FANTASMAS E DANÇAS

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O dia estava... na verdade, era um dia um tanto comum demais se comparado aos últimos na minha vida. A última semana na realidade.

Era apenas uma manhã normal, havia falado com Julie mais cedo, e não haviam novidades.

Sem fantasmas em problemas, sem shows, apenas...

— Valen! — Hannah falou com a voz fina aparecendo em minha frente. Me fazendo levar um pequeno susto.

— Hannah. — Sorri pra ela enquanto terminava de guardar as coisas no meu armário.

— Vim te perguntar sobre o Reggie...

— O quê quer saber? — Que loucura aquele lá foi me meter.

— Não sei, se ele tá bem...? Como estão as coisas? — Ela falou mais calmamente.

— Na verdade faz três dias que eu não vejo ele. — Dei os ombros. — Mas se mais detalhes, eu pergunto pra Julie. Até aonde eu sei ele tá bem, não se meteu em mais confusão nenhuma.

— Nossa pensei que fossem super próximos, tipo melhores amigos. — Ela deu os ombros.

Que baixinha irritante em.

— Não nasci grudada nele. — Respondi mais seca do que pretendia. — Somos próximos mas não precisamos ficar juntos a todo momento.

Nossa... — Ela arregalou os pequenos olhos azuis. — Não quis ofender.

— Não ofendeu. Vou ir lá hoje, qualquer coisa te mando uma mensagem.

— Sério?! — A animação dela chegava a ser assustadora certas vezes. — Obrigada!

— Não é nada. — E então ela saiu andando como se tivesse ganhado na loteria.

Na época que eu saía com os outros eu era assim? Não né?

Que Deus queira que não.

"Heaven" do Niall ecoava no meu fone de ouvido, já era em volta de umas duas e meia da tarde, e eu estava indo cumprir com o combinado, ou seja, ver se o namoradinho da Hannah não tinha se metido em confusão.

Estava caminhando tranquila, até sentir uma certa agitação ao meu redor.

Um carro me seguia.

Pronto, coisas estranhas voltaram a acontecer comigo. Uma semana. Uma semana foi o tempo que eu mais consegui ficar sem atrair problema.

Olá garotinha. — O moço abaixou o vidro sorrindo. Perigo.

Eu ignorei ele, não iria responder. Não sabia da onde aquele cara saiu, e sinceramente estava com medo.

Ele era mais velho, uns cinquenta anos provavelmente, e tinha um carro de luxo... O que ele queria comigo?!

Talvez me sequestrar, me matar e vender meus órgãos. Era uma boa suposição dada as circunstâncias.

Você saberia me dizer aonde fica a praia? Preciso encontrar alguém lá. — Falou amigável.

Ele achava que eu era tão idiota assim?

Eu sei que parece estranho mas eu realmente preciso da localização. — Ele falou novamente.

— Usa o GPS. — Respondi algo. Eu não tinha mais treze anos de idade para cair nesse papo de bom moço perdido.

 𝚂𝙴𝙲𝚁𝙴𝚃𝚂 𝙰𝙽𝙳 𝙶𝙷𝙾𝚂𝚃𝚂| 𝙹𝙰𝚃𝙿Onde histórias criam vida. Descubra agora