capitulo 5 - Maya

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Eu amamentar outro bebê, isso era certo?, isso martelava na minha cabeça, eu sabia que era por uma boa razão, mais não sabia se eu conseguiria, perdi um filho e não por aborto mais sim o tomaram de mim

Eu queria tanto ajudar Peter, meu coração clamava por aquilo, mais meu cérebro dizia que se eu ajudasse eu me apegaria e isso me faria sofrer ainda mais

Mais se eu não fizesse o podia fazer fazer para salvar aquele bebê poderia estar assinando o atestado de óbito dele,ou o condenando a uma vida de idas e vindas pro hospital, e eu mesmo que meu filho estivesse longe de mim eu ainda era mãe e não podia fazer isso

Em meios aos meus pensamentos e decisões que precisava tomar eu cheguei em minha casa, tentei me distrair ou preencher minha cabeça com outras coisas, mais meu pensamentos voltavam naquele serzinho tão indefeso que estava preso naquela incubadora

Por um lado eu sabia que podia ajuda- lo, isso considerando que ele aceitasse meu seio, mais por outro eu sentia que estava substituindo meu bebê, meu filho

Eu não sabia se o encontraria novamente, mais eu lutaria com todas as minhas forças para poder tê-lo de volta

Com tantos pensamentos e decisões decidi tomar um banho, isso era uma das coisas as quais me relaxavam e me faziam organizar meus pensamentos

Sai do banho e me joguei na cama, não tinha vontade de jantar ou comer alguma coisa, depois da perca de meu filho eu nao era mais vaidosa como era antes, dizem que quando se é mãe, independente de qualquer situação, sua prioridade é sempre seu filho, vc pode estar feia, doente, sofrendo, mais se aquele serzinho que domina sua vida estivesse feliz era tudo que importava

No meio de meu sono conturbado, meu telefone toca

_ alô?- disse com uma voz sonolenta, enquanto sentava na cama

_ doutora maya, o bebe peter Levi, está tendo uma parada cardíaca, sua pressão arterial está aumentando consideravelmente- nesse momento já estava vestida e seguindo caminho ao hospital

- mantenha ele estável, faça todo o possível eu estou chegando- desliguei o telefone e aumentei a velocidade, se eu não atropelasse ninguém seria um verdadeiro milagre

Cheguei ao hospital e sai em disparada ao quarto do pequeno Peter

- como ele está- disse me dirigindo a enfermeira

- está estável, aplicamos alguns medicamentos e estabilizamos a situação, mais a doença tem se agravado, piorando a respiração

- e o pai do bebê?

- está na recepção foi retirado daqui a seguranças

- quero que todos saiam da sala, imediatamente- ela assentiu e logo só havia eu e a incubadora

Naquele momento eu estava no piloto automático, só queria vê-lo bem, coloquei luvas e máscara para garantir a segurança do bebê, abri delicadamente a incubadora e com cuidados para não embaraçar os fios ligados à seu pequeno  corpo, o peguei no colo, arrastando o carrinho com o soro e a máquina que cuidava de sua respiração, segui em direção a poltrona que havia no quarto

Me sentei e posicionei o bebe, que me olhava intensamente, abaixei delicadamente um lado da blusa e meu sutiã, levei o bico a pequena boquinha que se abriu automaticamente, sem esforço Peter agarrou a auréola de meu seio sem pestanejar e sugou um tanto quanto desesperado

Meus olhos lacrimejaram, e em minha mente veio a imagem de quando amamentei meu filho pela primeira é última vez, lágrimas sofridas caiam de meus olhos, enquanto admirava o pequeno ser sugar o seio, de ilhos fechados, joguei minha cabeça para trás, fechando meus olhos em seguida, pensando na decisão que eu tomei, sabia que aquilo não aconteceria somente uma vez, mais eu não me senti arrependida ou decepcionada,a única coisa que importava era que eu havia salvado uma vida

- obrigado- ouvi uma voz rouca e embargada, abri meus olhos e encontrei Alan, admirando a cena com um olhar de admiração- obrigado de verdade

- não tem que agradecer, meu dever como médica é fazer tudo oq estiver ao meu alcance para salvar meus pacientes- voltei meu olhar para o pequeno que já dormia,mais ainda sugava meu seio, acariciei seu delicado rostinho

- mais isso que está fazendo vai muito além de seu dever profissional, obrigado de verdade, não sei oq seria de mim sem ele, Peter é tudo oq tenho, as vezes me pergunto como algo tão pequeno e indefeso pode ocupar rapidamente seu coração e sua vida inteira

- é mesmo impressionante, mais com certeza é a melhor coisa do mundo

- sem dúvida alguma

A MAMÃE MÉDICA Onde histórias criam vida. Descubra agora