Capítulo 55

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Sentindo-se levemente tonta e com um forte odor de álcool em suas narinas, Grace despertou de um desmaio. Médico, enfermeiras e familiares, a rodeavam e o doutor pediu que dessem espaço, para que a mesma pudesse respirar melhor. A cabeça doía um pouco e ela levou uma das mãos ao local.

-Como se sente? Indagou, o doutor.

-Vou ficar melhor, quando me falarem que Jhoan está bem. Por favor, preciso saber a verdade. O que houve? Como foi a operação, doutor? -Ela estava aflita.

O médico olhou para os parentes ali presentes e logo em seguida, voltou o olhar para Grace.
-Lamento que tenham passado tantas horas, sem qualquer informação. Mas, quero que fique tranquila! A cirurgia foi satisfatória e o bebê está fora de perigo. -Comunicou, tranquilizando-a.

Foi a melhor resposta que ela poderia ouvir naquele momento. Seu pequeno filho, tão indefeso, estava bem. Na medida do possível, estava bem. Ela pediu para vê-lo. Thomas a acompanhou até o vestiário do hospital. Precisavam vestir-se adequadamente, para ver o menino.

Enquanto isso, Loren aguardava também poder entrar e ver o sobrinho. Ou que no mínimo, dessem informações mais detalhadas a respeito. O casal Meyer, entrou para ver o filho. Lágrimas rolaram pelo rosto de Grace. Thomas segurou fortemente a mão da esposa e encostou a cabeça, no ombro dela. Ao sentir que também choraria, apertou firmemente os olhos e respirou fundo. Não queria chorar e demonstrar fraqueza, diante dela. Ele era o marido, era o homem da família e deveria dar apoio à esposa. Jamais, poderia mostrar-se fraco.

Ela soltou a mão dele e logo depois, agarrou-se ao mesmo, com intensidade.

-Ele está fora de perigo, meu amor. -Exprimiu, o marido. - Graças a Deus, o pior já passou. Em breve, poderemos levá-lo para casa.

Grace parou de chorar, minutos depois. Porém, permanecia agarrada ao pescoço de Thomas. Pouco depois, o médico entrou e informou que a visita chegara ao fim. Lamentando, deixaram-no. Retiraram aquela roupa hospitalar e foram ao encontro de Loren, que logo pediu notícias do pequeno sobrinho.

-Ele está bem, agora. O pior, já passou. Logo, vai estar em casa conosco. -Thomas afirmou, confiante.

Loren assentiu, agradecendo aos céus, pela graça alcançada. Em seguida, o casal voltou para casa e a irmã de Thomas, para a casa dos pais. O primeiro ato de Grace ao chegar, foi tomar um banho e vestir outra roupa que não cheirasse a hospital. Aquele odor que misturava produtos de limpeza, remédios e pessoas doentes. Depois de estar limpa, pôde pegar os gêmeos no colo. Emma estava terminando de dar a papinha de Noah. Willy, ao ver a mãe, iniciou um choro sem explicação.

-O que aconteceu, meu filho? Sentiu saudades da mamãe? -Pegou-o nos braços. -De repente, não houve mais nenhum ruído.

-Parece que tem alguém fazendo birra, por aqui. -Emma disse, referindo-se a Willy.

Grace sorriu e falou mais detalhadamente, a respeito de Jhoan. Emma alegrou-se, pela saúde do neto.

Algumas horas mais tarde, Thomas estava retornando ao hospital, a fim de saber do menino. Saindo dali, iria para a empresa. Grace encarregava-se de cuidar dos outros dois bebês.

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Após o parto difícil e demorado, Susan ainda permanecia na maternidade. A equipe médica, cogitava a ideia de interná-la, pois a mesma, apresentava um desequilíbrio emocional aparente. Gretel deixou o hospital, em prantos. Culpava Grace, pelo estado da filha. Freddie também foi vê-la. Ficou observando ela dormir e meia hora depois, foi embora. Entristecido, lamentou que uma de suas filhas, estivesse naquela situação.

Quando Susan acordou, uma das enfermeiras levou a comida. O prato contendo: Legumes, arroz, frango, foi posto ao lado da cama. Ao lado da comida, um suco de maçã.
Susan afirmou haver algo de errado com o soro e quando a pobre mulher foi verificar, levou uma forte pancada na cabeça. A paciente, a acertara com a bandeja. Levantando-se depressa, Susan buscava uma forma de fugir do local, sem ser vista.

Astuta como era, não foi impossível a ação. Disfarçada de uma profissional da saúde, ela saiu facilmente daquela maternidade. Por não saber se Gretel a apoiaria, pediu para ficar na casa de uma amiga. Ayra Collins, ainda que receosa, permitiu que Susan ficasse por um tempo, em sua residência.

Ao se darem conta da fuga da paciente, Gretel e Freddie foram procurados. Ao informar que não sabiam nada a respeito da filha, foram dados como responsáveis pelo sumiço dela. Susan estava sendo procurada pelos pais. A equipe médica, no entanto, preferiram deixar essa responsabilidade com a família. As pacientes que tinham para dar conta, era mais que suficiente. Ayra recebeu a visita inesperada de Gretel e por sorte, a amiga não estava. Desconfiada, a mãe de Susan andou bisbilhotando a residência de Ayra. Não encontrou vestígio algum da filha. Foi embora, dando-se por vencida. Ela não iria aparecer. Sabia que iria para uma clínica, se voltasse para a casa da mãe.

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Um mês depois...

Jhoan, finalmente tinha sido levado para o aconchego da família. Recebeu o carinho e todo o amor que os pais tinham guardado para lhe dar. Foi uma benção, tê-lo novamente em casa. Willy ainda era um chorão. Noah, dos três, demonstrava maior tranquilidade. Chorava apenas quando sentia fome ou a fralda estava suja. Naquele dia, os três bebês ficaram com uma babá. Grace tinha ido acompanhar Emma, em mais uma etapa do tratamento. Pelo fato de não conhecer Susan, a babá permitiu que a mesma entrasse na mansão. Para a aflição da família, a maldade foi mais uma vez exercida: Susan pegara Willy, conseguindo sair da casa, com o garoto.

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Gente, que horror!
Essa mulher merece no mínimo, uns tabefes. Talvez assim, ela pare de querer o que pertence aos outros. Aff! Rsrs...

Alguém tem que cederOnde histórias criam vida. Descubra agora