Capítulo 43

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A data do casamento, ainda não havia sido marcada. Todavia, Grace conversou com um de seus estilistas favoritos, a fim de escolher um belíssimo vestido de noiva. Franco Portinari, mostrou-lhe diversos modelos.

—Não consigo decidir. Todos são, maravilhosos.

—E pra quando é o casório? —Questionou, o profissional.

—Ainda não marcamos a data. E olha que, eu estou grávida. —Retrucou, apontando para o ventre.

—Ah... Então, andaram apressando as coisas. —Afirmou, sorridente.

Grace também sorriu. Realmente, haviam avançado nas etapas do relacionamento. Thomas saiu do banheiro, usando somente uma toalha.
—Não fique olhando! —Brincou, encarando Franco.

—Deixe de preconceito, mocinho! Não é porque sou estilista, que sou gay. —Respondeu, jogando uma almofada em Thomas.

Trudie bateu na porta e em seguida entrou no cômodo. Segurava uma bandeja com frutas, torradas, croissant, pães, suco e leite. Depositou–a sobre a cama e saiu.
Thomas mordeu uma maçã, lançando um olhar sedutor para o estilista. Franco exprimiu alguns palavrões e Grace sorriu.

—Thomas, pare de provocá–lo! Franco não é gay. —Respondeu a noiva, achando graça.

O bonitão pegou as roupas e foi vestir–se no banheiro. Grace finalmente decidiu qual vestido usaria. Franco elogiou a escolha feita por ela e exigiu que escolhessem uma data. Ela estava grávida e seria necessário saber em que tamanho a barriga estaria, para saber qual deveria ser o número do vestido.

Franco comeu dois pêssegos, tomou um copo de leite e se foi. Grace questionou Thomas a respeito do casamento e decidiram casar, antes da barriga dela crescer muito.

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Susan procurou Thomas na Halley Designer, para falar do bebê. Continuava negando–se a fazer o exame de paternidade.

—Susan, não vou ceder. Quero ter certeza de que esse bebê é meu filho. Não acredito na sua palavra.

—Agora você diz isso, mas gostou de ficar comigo... Não foi?

—Susan, aquilo foi um erro. Jamais deveríamos ter dormido juntos. Foi um vacilo.

Ele recebeu um tapa na cara, assim que terminou de falar.
—Talvez eu mereça esse tapa, por ter sido um canalha. Mas foi com Grace que agi como um idiota.

Grace entrou na sala de Thomas, deparando–se com a rival. Susan começou a xingá–la.
—Apareceu a destruidora de lares. Por sua causa, meus pais estão falando em divórcio. Sua bastarda maldita! Eu te odeio, Grace.

—A recíproca é verdadeira, querida. Que culpa eu tenho, de ser filha do Freddie? Sua mãe não tem motivos para se divorciar. Não pretendo ficar correndo atrás do seu pai.

—Mas ele fica correndo atrás de você. Mamãe sente ciúmes da mulher que foi sua mãe.

Aquela conversa estava entediante demais. Susan havia mudado o rumo da conversa, para não ter que encarar o DNA. Thomas exigiu que o exame fosse realizado ainda na gravidez. Ela desconversou novamente e saiu, prometendo não deixá-lo em paz.
Thomas pegou Grace pela mão e a abraçou. Era bastante cansativa, toda aquela situação.

—Vamos trabalhar! —Pronunciou, ela.

Telefonaram do hospital para William, informando que Sally tinha mexido a mão. Era o começo de uma esperança. Sally havia feito Grace sofrer, mas William não poderia abandoná–la naquela situação. Rezava para a sobrinha ficar bem e depois acertaria as coisas com ela.

Grace recebeu a notícia e alegrou–se, pelo pai. Ela entendia a importância que a prima tinha para ele.
—Talvez, ela acorde. Já é um bom sinal. —Comentou, a filha.

William assentiu. Horas depois ao sair do trabalho, ele foi visitá-la. Encontrou a ex cunhada, sentada ao lado da cama. A mesma, tinha lágrimas nos olhos. Era difícil ver que a filha encontrava–se naquele estado.

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Emma havia feito mais alguns exames. Após o resultado, os médicos diriam qual seria o tratamento mais indicado para o caso dela. Em um misto de ansiedade e medo, ela deixou a clínica. Passou numa galeria de lojas e comprou um par de sapatinhos rosa. Eram lindos sapatos de bebê, feitos de lã. Grace diria que era loucura, uma vez que não sabiam ainda, o sexo da criança. No entanto, a intuição da futura avó, estava dizendo que seria uma menina. O fato é que, poderia ela estar errada.

Grace agradeceu o presente e prometeu guardar com carinho. Afirmou que caso fosse de fato uma menina, seria o primeiro presente que ela usaria. Emma conversou a respeito dos exames, das consultas com a doutora Wayne e depois foi para casa. Bethany estava resfriada e necessitava dos cuidados e carinho da mãe.

Gretel vivia discutindo com o marido. O motivo? Grace Halley.
Freddie não suportava mais a situação e saiu de casa. A mulher dele preocupou–se com a reação das pessoas quando descobrissem. Porém, ele não tinha interesse em agradar os outros ou ficar vivendo de aparências, fingindo serem o casal perfeito.
Susan ficou brava, quando viu o pai arrumando as malas.
—Pai, a onde vai? Você pretende ir morar com sua filha bastarda?

—Susan, não permito que fale assim. Aceite que ela e você, são meia–irmãs!

—Nunca! Ela roubou ele de mim. Não está dando importância ao filho que vou ter. —Reclamou.

—E você? Dá importância ao dela?

Susan ainda não sabia da gravidez da irmã. Sentiu raiva e ciúmes. Era verdade que tinha passado uma noite com Thomas, mas o bebê era filho de outro. Por isso, faria de tudo para não se submeter ao exame de paternidade.

—E quem garante que o filho dela, é do Thomas? —Questionou, encarando o pai.

—E o seu? É mesmo dele? —Indagou, conhecendo os truques da filha.

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Boa tarde 🌻
Espero que tenha agradado.
Um beijão e até o próximo.

Alguém tem que cederOnde histórias criam vida. Descubra agora