quatro anos

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— Quatro anos — disse Emily, minha amiga desde o ensino médio —, quatro anos que o novo caso Kira está rolando.

— é um caso difícil, ele não deixa muitas pistas — retruquei em defesa da investigação — mas realmente já devem ter tido algum avanço.

— ouvi alguns boatos em chats de discussão — ela tomou um gole do café antes de continuar — esses chats são cheios de pessoas de todos os tipos de pessoas, e muitas concordam comigo em um ponto.

Emily é uma entusiasta da advocacia, tendo se escrito em mais de 3 faculdades de alto nível dos estados unidos. E como uma defensora das leis, discorda completamente de Kira.

— em que ponto? — perguntei, contunuando o assunto tomando mais dois goles de café.

— Near enlouqueceu e está usando o caderno que está na posse dele para matar políticos — ela disse se recostando na cadeira.

Não pude evitar, antes mesmo de conseguir notar comecei a gargalhar como um ganço.

— me desculpa — disse ainda rindo — você sabe que sou uma grande defensora do Near.

Ela revirou os olhos antes de atender uma ligação.

— sim?... Certo — disse para o telefone — preciso ir.

Apenas acenei quando ela saiu pela porta. Em menos de um segundo eu peguei o caderno em minha bolsa, com a capa de uma apostilha de psicologia.

Mas sua capa não importava, o importante eram suas páginas lotadas de nomes.

A pessoa que anota os nomes naquele caderno é a mesma pessoa que apoia o Near. Ambos sou eu.

Em Quatro anos eu tive um bom resultado, mesmo das cidades pequenas. Mas isso não ocasionaria a paz mundial ou a riqueza de todos os países do mundo.

Me larguei na cadeira após guardar o caderno, anotaria os nomes a noite. Sorri para o teto ao pensar que em quatro anos consegui despistar o maior detetive do mundo.

Por sorte minha caneta caiu exatamente no momento em que um homem pouco mais velho que eu entrou.

Ele era curvado e tinha o cabelo branco comprido, parecia não dormir faziam dias.

~--~--~

Quatro anos, um ano em cada país. Todos os países que suspeitei estavam errados.

O ano que passei na Rússia foi inútil, não havia rastros diretos que Kira estava localizado naquele país. Na Rússia as pessoas viviam bem, mas era notável que ela não via mais doque as notícias diziam.

A França já foi bastante diferente, era nosso maior local e com mais pistas. Não morriam apenas os que noticiavam na televisão, e sim todos que a população parecia odiar. Mas no final daquele ano, as mortes do baixo escalão diminuíram.

E nesse mesmo período, as mortes dos Estados Unidos aumentaram. Então tivemos de mudar de lugar.

Mesmo que tivessem várias pistas, não tínhamos suspeitos. Todas as pistas levavam a ninguém, ninguém que estive nos Estados Unidos.

O próximo país, o com pouco menos assassinatos de políticos de baixo escalão, era o Brasil.

A investigação caminhou lentamente por esse país, mas várias coisas estavam se encaixando.

O primeiro político de baixo escalão foi o prefeito de uma pequena cidade de São Paulo, com menos de 2.000 habitantes. Mas Kira não poderia ser alguém do interior, Kira tinha bastante informações da internet, que parecia rara naquela cidade.

Em apenas uma semana conseguimos descobrir todas as famílias que tinham ligação com a capital. Poucoquissimas, exatamente três.

Sem a ajuda do prefeito da capital de São Paulo, um apoiador de Kira, foi bastante difícil observar as famílias suspeitas da capital.

Como Kira tinha tantas informações do interior de outros países foi nossa maior dica. Ele precisaria de contatos.

Todas as famílias suspeitas eram humildes. Mas uma delas tinha bastante amigos em suas redes sociais, de países diversificados.

Era uma família de 3 homens e 3 mulheres suspeitos. Mas dois me chamaram bastante atenção.

A mais velha entre as mulheres era uma artista, tendo em todas as redes desenhos ou fotos, deixava seu nome e contato. Bastante descuidada, não poderia ser ela.

A segunda entre as mulheres, durante os tempos de assassinato tinha acabado de ter tido seu filho aos 18 anos. Não teria tempo tendo de cuidar de uma criança, e não tinha condições para uma babá. E não demonstrava ser muito inteligente.

Mas a mais nova não tinha foto em seu perfil, e nem em lugar nenhum. Postava apenas coisas de animes ou de livros. E tenha um link para seu site onde escrevia livros. Durante a época de assassinatos estava em seu 8° ano, era um estudante ótima e tirava notas razoáveis, mas notas não ditam o qual inteligente ela poderia ser.

Observei seus dados mais um pouco que o normal. Atualmente tinha planos para ser psicóloga, e já havia se escrito para uma faculdade no própria cidade. Mas foi seus seguidores que me chamaram atenção.

Foi marcada em várias fotos de uma jovem atualmente estadunidense. E um francês, e uma italiana.

O único entre os homens com tantos contatos era Alyson. Mas mesmo sendo um adulto de 20 anos, passava a maior parte do dia conversando com sua namorada virtual.

Maria era a maior suspeita.

A nova Kira ( adaptação Death note )Onde histórias criam vida. Descubra agora