Bucha de canhão

127 32 4
                                    

Rosé abriu os olhos lentamente, e passou a mão no rosto em seguida. Olhando ao redor do quarto, para se encontrar sozinha.

   - Jennie? - Ela chamou.

Ela se espreguiçou e levantou, andou até o banheiro, e depois até a porta aberta do quarto, para olhar da sala para a cozinha, apenas para ter a certeza que realmente estava sozinha... e ela estava. Rosé suspirou voltando para cama, mas não antes de parar para encarar seu corpo nú no espelho, no canto do quarto.

   - Me pergunto como ainda estou viva... - Ela disse analisando as inúmeras manchas roxas espalhadas em seu corpo, passando a mão da clavícula, até o pescoço.

Ela voltou para cama, e se deixou ter um tempo de preguiça.

Rosé encarou o teto, e refletiu em como sua vida que já se encontrava em uma bagunça, passou a chacoalhar piorando tudo, ao conhecer Jennie. Na verdade, ao saber que ela conheceu seu pai. 

No início, ela achava que Jennie era só uma mulher normal, de estilo rebelde e radical, mas logo percebeu que se enganou, ao saber dos trabalhos que ela tem feito para sua melhor amiga e sua esposa, Lalisa e Jisoo. Só que isso não interfere em nada no seu interesse pela mulher de olhos felinos, o problema, é que ela se preocupa no envolvimento dela com Jin-young. Não a agradou nada, ver Jennie naquela mansão, duas vezes. Rosé sente e sabe que se Jennie continuar trabalhando com seu pai, algo de ruim acontecerá futuramente, e isso a deixa inquieta. Então, ela fará o que puder, para mantê-la longe do Park.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, minutos depois do desafio cumprindo, Jennie foi vista de volta ao Café Robina sentada no balcão apreciando sua refeição. Ela estava realmente gostando da comida que era servida no café.

   - Un cafecito, por favor, Alberto. - Jennie pediu a Alberto em espanhol.

   - Sin problemas, Jennie. - respondeu Alberto servindo-lhe mais do pedido.

Nesse momento, Umberto irrompeu no café, parecendo bastante tenso e abalado. Sua apreensão o fez suar. Ele se voltou para Alberto.

   - Papi! - ele chamou seu pai quando este entrou e Jennie se aproximou dele primeiro. - Un grande problema!

   - Umberto, mi hijo. ¿Qué sucedió? - Alberto perguntou ao filho.

   - Os Haitianos! - Umberto rosnou de repente cheio de fúria. - Eu odeio esses Haitianos! Eles mexeram comigo pela última vez! Esses… esses Haitianos! Vamos tirá-los da área! Só precisamos de reforços!

Ele então se virou para Jennie. - Já perdi alguns hermanos por aí! - Umberto explicou. - Amiga, você dirige bem! Faça-me um favor!

   - Para uma mulher, certo? - Jennie respondeu jocosamente.

   - Não é hora para brincadeiras! - Umberto respondeu sério. - Vamos lá, dirija para mim! Leve meus meninos lá! Eles mexeram comigo! Eles mexeram com o maior garoto da cidade!

   - Ok. - Jennie simplesmente respondeu, limpando-se com um guardanapo. - Alberto, porfavor, prepare uma omelete, torradas, e um café para a viagem. Voltarei para pegar o pedido, assim que acabar com os amiguinhos do seu hijo...

   - Eles não são mis amigos! - Umberto esbravejou, enquanto Jennie ria internamente do homem. - Eu odeio esses Haitianos fedorentos e sorrateiros! Odeio!

   - Está bien, Jennie, estará pronto cuando llegar. - Alberto respondeu, enquanto seu filho resmungava.

Sem outra palavra, Jennie saiu do café e encontrou mais três cubanos parados perto de um veículo, Greenwood branco.

Criminal Rubys - Chaennie, menção VreneOnde histórias criam vida. Descubra agora