Voodoo de Tróia

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As horas se passaram e o sol estava começando a se pôr.

Taehyung aos poucos despertou. Ele se sentia bem melhor do que antes, porém, ainda sem se lembrar do que aconteceu ou do que fez, durante seu tempo com os Haitianos.

   - Olha só. Você finalmente acordou. - Ele ouviu a voz de Irene.

Taehyung levou seu olhar até ela, e a viu se aproximar.

   - Como está se sentindo?

   - Bem melhor que antes. - Ele respondeu, ainda grogue por conta do sono.

   - Não está sentindo dores de cabeça ou enjôos? Tontura? - Ela perguntou pousando sua mão na testa dele para verificar a temperatura.

   - Não. Eu estou bem. - Ele olhou suavemente para ela, agarrou sua mão, e sentou-se. Suspirando antes de falar. - Desculpe por hoje mais cedo. - Taehyung pediu.

Irene encarou o rapaz que tinha olhos de ressaca e cabelos bagunçados, sorriu e com sua outra mão alisou seu rosto.

   - Não se preocupe. Apesar de ter sido uma nojeira ter que limpar aquele troço que você colocou para fora, não foi tão difícil de...

   - Estou falando de minha irmã. - Taehyung a interrompeu, tirando a mão dela de seu rosto.

   - Ah...

   - Jennie é muito arrogante e impaciente as vezes... ela tem uma língua bem afiada, além de não pensar antes no que falar.

   - Taehyung… Eu realmente não ligo para sua irmã. Para ela, ou para o que diz. Nem a conheço...

   - Mas eu ligo. Ela não tinha o direito de tratá-la daquele jeito. - Ele disse carrancudo. - Você só estava querendo me ajudar. E o que posso fazer no momento é agradecer e pedir perdão por tudo que houve hoje.

   - Tanto faz. - Irene diz soando indiferença. - Venha. Você precisa comer alguma coisa. - Ela o chama, puxando sua mãos para que ficasse de pé. Mas antes que Taehyung se movesse, um som alarmante de telefone toca ao lado deles.

   - Só um minuto. - Ele diz, pegando o aparelho telefônico na mesinha ao lado da cama. - Alô?

   - Está acordado, que ótimo. - Ele ouve a voz de sua bendita irmã. - Vá para fora, irei te buscar.

   - Eu vim de carro... - Ele tenta dizer.

   - Eu me livrei dele.

   - O quê? - Ele perguntou. Irene que estava ali até então, decide sair e deixá-lo a vontade na ligação.

   - O carro que você estava, pertencia a gangue Haitiana. Falei com Rico, um rapaz que ajudei em alguns trabalhos, ele disse que o carro seria útil para a gangue dele. Dei o endereço da sua vadia, e ele foi até aí buscar.

    - Você deu o quê? Você tá maluca? - Taehyung questiona incrédulo.

    - Olha o drama Taehyung. Ele só foi pegar o carro, e não dar em cima da sua...

    - Não ouse chama-la de vadia outra vez Jennie. Já basta. - Ele reclamou.

   - Taehyung. Pro seu bem, e pro bem da minha paciência, esteja na calçada. Estou à dois quarteirões daí. - Ela não disse mais nada e desligou.

Taehyung apertou seu olhos, e respirou fundo. Passando a língua entre os lábios ressecados, ele virou-se em direção a porta e saiu pelo o corredor para chegar a sala.

Irene surgiu de um outro corredor, vindo da cozinha. - Vamos comer?

   - Não vai dar. Jennie já está chegando.

Criminal Rubys - Chaennie, menção VreneOnde histórias criam vida. Descubra agora