Onde seis meninas matam sem querer (ou não) Lucas Hartt, o novato da escola, e Davi. E pior, o assassinato não é o pior de tudo.
O quão difícil é resistir à loucura?
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma semana antes da morte de Lucas. A chegada do problema
Ana Sophia encarava seu armário como se houvesse algo muito interessante lá dentro. Era notável que a menina não estava nenhum pouco animada para a escola, ela não fazia questão de esconder.
Devagar, Giulia se aproximou e se encostou no armário ao lado. Mesmo que o grupinho fosse composto por seis meninas, as duas garotas tinham mais intimidade e confiança entre si, visto que cresceram juntas e ambas passaram e superaram problemas juntas.
— Bom dia. — Giulia falou sem animação.
— Dia. — Ana amarrou seus cachos castanhos em um coque alto e desarrumado. Nem ao menos havia os penteado antes de vir para a escola. — Qual a primeira aula mesmo?
— Estamos na metade do ano e você não decorou ainda. — Giulia bufou. — História.
— Ah! Ferrou! — A menina gemeu. — Não fiz o trabalho.
— Trabalho? Que trabalho? — Giulia arregalou os olhos extremamente escuros. — Merda, o trabalho! Eu preciso de pontos em história. — Choramingou manhosa. A menina começou a coçar a cabeça e os braços, ato nervoso que sempre fazia quando ficava nervosa ou preocupada com algo.
— Sugiro que comece a fazer massagem e bajular a professora. — Ana bateu a porta do armário com força fazendo o estrondo escoar pelos corredores.
— Cadê as outras?
— Sei lá, por ai. — Bocejou.
— Grossa. — Murmurou. Giulia se afastou e começou a caminhar mais rápido assim que viu as outras se aproximando. Enlaçou seu braço no de Juliana que sorriu para a mesma.
— E aí. — Sophia Falou sem encarar as meninas. Olhava o pouco movimento do corredor em que estavam.
— Oi, Aninha. — Sophia revirou os olhos e direcionou seu olhar a Rafa.
— Já disse que não gosto de Aninha. Não temos mais sete anos! — Murmurou desgostosa.
— É, só que você continua com a mesma altura de que tinha com sete anos. — Laura se intrometeu sorrindo descaradamente.
— Quando eu te jogar de uma janel...
— Joga nada! Você não viveria sem mim. — Lau a cortou no meio da frase.
Giulia e Juliana já caminhavam juntas mais à frente falando sobre algum assunto que, na concepção de Sophia, é chato demais.
Cami que estava até então quieta, se pronunciou.
— Aprendi uma receita nova de bolo... Querem ir pra minha casa depois da aula? — Seu tom de voz usual era bem baixo. As meninas já estavam acostumadas a nem sempre entender o que a menina dizia de primeira.
