O plano B

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Ino possuía o corpo enrijecido pela voz de Uchiha Sasuke infiltrando-se em sua missão sem prévio aviso. Aquilo a desconcentrou completamente e o príncipe aproveitou-se da distração dela e avançou sem limites.

A boca do príncipe colou sobre a sua, enquanto a voz de Sasuke permeava a sua mente. Ino fechou os olhos e levou as mãos para junto do corpo do homem que era ligeiramente mais alto, acolhendo-a em seus braços de forma possessiva.

"Em um dia normal, eu socaria a cara dele." Sasuke continuou falando. "Só relaxa e pensa em algo mais agradável, ou ele vai notar."

Após o beijo, o príncipe solicitou que ela o aguardasse em seu quarto, pois iria se despedir de alguns convidados até se retirar da festa que se estendia por horas e todas as formalidades já foram concluídas, então, logo ele a encontraria.

Ino foi levada por um dos seguranças do príncipe. A guarda real não era composta por ninjas, como nos países shinobis. Eles possuíam seus métodos próprios de defesa, homens armados com espadas e outras armas mais tecnológicas, como pequenas pistolas prateadas com cano e um tambor para guardar projéteis que ferem aqueles que as recebem. Ela chegou a ver um ferimento dessa bala em um corpo já falecido, era terrível como poderia acabar com uma vida em poucos minutos com um único tiro.

Embora as técnicas ninjas também fossem de fato assassinas, assim como as maças, adagas, shurikens, lanças etc. Contudo, a honra em uma luta estava além de matar o inimigo. Era uma discussão que vinham tendo até mesmo dentro da ANBU, com os anciões e ninjas. Afinal, o mundo vai se transformando e não se poderia aceitar mais acontecimentos arcaicos dominar a era atual.

Naruto pensava da mesma forma, assim como a maioria dos ninjas de sua época. Eles não aceitavam missões de assassinato, tal como viver sob o domínio de leis arbitrárias que diminuíssem o valor de qualquer pessoa. Mesmo que os Senhores Feudais ainda agissem como se fossem melhores e mais importantes que outras classes de pessoas.

Ino caminhou pelo corredor do palácio, acompanhada do guarda. Sabia que era seguida pelo olhar do Byakugan de Neji e também, seu fluxo de chakra era visto pelo Sharingan e Rinnegan de Sasuke.

Ao entrar no quarto, o guarda fechou a porta atrás dela e orientou que aguardasse. Era como estar em uma prisão, Ino sentiu-se incomodada, mas a primeira coisa que fez, foi respirar fundo e aguardar a instrução do capitão Neji.

"Está liberada, Ino, a equipe de rastreamento não encontrou nenhuma obstrução no quarto."

Finalmente Neji falou, e então Ino pode soltar o ar pela boca e direcionar a voz para ele.

— Podem me explicar o que exatamente está acontecendo? Sinceramente, se você acha que eu vou dormir com esse cara, está enganado, pois eu não entrei na ANBU para ser usada de alvo fácil para tarados que querem tirar proveito das mulheres.

"Jamais permitiria que você passasse por esse tipo de constrangimento sem necessidade grave." Neji falou sério, enquanto Ino observava a sala em que estava. Possuía uma lareira grande, com poltronas confortáveis de frente para ela. Os candelabros brilhavam como cristais e a janela possuía uma cortina vermelha de tecido aveludado. "Sasuke vai ajudá-la a partir de agora."

— Espera, o que? — Ino virou-se e a cortina se moveu, a janela foi aberta e um ANBU entrou dentro do quarto. Sua máscara possuía um desenho vermelho em formato de pássaro e ele carregava uma espada pendurada em suas costas, usando o uniforme padrão da ANBU com calça azul marinho, colete e camisa de gola e protetores de braço.

Sua tatuagem ANBU destacava-se na pele alva do braço esquerdo. Ino deu alguns passos para frente, aproximando-se da janela, era possível ver um corpo caído no chão da varanda.

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