Perfeita simetria

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Foram três anos de missão até que finalmente o cerco se fechou contra a família real das ilhas do Norte. Quando o último membro da família real foi levado pela ANBU, Yamanka Ino sentiu que havia tirado um peso dos ombros. Agora, as montanhas Raiden estavam sob proteção dos grandes países ninjas. Os Hokages fariam uma reunião para criar uma comissão especial para cuidar daquela área e preservar como patrimônio de todos. Ainda que muitos fossem contra a abertura das terras, alegando que seria rentável para os ninjas uma fortaleza.

Aquela discussão Ino deixou para Naruto resolver.

Cansada, mas com o coração leve, Ino recebeu um abraço de Yuki, uma das jovens que o príncipe mantinha sob sua custódia. Era terrível a forma como ele tratava as outras mulheres e ela precisava se manter em silêncio até certo ponto. Ajudou as mulheres e fugirem da ilha, mas Yuki permaneceu porque a filha estava doente e ela não teria condições de cuidar da menina. Por mais que Ino dissesse que havia outras pessoas fora dali que a ajudaria, Yuki não a abandonou.

Sakura também estava lá, chegou naquela manhã e já trabalhava avaliando a saúde dos feridos. A batalha foi longa e causou danos o suficiente no palácio e em metade do arquipélago. Isso porque os sapos e cobras gigantes estavam lutando contra armas letais. Sakura havia invocado Katsuyu, que agora cuidava de Gamakichi, o sapo laranja filho do grande senhor dos sapos Gamabunta. Ou pelo menos tentava curá-lo, enquanto ele lamentava dramaticamente.

— Tem certeza de que eu não vou morrer? Não sinto as minhas patas. — O sapo lamuriou para a grande lesma, depois olhou zangado para Naruto. — Seu irresponsável, como me coloca na linha de frente desse jeito?

— Foi mal, Gamakichi. — Naruto esfregou a nuca, tentando contê-lo.

Ao lado deles, a cobra gigante de listras pretas ironizava o ferimento de Gamakichi.

— Os sapos são muito lentos. — Aoda falou, mas também estava machucado, por isso um clone de Katsuyu também o curava.

— O que? Você quer ver quem é lento aqui? — Berrou o sapo, irritado.

— Gamakichi, por favor, não se mexa. — Katsuyu orientou. — Sasuke-san, Naruto-kun, por favor, controlem esses dois.

— Foi mal, foi mal. Gamakichi você está me envergonhando na frente da grande lesma. — Naruto tombou a cabeça para o lado enquanto Sasuke apenas olhava sério para Aoda que ficou em silêncio em seguida.

— Algumas coisas parecem que não muda nunca. — Ino falou assim que se aproximou deles. — Gamakichi, seja um bom sapo que eu te dou um beijo. — Ela sorriu, acenando para o alto. Depois virou-se para a cobra e acenou também. — Aoda, você foi incrível. Você também, Katsuyu, obrigada por ajudar.

— Está vendo? É assim que eu mereço ser tratado. — O sapo sorriu. — Ino-chan, pode me conseguir um cigarro também?

— Quieto, por favor. — Katsuyu ordenou, novamente.

Ino sorriu, não havia ideia de como e onde conseguir um cigarro para um sapo gigante. Sasuke aproximou-se dela e a tocou nos ombros.

— Seu cabelo. — Ele comentou, levando a mão aos fios loiros que agora estavam tão curtos quanto os de Sakura.

— Sinto muito, Sasuke-kun, mas eu acabei precisando cortar o cabelo. — Ino continuava sorrindo, mas as lembranças da luta contra Satoshi, ela se viu obrigada a escapar dele cortando os cabelos. Tal como Sakura fez um dia no passado, na floresta da morte. Deveria agradecer a amiga por tal cena que ficou memorizada.

— Cabelos crescem, você é mais importante para mim do que alguns fios longos. — Ele a abraçou, pegando-a de surpresa. Seu sorriso se ampliou e então Ino pousou a cabeça no peito de Sasuke, envolvendo seus braços ao redor do corpo quente dele.

— É bom estar novamente com você. — Ino sussurrou, recebendo um carinho no rosto em seguida. — Estou louca para voltar para casa e finalmente poder viver no nosso apartamento.

— Ah! Quanto a isso... — Sasuke esfregou a mão no queixo. — Eu não moro mais naquele apartamento.

— Por quê? O que aconteceu? — As mãos de Ino pousavam sobre o peito dele, ela o afastou para olhar melhor seus olhos.

— Você vai entender quando voltar para Konoha. — Foi a única coisa que Sasuke falou, com isso, Ino precisou guardar a ansiedade e curiosidade para até o momento de pisar em Konoha. A primeira coisa que ela fez, foi rever os pais, depois de um longo almoço em comemoração, Sasuke finalmente a levou até sua nova residência.

Eles entraram no Distrito Uchiha, aquela era a primeira vez dela ali. Todos acenaram para o casal e Ino retribuiu, um pouco constrangida, até chegarem à casa ao qual Sasuke abriu a porta e ofereceu como lar para os dois.

Assim que entrou, ela encontrou o lugar organizado. A sala possuía moveis simples, mas de bom gosto, havia alguns porta-retratos nas prateleiras. Eram fotos dela com Sasuke, do time sete e time oito. A surpresa foi se estendendo pelo pequeno corredor até a cozinha e o quarto. Ino retornou à sala saltando de alegria.

— Minhas roupas estão no armário. — Ela apontou, eufórica.

— Deu um pouco de trabalho, mas minha mãe me ajudou a arrumar tudo.

— Sua mãe ajudou? Sasuke, sério? Você falou de mim para eles? — Emocionada ela saltou nos braços dele e viu Itachi parado na porta da casa.

— Ele falou de você para todo mundo. — O irmão mais velho de Sasuke pediu permissão para entrar e tirou os sapatos. — Seja vem vinda ao distrito Uchiha, Ino-san.

— Obrigada, Itachi, eu estou um pouco surpresa ainda. Porque não me falou nada, Sasuke?

— Eu não queria te preocupar, você já estava sob forte pressão. — Sasuke segurou a mão dela e depois tirou do bolso um anel. — Eu espero ter acertado no tamanho. — Ele disse, enquanto inseria o anel no dedo da kunoichi.

Enquanto Itachi parabenizava os dois, Ino olhou deslumbrada para o anel que brilhava em seu dedo.

— Isso é uma proposta? — Ela ergueu a mão, ainda admirada com a joia.

— Talvez seja a arrogância dos Uchihas falando mais alto, mas eu pensei que já estávamos cientes da resposta.

Ino estreitou os olhos, balançando a cabeça e fazendo os cabelos loiros e curtos balançarem junto.

— Como eu poderia dizer não para você? — Ela não se incomodou com a presença de Itachi e o beijou nos lábios.

Retornar para Konoha, para casa, foi gratificante. Retornar para os braços de Sasuke foi tão bom quanto vencer mais uma batalha no mundo shinobi. Ela estava feliz, pronta para o futuro que estavam criando juntos.


Notas da autora:

Chegamos ao final.

Esse foi um tipo de epílogo curtinho, eu quis apenas fechar o arco da missão, mas a ideia era mesmo a primeira fase onde eles não conseguem resolver aquela missão de imediato, dai vem a questão da frustração e tal, completando com os pensamentos da Ino sobre o que é ser shinobi e o poder que eles tem em mãos.

Mais uma vez, obrigada leitor.

Beijos, e até uma próxima.

IkigaiOnde histórias criam vida. Descubra agora