3 - Palpite de pisicóloga.

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Jennie Kim

Quinta Feira, 14:47 P.M

Eu não tinha idéia do que poderia estar acontecendo com aquela menina, aos 16 anos costumamos aproveitar nossa adolescencia certo? Conhecer pessoas novas, descobrindo novas coisas e interagindo. O que estivesse acontecendo, está roubando a adolescencia dela.

Pensei rápidamente em Roseanne, ela estava no ultimo período de psicologia e podia me tirar um pouco do escuro.

Nesse horário ela já estaria em casa, então despreocupadamente peguei meu carro e fui fazer uma visita rápida.

— O que devo a honra? -Disse a loira odonto ao me atender na porta, aquele sorriso cínico que pedia um tapa nas costas.

— Preciso de uma palpite seu. -Fui direta enquanto entrava na sua casa e logo me jogava no sofá.

— Você está com um caso certo? Isso é incrível, estou orgulhosa. -Disse com uma cara fofa e eu abri um sorriso enorme alí.

— Estou, e é dele que quero falar.

Ela fez sinal para que eu continuasse.

— O nome dela é Lalisa e tem 16 anos, a escola mandou uma denuncia porque a menina simplesmente não vive. Não conversa, não come, ignora todos os professores e alunos, dorme em praticamente todas as aulas e ninguém consegue contato com ela ou com os pais. -Rosé arregalou um pouco os olhos e logo acentiu com a cabeça.

— Isso não é nada normal, é obvio. -Falou torcendo o lábio e logo continuou. -Você disse que ela dorme nas aulas certo?

— Sim, exato. -Concordei.

— Se isso acontece, alguma coisa tem tirado o sono dela, pode ser algum disturbio ou relógio biológico. Algo na casa dela, não a deixa dormir. -Aquilo fazia todo sentido, e não ter respostas era agonizante.

— Você acha que ela apanha ou algo do tipo? Liguei para a escola e a secretária disse que ela está sempre com roupas que cobrem todo o corpo e parece entrar em pânico quando tocam nela.

— Bom, palmada todo mundo leva ou já levou mas se ela se porta assim deve existir algum trauma com toque ou presença cercana de pessoas.

Eu precisava ter certeza de tudo, não posso acusar ninguem sem provas.

— Vou na casa deles amanhã e tentar falar com os pais dela, preciso de provas concretas para aí sim fazer alguma coisa. -Ela sorriu e segurou minha mão.

— Faça isso. Estou feliz por você, sabia?

— Eu também. -Roseanne era sem dúvidas a pessoa mais gentil que eu já conheci.

— Boa sorte. -Eu ri junto a ela. -Quer comer alguma coisa?

— Rápido, preciso voltar ao departamento.

Caso 22 | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora