Mente conectada

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O próximo passo era conseguir informações sobre o cofre. Sentada no chão, Ino posicionou o príncipe escorado com as costas na parede e então direcionou as duas mãos para a frente. Precisava que Sasuke o retirasse do genjutsu rapidamente para que ela entrasse em sua cabeça. Possuía apenas meros segundos para cumprir essa tarefa, dessa forma o príncipe não teria sequer conhecimento da técnica do Clã Yamanaka.

Quando Sasuke deu o sinal, Ino se concentrou e o jutsu foi concluído com seu corpo caindo inerte para o lado. A técnica esquadrinhava a mente em busca de pontos específicos. Caso o príncipe não tivesse acessado o cofre naquele dia, seria quase impossível buscar em sua mente uma memória efetiva da senha.

Por sorte, ela vislumbrou uma lembrança ao qual focou até conseguir uma imagem mais específica. Showa entrou no quarto, depois apareceu diante do espelho, em seguida abriu o espelho como se fosse uma mera porta e então adicionou o código para abrir o cofre.

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Ao abrir os olhos, Ino estava nos braços de Sasuke. Ele a observava com seus olhos negros em alerta. Assim que ela se levantou, foram até o cofre para abri-lo. Ela girou o botão de combinação com a senha e o cofre acionou uma solicitação para escaneamento de retina.

Aquilo era uma novidade que eles não conheciam completamente. Já havia tido alguma informação sobre as técnicas de reconhecimento facial, contudo, essa não estava nos dados de informações sobre a segurança do local.

— Você não viu isso na lembrança? — Sasuke questionou, com um semblante carrancudo, o que deixou Ino um pouco irritada. Ela possuía meros segundos para esquadrinhar uma mente abalada pelo genjutsu dele, não era exatamente a coisa mais fácil de se fazer.

— Deixei a mente dele assim que peguei a senha. — Ino mordeu o lábio inferior, estudando a cara feia do ANBU. — Oh! Me poupe, meu jutsu não possuí uma ciência exata. Pegue o corpo dele e o traga até aqui, rápido.

Sasuke girou os olhos, mas fez o que Ino ordenou. Ele ergueu o corpo do príncipe onde a cabeça ia na altura do aparelho, enquanto a Yamanaka puxava a pálpebra de Showa, até o escaneamento ser completo.

— Viu? Não foi assim tão difícil. — Ino falou. Logo que o cofre abriu, Sasuke deixou o corpo do príncipe no chão e ajudou Ino a retirar os documentos que continham lá dentro. — O que é isso? — Ela apontou para o texto. — Não conheço esse idioma.

— Ele possui contatos com estrangeiros, pode ser o idioma deles. Precisamos de um tradutor. — Sasuke tirou do bolso do colete o pequeno aparelho comunicador que havia desligado, religando-o para falar com Neji. — Temos os mapas, algumas plantas e um caderno de anotações em outro idioma.

"Ino, consegue ler a mente dele e descobrir do que se trata?"

— Sim, acho que consigo, mas ele está em um genjutsu, vai ser complicado ir tão longe sem o aparelho de remover memórias que temos em Konoha.

"Pode acessar através de Sasuke?"

Ino olhou para o ANBU ao seu lado.

— Posso, mas... — Ela suspirou levemente. — Posso?

Ela perguntou seriamente, aquela era uma técnica que pouco utilizava por ser muito invasiva, conseguia conectar mais de uma mente, e ver através de seus pensamentos além de lembranças. Era invasiva porque Ino ficava com a mente aberta a mercê de qualquer tipo de ataque e naquele caso Sasuke também ficaria, mas seu Rinnegan poderia amplificar seu jutsu. Então eles poderiam fazer dar certo, como um complemento de seus poderes.

Além disso, Ino teria acesso aos pensamentos de Sasuke por alguns segundos até que ele se concentrasse apenas no genjutsu que havia colocado o príncipe. Dessa forma, a Yamanaka não sabia se estava pronta para ouvir algum pensamento do Uchiha.

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