Entregando-se

92 8 1
                                    

O príncipe foi despertando aos poucos, até que espreguiçou os braços para o alto e moveu o pescoço de um lado para o outro. Ino havia deitado antes que ele se sentasse na cama, estava com os olhos fechados quando recebeu um beijo no pescoço, as mãos de Showa foram invadindo o interior de seu roupão e então ela fingiu despertar.

— Que noite maravilhosa, minha pequena flor. — Ele falou de forma piegas e Ino fingiu amolecida devido a sonolência, fazendo de tudo para mantê-lo afastado de seu corpo. Estava farta, não poderia passar mais um minuto na cama com ele. — Que tal tomarmos um banho juntos?

— Tenho ordens diretas do Nanadaime para me juntar a ele na primeira hora da manhã. O trabalho me aguarda. — Ino falou, enquanto escorregava o corpo pela cama para sair de perto de Showa.

— Posso resolver isso em um segundo, o Nanadaime não irá negar um pedido direto de um príncipe, não é mesmo?

Mas antes que ele chamasse seu segurança, a kunoichi já estava se trancando no quarto de vestir para se arrumar. Quando saiu, o príncipe falava com um dos guardas na outra sala.

— Está tudo bem? — Ela perguntou apreensiva, Sasuke havia dado um jeito no corpo do guarda da varanda, será que eles haviam notado sua ausência?

— Nada grave, minha pombinha, meus pais desejam me encontrar para o café, infelizmente não poderemos passar essa manhã juntos.

Ino fez um bico teatral e recebeu um beijo como resposta. Assim que o príncipe foi para o banheiro tomar seu banho, ela limpou a boca. Passou a mão nos cabelos da peruca vermelha que usava e deixou o quarto. Estava próxima do final do corredor quando se deparou com Naruto saindo de um quarto.

— Yo! — Ele disse com um rubor no rosto, passando a mão nos cabelos loiros. — Como foi a sua noite ruivinha?

— Complicada. — Ino caminhou ao lado de Naruto, descendo as escadas com cuidado, segurando o vestido para não cair com a altura do sapato. — Pelo jeito a sua foi muito boa.

— O que? Não, nem dormi. — Naruto deu uma piscadinha e riu de forma maliciosa. Desceram até o andar principal, no saguão encontraram o responsável por acompanhar a comitiva de Konoha no arquipélago.

Satoshi era um homem de poucas palavras e sorriso menor ainda. Quanto mais Naruto tentava fazê-lo rir, menos divertido ficava. Eles foram acompanhados até a carruagem da comitiva que os levaria para o porto da ilha, onde pegariam um navio em direção ao País das Ondas e de lá retornariam para o País do Fogo. Quando se despediu, Satoshi fez uma reverência antiquada e desnecessária na opinião de Naruto e em seguida se afastou para que a carruagem partisse.

— Está muito calada, Ino. — Naruto constatou e virou a cabeça em sua direção. Ela estava sentada ao seu lado e olhava pela janela da carruagem. — Entrei em contato com Tori, ele me deu ótimas notícias sobre o avanço de nossa aliança.

Ino sorriu minimamente e concordou. Tori era o codinome de Neji na ANBU. Eles ainda estavam em território desprotegido, não poderiam se dar ao luxo de baixar a guarda e achar que estavam seguros em falar o que quisessem.

— Tudo parece bem, não é? — Ela perguntou de forma retórica. — Acho que estou me preocupando demais.

— Me fale o que é, confio no seu instinto.

— Não é instinto, Naruto. — Ela suspirou e depois olhou para ele. — Desculpe, Nanadaime-sama.

— Estamos sozinhos aqui dentro. — Naruto sorriu de forma ampla e animada. — O que mais pode acontecer? Outro boato sobre nós dois juntos?

Ino acabou rindo de verdade ao se lembrar da constrangedora falsa notícia de que espalharam para que uma das missões não fosse por água abaixo. Difícil mesmo foi explicar isso para Hinata, ainda que eles não mantivessem mais o namoro, Ino achava que não seria nada legal a melhor amiga sair com o ex da outra.

— É tarde demais se eu falar que jamais daria certo entre nós? — Ela disse, divertindo-se com a possibilidade de alguém estar ouvindo. Neji, ou quem sabe Sasuke.

— Eu sei que não faço seu tipo. — Naruto possuía uma aura divertida e contagiante, ainda assim, Ino sentia-se incomodada. Mas preferiu guardar seu incomodo para depois, quando estivessem em território seguro. — Eu sei que o seu tipo é mais pra alguém frio e distante, tipo o Sasuke.

