perseguição

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O rapaz sentou em minha mesa, na cadeira a minha frente. E nesse momento qualquer tipo de interesse por ele morreu com a sua audácia.

— olá, eu sou Near — ele comprimentou, sentando uma forma estranha na cadeira.

O ignorei com um leve sorriso irônico nós lábios.

— e você é Kira — ele sussurrou.

E eu não pude me segurar, comecei a rir e encarei ele com o olhar mais irônico que pude.

— ótima pegadinha — disse a ele me levantando — mas eu não caio nessa. Qual o seu canal? Eu quero ver o vídeo depois.

— não é uma pegadinha, eu sou Near — ele insistiu.

— e me diga "Near" por qual motivo você se mostraria para mim? — ironizei.

Como Near nunca foi visto, muitas pessoas faziam pegadinhas acusando as pessoas de ser Kira. As vítimas muitas vezes entravam em Pânico, choravam dizendo não ser ou tentavam agredir os falsos Nears. Eu não era idiota, isso seria impossível.

— por você ser Kira — ele respondeu.

— ah, por favor me deixa em paz — disse saindo do café.

Ele começou a me seguir, então entrei em Pânico. Um tarado? Um maluco?

Corri o mais rápido que pude e entrei em uma loja.

— segurança, me ajuda por favor — pedi em assustada — tem um homem me perseguindo.

O falso Near entrou na loja e pareceu olhar ao redor.

— é aquele homem, ele está me seguindo a horas — exagerei, caso dissesse a 2 minutos o segurança me acharia uma louca.

Ele se dirigiu ao falso Near enquanto eu estava parada atrás do manequim. Mas o falso Near tirou uma carteira com o símbolo do FBI.

Porcaria, era realmente o Near. Me descobriram.

— tamaki, por que não me disse que aquele era o Near? — perguntei em um beco a duas quadras de distância da loja.

— como eu saberia? Near é um apelido — disse ele — e mesmo se eu soubesse, não falaria.

— ei seu maldito, estamos a 4 anos juntos e você ainda me trata assim? — exclamei estressada — me diz o nome dele, então irei mata...

Eu parei um segundo antes de falar.

— não vou matar ele — disse saindo do beco.

Matar Near seria matar um inocente, que está apenas fazendo seu trabalho. Eu não mataria nenhum dos repórter que estão contra mim, ou qualquer outro opositor.

Agora, terei que tentar me livrar da cadeia. Mas não importa se ele diga seu nome, eu não vou mata-lo.

Perdi muitas coisas ao me tornar Kira, como o sono e a diversão de escrever, mas meu orgulho e honra ainda se mantinham, talvez feridos mas impecáveis.

E agora? Esperar que Near acumule provas?

Claro que a maior delas, estava na minha bolsa nesse momento.

Porra! Não tem mais jeito, tenho que esconder o death note, ou me livrar dele.

Mas isso seria assumir a culpa, e eu iria presa. Mas e se eu for presa, ainda sou menor de idade talvez não seja presa? Mas falta pouco para os dezoito anos.

Tive de usar tudo meu auto-controle para abrir a porta e entrar em casa como se nada tivesse acontecido.

Fernanda me abraçou quando entrei, a esposa do meu irmão era mais minha irmã que ele. Eu a abracei devolta.

— eu não vou almoçar, já comi um salgado na rua — disse e fui para o quarto.

— algo aconteceu? — perguntou minha mãe, com a voz de preocupação.

Minha mãe bem sabia do poder dessa sua voz e apenas usava quando realmente precisava falar.

As lagrimas de estresse começaram a brotar, mas eu de jeito nenhum poderia dizer o motivo de todo essa angustia, de como estava me sentindo com medo. Logo os soluços começaram e Fernanda me abraçou.

Apertei ela enquanto afagava meu cabelo.

Pude ver meu irmão, a pessoa mais fofoqueira que eu já conheci, se aproximar de minha mãe e pergunta o motivo do meu choro.

— e-eu foi perseguinda por um homem por três ruas — eu disse entre os soluços, não era uma mentira, eu realmente me abalei com a perseguição.

Meu irmão fechou os punhos, ele não lidava muito bem com assédios. Já fui estuprada quando pequena pelo tio favorito dele, depois disso não foi mais íntimo da família paterna.

Ele me abraçou, o que não acontecia a mais de nove anos.

Mesmo sendo uma assassina ainda era uma pessoa, que sentia peso na consciência e amava sua família.

Me afastei de todos e fui para o meu quarto, peguei a apostila com as folhas do death note e tirei todas de lá.

Olhei nos olhos de tamaki e lhe entreguei as folhas.

— leve esse caderno até Henry na França — comandei — e quando eu disser "renego", quero que retire minhas memórias, não importa o contesto.

Near não era original, e eu também não serei.

A porta se abriu e o homem que me perseguia olhou direto para mim no momento em que entrou na sala de aula.

Ele se apresentou como "Kevinho", o qual eu achei um codinome idiota de alguém que conhece muito pouco sobre o país.

Sentou-se exatamente ao meu lado e me encarou. De uma forma terrivelmente constrangedora.

Me levantei e fui para a última carteira da sala, mesmo visão sendo muito ruim e não enchergando quase nada da aula.

Não consegui ser tão rápido quando tô resto da classe para fugir da sala.

Mas o rapaz estava na porta me impedindo de sair. A raiva e a angustia comeram a me consumir.

— que tipo de tarado você é? — exclamei me apoiando na mesa.

— não sou um tarado, sou o detetive do caso Kira — explicou ele — e você é Kira.

— vá para o inferno! Eu já disse que não sou Kira e não há razão nenhuma para que você suspeitar de mim — berrei me agarrando a mesa consumida de raiva.

— então eu irei te vigiar, caso não tenha provas até o fim deste ano eu te deixarei em paz — disse Near, firmando um acordo.

— ok ok, como não tenho o que esconder pode me vigiar, só me deixe em paz — pedi completamente abalada.

Aquela noite cheguei em casa e dormir como um bebê, com a mente leve e calma. Nunca tive uma noite tão boa de sono.

A nova Kira ( adaptação Death note )Onde histórias criam vida. Descubra agora