A nova Kira ( adaptação Death note )

não sou Light

— O presidente Russo, após uma generosa doação aos cofres públicos e a escrita de uma carta, suicidiu-se ontem a noite pulando do nono andar de sua mansão.— dizia a reporter na televisão.

Alguns acreditavam que Kira havia forçado o presidente ao suicidio, mas não. O líder Russo se matou de espontânea vontade.

A tela mudou, de fotos do presidente, para uma rápida foto da carta que ele escreveu. Por sorte meu pai pausou para ler.

"Ja fui um homem honeste quando entrei para a politica, um lugar cruel e egoista.

Kira está certo em nós punir, nos que construimos ladroes. Nós quem mantemos os moraderes

na rua. Nós que tiramos a comida de suas famílias com preços absurdos.

Hoje eu vou devolver tudo que tirei deles"

traduzimos tudo a ajuda do google tradutor.

— punir? Eu não puno ninguém— esclamei para o Tamaki — eu não sou Deus! Eu não tenho direito de punir, apenas de entrega-los para o julgamento.

olhei para Tamaki e aumentei meu sorriso.

— Kira foi derrotado por acreditar ser uma divindade — observei ainda sorrindo lada ele — não vou cometer esse erro.

Não acredito que o detetive Near estaja acreditando que Kira forçou o presidente russo a escrever aquela carta. Ele foi um aluno do grande L, não é assim tão idiota.

Por sorte – e também por conta de minha boa saúde – meu pulso cicatrizou bastante rápido do ferimento, e em menos de dois meses já pude voltar a escrever nomes.

O resultado dos assassinatos foi bom, muitos políticos que estavam entrando tinham medo de Kira, e os que não tinham medo me apoiavam. Isso é ridículo.

Como pode alguém me apoiar?

Mesmo ainda sendo uma adolescente eu entendo o qual terrível é tirar uma vida, eu sei que estou fazendo algo errado e horrível. Eu sinto o peso na consciência de ver notícias sobre as famílias dos políticos que matei em luto.

Quem monstro poderia concordar com um genocídio desse? Mas é necessário apoiadores para que os que desejam ganhar emcima de quem não entende, tenham medo.

Os quem eram mais corajosos tentavam encobrir, mas acabavam sendo entregues pelos comparsas. Não existe fidelidade entre os ladrões.

Sentei na cama, era terça feira a noite e estava chovendo, olhei para tamaki comendo todos os pirulitos que comprei para ele essa tarde voltando da escola.

— o que foi? — perguntou ele quando me viu o encarando.

— estava pensando — respondi — tem história de que Kira teve dois ajudantes, que podiam saber os nomes das pessoas apenas olhando para elas.

— ah, eles devem ter feito o acordo — disse ele.

— acordo? — perguntei interessada — que acordo?

— dos olhos de Shinigami — ele disse comendo mais um pirulito — você me dá metade do seu tempo de vida e eu te dou o poder de saber os nomes das pessoas apenas as olhando — ele disse entediado.

— isso não deveria ser algo que você gostaria que eu fizesse?

Ele me olhou e sorriu.

— eu era o Shinigami que mais trabalha, não preciso do seu tempo de vida — observou ele — e se vc morrer cedo, não poderei comer mais esses doces.

— interesseiro.

Deitei novamente e abri o celular. Com nove mensagens não lidas.
Diferente de Light Yagami, o primeiro Kira, exterminar a corrupção e espalhar o medo entre os políticos é bem mais fácil que os cidadãos.

Mas a corrupção não ocorre apenas entre os políticos conhecidos, eu entendo isso todas as vezes que visito meus parentes do interior.

Meu pai nasceu e cresceu na cidade grande assim como eu e meu irmão, mas minha mãe foi criada no interior, como a pessoa humilde que é.

Amava visitar meus primos, era sempre bom conversar com eles. Mas preciso aproveitar que minha mão já melhorou

Enquanto Luan desenhava eu escrevia alguns nomes, como se para um trabalho escolar.

— o prefeito fez isso mesmo? — perguntou minha mãe a minha tia preocupada.

Tanto eu quanto Luan aprumamos os ouvidos, ambos somos curiosos.

— sim, ele roubou toda a verba que o novo presidente da capital deu para nossa escola —  respondeu minha tia —  mesmo que não concorde com Kira, acho que ele esquece das cidades pequenas.

Continuei a escrever.

Presidente da Bolívia, atropelamento. Ministro do reino Unido, acidente doméstico... Prefeito de uma pequena cidade do interior de São Paulo, ataque cardíaco.