— Ora, quem vê pensa que ele é assim tão temível. — Ino relaxou um pouco os ombros, estavam mais afastados dos terrenos do príncipe maluco.

— Tem razão, Sasuke parece aqueles cachorros, como chama? Pequenos e quando ficam nervosos começam a tremer.

— Não diga bobagens. — Ino gargalhou.

— Eu gosto de ver você sorrindo assim, muito melhor, não é? — Naruto a encarou novamente e Ino concordou, ficando um pouco aliviada.

A viagem de navio foi silenciosa e tranquila. Ino passou a maior parte do tempo na cabine, pensativa. Havia conquistado muitas coisas em sua vida, mas as custas de outras vidas. Para ser sincera com ela mesma, eram vidas que a colocaram em um jogo perigoso onde deveria escolher apenas um lado certo. Não era incomodo escolher a vida de pessoas que ela amava, ou membros da vila de Konoha. Mas do outro lado também havia vidas importantes, não era? Cada um acreditava que estava no lado certo.

Ao deixarem o navio, o silêncio continuou até que eles chegaram em uma vila chamada Hotaru. A hospedaria era pequena, mas aconchegante. Ambos foram direcionados para os dois quartos previamente solicitados e sugeriu que Ino descansasse, pois mais tarde eles teriam uma longa reunião.

Assim que entrou no quarto, Ino deparou-se com Sasuke deitado em um futon. Ele usava um quimono de algodão discreto e seus cabelos estavam molhados, denunciando o banho recém tomado.

O cheiro de Sasuke era tão agradável quando Ino o abraçou, precisava sentir os braços dele ao redor de seu corpo e o beijo para tirar da cabeça a lembrança de Showa tocando-a.

Ino foi para o colo de Sasuke e sem demora removeu a roupa de seu corpo, assim como a peruca vermelha que a incomodava. Sasuke não a contestou, acariciando os cabelos loiros dela e distribuindo diversos beijos pelo seu pescoço, conforme apertava as suas coxas, fazendo-a mover sobre o membro já excitado.

Ino gemeu, jogando a cabeça para trás, os cabelos sedosos moviam-se conforme seu corpo se mexia sobre Sasuke. Ela o ordenou que a possuísse de uma vez e Sasuke prontamente a obedeceu, penetrando-a com vigor. Ino estava excitada o bastante para recebê-lo sem dificuldades, rebolando o quadril de forma lasciva, conforme gemia o nome de Sasuke.

Ele beijou e sugou o bico dos seios, fazendo com que Ino cravasse suas curtas unhas nas costas dele, sendo deitada em seguida no futon para ser novamente penetrada em uma sequência lenta e ritmada. O peso de Sasuke sobre seu corpo a deixava eufórica, ela o apertava nos músculos das costas com força, enquanto apertava os lábios e fechava os olhos deleitando-se com a sensação do prazer.

— Mais rápido. — Exigiu, com a voz embargada, enquanto abria mais as pernas para tê-lo novamente dentro de si. Os gemidos aumentaram e Sasuke a segurou com força pelo quadril quando gozou. Ino sorriu, ainda de olhos fechados. — Uau.

Sasuke a beijou nos lábios e se deitou ao seu lado, puxando-a para um abraço que demorou apenas alguns minutos, até que Ino se levantou, necessitada de um banho. Sasuke a acompanhou no chuveiro, lavando suas costas com uma esponja e depois massageando os longos cabelos dela.

Enquanto a água caía em seu corpo, ela fechou os olhos e relaxou com as mãos de Sasuke acariciando sua cabeça.

— Você faz isso muito bem. — Ela disse, virando-se para o Uchiha. — Lava meu cabelo melhor do que eu.

— Sempre tive o cabelo ligeiramente grande, não é? — ele respondeu, alisando o dedo no rosto dela. — E toda a minha família, então é algo que aprendemos a fazer.

— Sim, é claro. — Ela moveu a cabeça. — Uchiha Sasuke é um grande ninja de sua época e lava cabelos como ninguém. — Ela sorriu, alegrando-se um pouco e sentindo o bom humor retornar. Aproveitando o momento, Ino iniciou um beijo que se prolongou e acabou tendo as costas coladas na parede do banheiro. Sasuke investia contra ela com força, o gemido preso na garganta enquanto a equilibrava em seus braços.

Ino estava em êxtase, sua mente afastou qualquer pensamento incomodo e ela se entregou a deliciosa sensação do prazer.

IkigaiOnde histórias criam vida. Descubra agora