capítulo 1 - Alan

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Abri meus olhos e fitei o teto, pensando em como minha vida tá um desastre, tentando achar uma jeito de consertar tudo isso, como remediar essa situação, não tenho solução.

Me lavando e sigo até o banheiro, ligo o chuveiro e permaneço em baixo até eu sentir que as preocupações estão indo embora, porém isso não acontece.

Saio do chuveiro, escovo os dentes e encaro o espelho, sigo para o closet e visto um tradicional terno preto e alinhado.

Sai do quarto e sigo até outro, me aproximo da porta branca com desenhos de nuvem, de trás dela tem meu bem mais precioso.

Abro ela e me aproximo do berço, lá está meu menininho de olhos castanhos profundos como os da mãe.

- bom dia meu príncipe- disse o pegando no colo- dormiu bem?

Peter tem apenas 2 meses e apesar de não ser amado pela parte materna, todo amor que eu tenho dou pra ele, este menininho me ajudou a ver que dinheiro, poder e mulheres bonitas não são tudo de melhor que a vida tem a nos oferecer.

Quando Júlia me contou que estava grávida eu achei que aquilo seria o ponto inicial da nossa felicidade juntos, porém eu pensei nisso sozinho, Júlia não ficou feliz como eu pensava que ficaria.

- que tal tomar um banho? - o levei até o banheiro e o despi, coloquei uma roupa limpa e desci.- bom dia mãe- disse para a senhora em minha frente, minha mãe tem morado aqui para me ajudar com Peter, já que a mãe dele não colabora, eu não gosto muito que ela pare a vida dela por mim mais eu sei que ela faz de coração.

- bom dia meu filho, dormiu bem?- perguntou vindo até mim com a mamadeira de Peter- sei que ele é novo para mamar mamadeira, mas nem explicarei o porque disso, vcs já devem imaginar

Júlia se negou a dar de mamar a Peter então nos viramos como podermos, sei também que os primeiros meses de amamentação são os essenciais para a saúde do bebê.

- dormi bem sim, mãe pode dar pra ele, já estou  quase atrasado- disse entregando meu menininho em seus braços

- Claro filho, vai lá, te vejo mais tarde- me despedi com um beijo na cabeça de meu filho e um na bochecha de minha mãe.

Desci até a garagem e peguei meu carro, sai de casa e me dirigi a empresa, no caminho meus olhos se direcionaram para o aro dourado em meu dedo, eu não sei o porque de ainda estar casado com Júlia eu não a amo mais, nem sei Se um a amei.

Mais quando penso em me separar ela faz um escândalo afirmando que estou a traindo, que está com depressão pós parto, que tiraria meu filho de mim, isso eu não permitiria. Júlia não conversa com seus pais, o motivo não sei, eles me deram total apoio de pedir o divórcio e disseram que fariam o possível para guarda de Peter ficar comigo.

Acho que me falta coragem, não sei se quero enfrentar burocracia agora, mais também não sei se aguentarei aquela louca por muito tempo, parece que ela faz o possível para me irritar.

Cheguei na empresa e me dirigi até minha vaga, sai do carro e fui até o elevador, subi ate o andar da presidencia e entrei em minha sala.

Apesar de amar meu trabalho, ser um ceo importante não é um mar de rosas, tem a imprensa que estão de olho em todos os seus passos, tem o fato de que pessoas se aproximam de vc apenas por interesse, além de me manter longe de meu bebê.

Logo minha secretaria mandou por e-mail minha agenda, tinha o de sempre, reuniões, videoconferência, revisão de contratos e novos investidores.

Comecei logo, pulei o horário de almoço oq é uma coisa normal para mim, apesar de zangar muito minha mãe, enquanto conferia um gráfico dos lucros mensais da empresa meu telefone tocou.

Ligação on

-  alô?

- filho tem como vir pra casa agora?

- oq aconteceu mãe?

- Peter não para de chorar, estou ficando preocupada.

- indo

Ligação off

Sai em disparada para casa, era meu filho, se algo acontecer eu acho que morro, cheguei em casa e me deparei com minha mãe balançando Peter de um lado para o outro enquanto o mesmo berrava aos quatro ventos.

- acho melhor levá-lo ao hospital, esse choro não é normal, deve ser alguma dor - disse minha mãe.

- tá bem, eu vou leva-lo- o peguei de seus braços e me dirigi ao carro, ele ainda berrava e isso me preocupava, o coloquei na cadeirinha e segui rumo ao hospital.

Cheguei na recepção e por ser conhecido me levaram direto até a ala pediátrica, fiquei sentado esperando por uns 15 min, até que me chamaram.

Cheguei até a porta do consultório e havia um nome :

Dra Maya Fernandes - cirurgiã pediátrica.

Bati e uma voz suave mandou- me entrar. Entrei e havia uma mulher agachado de trás da mesa, olhando algo no armário, assim que ela levantou e olhou para mim, meu coração acelerou e minha garganta secou.

- olá, boa tarde, você deve ser o senhor Levi- disse estendendo a mão para mim  a peguei e apertei de leve.

- o..olá- porque gaguejei?- sim sou eu, vc deve ser a enfermeira pode me dizer onde está a doutora?

- oh perdão, que doutora está procurando?

- a doutora Maya.

- então muito prazer sou Maya Fernandes- mais como, ela parecia muito nova para ser médica. - sei que pareço ser muito jovem - respondeu lendo meus pensamentos.

- me perdoe- pedi envergonhado- nossa conversa foi interrompida por um choro agudo

- acho que o paciente precisa de mim, posso ve- lo ?

- sim, claro- coloquei o bebê conforto no chão e peguei Peter dando ele a ela. Ela o pegou com um cuidado o olhando com extremo carinho e amor. Um olhar de mãe.

- oi bebezinho, você é muito lindo, - ele soluçou- está sentindo dor, a tia vai ajudar tá- ele parou de chorar e a olhava encantado- o ele anda sentindo senhor Levi?

- bom, começou hoje, estava no trabalho quando minha mãe me ligou avisando que ele chorava sem parar, foi uma dor repentina.

- oh, sim, acho que sei exatamente oq é

- sério? Não precisa examina-lo?- perguntei descrente.

- não, da para ver pelo sei movimentos, ele está com cólica, veja como encolhe as perninhas com dor e seu choro sentido e agonizante.

- o posso fazer ?

- bom tem alguns meios, primeiro o peito da mãe ajuda bastante, além de o acalmar - fora de cogitação- quando a dor vir, segure ele em pé, barriga com barriga ou o deite em seu joelho, acariciei as costas e faça massagens leves em sua barriga, receitarei também um remédio que o ajudará bastante também ok?

- sim muito obrigado.

- não há de que- ela me entregou Peter que havia cochilando em seus braços e eu o coloquei no bebê conforto novamente, agradeçi mais uma vez a bela médica e sai da sala.

Ela havia dado seu número caso eu precissase se comunicar com ela, não sabia se aquilo era só falando profissionalmente mais por algum motivo eu queria que não.

A MAMÃE MÉDICA Onde histórias criam vida. Descubra agora