Nove papéis, muito bem dobrados, escritos em uma caligrafia extremamente delicada e perfeitamente simétrica.
Podia jurar, de todo o meu coração, que cada carta possuía o cheiro dele. A menta, a maçã-verde, até mesmo seu suor havia infectado as folhas, como pequenos pergaminhos, tipicamente enrijecidas.
Separei papel por papel, para ir os lendo na ordem desejada
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1° carta:
❝Quando todos os seus sonhos falham, e aqueles que saudamos são os piores de todos, e o sangue fica seco... Quero esconder a verdade. Quero abrigar você. Mas com a fera dentro, não há onde nos escondermos. Não importa o que criamos, ainda somos feitos de ganância. Este é o meu fim.
Quando você sentir o meu calor, olhe nos meus olhos. Não se aproxime muito, é escuro aqui dentro. É onde os demônios se escondem.
Quando as cortinas se fecharem, quando as luzes se apagarem, vai ser pela última vez. Não quero lhe decepcionar, mas meu destino é o inferno; embora tudo isso seja para você. Não quero esconder a verdade. Dizem que você é o que faz. Está enrolada na minha alma. Tenho que te deixar ir. Seus olhos, eles brilham tanto. Quero guardar a luz deles. Não posso fugir agora, a menos que me mostre como.❞
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2° carta:
❝Eu prometo que um dia estarei por perto, te manterei a salvo, te manterei segura. No momento, as coisas estão meio loucas, e eu não sei como parar ou diminuir o ritmo disso. Eu sei que existem coisas que nós precisamos conversar, e eu não posso ficar, então me deixe te abraçar um pouco mais.
Pegue um pedaço do meu coração e o faça seu, então, quando estivermos separados, você nunca estará sozinha.
Quando sentir saudades, feche seus olhos. Eu posso estar longe, mas nunca fui embora. Quando você adormecer à noite, lembre-se que nós deitamos sob as mesmas estrelas.❞
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3° carta:
❝Ajude-me, É como se as paredes estivessem desmoronando. As vezes eu tenho vontade de desistir, mas eu não posso. Não está no meu sangue. Deitado no chão do banheiro, sem sentir nada. Me sinto sobrecarregado e inseguro. Me dê algo que eu possa tomar para aliviar minha mente. Com medo de ficar sozinho novamente, eu odeio isso. Não posso respirar.❞
