs Noções perdeu a linha, juntamente com a Lumena e o djabo' da Karol, e agora sobrou eu, Gil e Sarah.

Confesso que as pessoas me acham ingênua, besta, lesinha', sabe? Mas eu não sou não, e eu vou provar pra eles!

No fim das contas, acabou eu, Bill e Gil no paredão. Não sei como aquela Kobra conseguiu passar na prova bate e volta. Ou o Santo dela é muito forte, ou o Capeta é articulado mermo'! Ave maria gosto nem de falar capeta que já me dá um negócio...

No resto do dia, Bill parecia querer me encher o saco, pois então eu ia encher o dele. Puxei o omi' pra' dançar que nem caubói no meio do evento da Americanas, até que fui tomar banho, porque emparedada sim, assada e suja não!

P.O.V Bill

Estava no chuveiro, pensativo sobre o paredão enquanto a Juliette gritava — como sempre — daquele jeito dela. Começo a rir quando ela se vira.

— Vai entrar não, Juliette? — Ela me encarou, piscando os olhos confusos.

— É o quê, microbiano? — Por que ela me chamava assim, mesmo?

Abro um sorriso.

— Tô' perguntando se você não vai entrar não. Venha logo!

— Êta'... — Respondeu ela, fazendo cara feia, agoniada. — Você deixe de onda, viu, mircobiano?!

Ao longe, algume brother perguntou para ela o que havia acontecido.

— OLHE AQUI MICROBIANO ME PROVOCANDO! Bill quer me provocar!

Comecei a rir, sem fazer muito barulho, mantendo o personagem.

— Eu perguntei! Você que não respondeu!

— Era... era serio? — Perguntou ela, descrente.

— Era, agora já foi! — Ela tentou me interromper, e eu sorri. — Agora já foi, não venha não!

Ver a bichinha desconcertada foi a coisa mais engraçada do mundo.

P.O.V Narrador

A tarde seguiu tranquila, apesar da tensão dos emparedados. Juliette se encontrava calma, deitada na grama, pensativa, até que microb... ops, Arcrebiano, se deitou ao lado dela.

— Oi... — Começou ele, observando os raios solares banharem o rosto da paraibana, que se encontrava de olhos fechados.

Esta, deu um pequeno salto, rindo alto.

— Microbiano! — Disse ela, se deitando novamente. — Tava' fazendo nada não.... Só pensando só!

— No paredão?

— E confinada com esse bando de doido', tem outra coisa pra' pensar? — Ela sorriu, suspirando. — Tais' nervoso, microbiano?

— Um pouco... — Ele assentiu, sentindo os músculos tensionarem. — Mas eu quero sair logo daqui. Eu não tô' bem.

A nordestina logo se compadeceu, lhe dando uma carinha de pena.

— Você não devia deixar aquela mulhé' acabar com seu último dia aqui...

E o silêncio se instalou, até ela começar a cantar, daquele jeitinho dela.

— Você tem uma voz bonita. — Elogiou Bill, sem pensar muito bem, sorrindo um pouquinho.

E ela continuou cantando, sem deixar ele saber que ela sorria.

(Nota da Autora: Capítulo curtinho pra esperar a eliminação de hoje. E uma pergunta: se eu escrevesse algo original meu aqui, vocês também leriam?🤍)

A Aposta - BillietteOnde histórias criam vida. Descubra agora