Foi a um mês atrás meus pais e eu iríamos comemorar. Não era data festiva nem nada, mas era algo especial pra mim. Eu havia conseguido entrar na faculdade da NASA eu queria aprender astronomia, havia me dedicado para aquela carreira desde que eu tinha visto como a terra havia se formado segundo a teoria científica aos meus 12 anos, depois daquilo eu pesquisei muito sobre o espaço e fiquei observando o site da NASA frequentemente.
Fomos a um restaurante bonito, era todo formal e aconchegante ao mesmo tempo, mas pedimos os mais tradicional de todos, pizza.
Aquela noite, foi a última vez que eu sorri, foi a ultima vez que me senti tão confortável e foi a ultima vez que vi meus pais nós sabíamos o que estava acontecendo, mas segundo o prefeito da nossa cidade, estávamos fora de risco, tinham até erguido um muro assim que souberam do primeiro transformado, mas mesmo assim não foi o suficiente, o muro tinha o tamanho de um prédio de 3 andares, naquela época, todas as empresas de construção da cidade se mobilizaram apenas para esse muro o que fez o trabalho ficar pronto dois meses antes do surto.Estávamos felizes eu estava comendo pizza de frango com borda de chocolate e meus pais estavam tão alegres que não paravam de falar as coisas que precisavam serem pegas para mim, de certo modo era engraçado vê-los assim, então, de repente ouvi um grito e um estrondo muito forte, ficamos curiosos então fomos ver, não imaginávamos que aquilo poderia ocorrer, achávamos que estávamos em segurança, um ALIEN havia entrado no estabelecimento e praticamente matou a mulher, começou a devora-la e então como é normal do ser humano, todos entraram em pânico e eu fiquei paralisada, estava com medo demais para poder me mexer, mas minha mãe me tirou do transe e me fez sair, por sorte estávamos no primeiro piso e a sala em que estávamos tinha uma janela enorme de vidro, meu pai a quebrou, e nós fugimos, corremos até não querer mais, quando achamos que tudo estava calmo nós paramos para respirar, estávamos à quilômetros de distancia do local e ainda sim, fomos atacados, um fêmea chegou e puxou meu pai pra fora do carro, minha mãe apenas teve tempo de me falar pra corre e também foi tirada a força do carro, eu ouvia os gritos, eram horríveis, os sangue dos dois havia sido jorrado no carro, tudo o que eu sabia fazer era ter medo e ficar parada, quando eu não ouvi mais os gritos eu resolvi olhar, eram apenas dois e pareciam ocupados demais devorando meus pais, resolvi sair de fininho, puxei a alavanca da porta do carro, e quando eu consegui sair eu comecei a correr, eu chorava e corria ao mesmo tempo, corria para algum lugar que eu não sabia qual era, e então eu tropecei e cai. Foi aí que eu acordei, suando, ofegante, amedrontada e com lágrimas nos meus olhos, me sento por um momento e reprimo essa minha vontade de chorar, limpo meu rosto, e procuro deixar esses pensamentos pra longe.
O dia já estava raiando, eu não sabia o quanto eu podia estar em perigo, então eu espalhei o resto de brasa para apagar, peguei a minha garrafa de água e segui meu rumo, precisava achar algum estabelecimento seguro e com suprimentos.
Eu não podia me dar ao luxo de me distrair, eu tinha que me manter alerta, meu braço doía, mas minha cãibra havia parado assim que eu alonguei a minha perna, eu estava um caco, tanto psicologicamente quanto fisicamente, fazia uma hora de caminhada eu estava faminta, não comia nada desde a noite passada, não havia nenhum animal na floresta por que ela estava com uma atmosfera hostil demais, nem pássaros estavam nas redondezas também, eu tinha achado um pequeno lago, bem pequeno mesmo e fui lavar o rosto, então eu ouço rugidos eram os ALIENS, eu não podia acreditar que eles haviam me achado, quando me deparo com alguém que eu conhecia, não demorei para entender a situação, minha expressão rapidamente mudou de espantada para séria, me levantei e puxei ele pelo braço então começamos a correr, a água ainda estava em meu rosto então fazia o vento da manhã ser mais gélido do que o normal. Nós corremos até não poder mais, encontramos um lugar abandonado e nos escondemos lá sem nem pensar duas vezes, o monstro veio na direção do local e passou na mesma velocidade que veio, sentimos o chão tremer com seus passos pesados, quando não sentimos mais a vibração de seus passos e nem ouvimos os mesmos nos permitimos relaxar e então eu acabei caindo de cansaço. Quando a adrenalina passou eu comecei a voltar a sentir dor no meu braço novamente, me levantei e comecei a verificar o local, tinha água, comida e primeiro socorros, já era o suficiente, mais do que eu poderia esperar, peguei o kit e tirei o pedaço de tecido rasgado que estava no meu braço.
- deixa que eu te ajudo - falou o Natan, eu o conhecia, tivemos um tipo de amizade colorida, mas ele fez umas coisas que eu não gostei então acabamos nos afastando e nem nos vemos mais, fiquei me perguntando por um bom tempo se o que eu tinha feito era o certo, mas hoje em dia eu percebo que foi o melhor pra mim. Natan começou a limpar meu ferimento e eu senti dor - eu sinto muito - ele falou com remorso em seus olhos enquanto limpava meu ferimento.
- tem que limpar o ferimento, não precisa se desculpar - falei pensando que era do ferimento que ele estava falando, mas na realidade ele não estava, percebi depois - você fez muitas coisas pra mim Natan, como espere que eu te perdoe tão facilmente? - perguntei a ele, e ele me olhou preocupado, era incrível como os olhos dele eram castanhos mas mostravam tão bem seus sentimentos, tinha partes dele que eu ainda gostava, mas eu sabia que não podia fazer nada, nem pedir nada, afinal, tínhamos terminado nossa história.
- eu fui um idiota, você gostava de mim e eu só usei você - ouvir aquilo me fazia perceber o quanto eu queria ouvir e o quanto eu queria expor tudo e colocar as minhas mágoas na mesa.
- que bom que você sabe disso Natan - eu falei, ele me olhou surpreso - eu mudei durante esse um ano em que não nos vemos, eu não queria ser tratada daquele jeito novamente, então eu mudei, você não só me usou, como me manipulou e enquanto eu era transparente com você você me ignorava e esperava que eu soubesse o que você estava passando - ele apenas olhou para baixo, envergonhado - você sabia que eu te amava, não só gostava, eu te amei, e mesmo assim você provocava ciúmes em mim, ficava olhando pra outra garotas descaradamente, eu queria respeito da tua parte - ele não falava nada, enquanto eu falava tudo o que eu queria dizer a ele quando eu ouvisse ele pedir desculpas.
- eu sei - ele falou baixo, me irritei ainda mais.
- será que sabe mesmo? - eu perguntei, ele voltou a olhar nos meus olhos - você me dizia pra ser eu mesma mas me criticava quando eu era, você dizia que se sentia preso mas quem estava presa era eu, eu não te impedi nenhuma vez de ficar com outra, eu sentia ciúmes, mas eu tinha noção do nosso relacionamento - ele se surpreendeu.
- mas eu tinha parado de ficar com as meninas justamente pelo seu ciúme - ele falou tentando contornar o fato de ele se sentir preso.
- exatamente, VOCÊ resolveu parar, eu não te impedi, tu podia ficar, eu não ficava por que eu não queria ficar com ninguém, então se você se sentia preso a mim, foi por que você quis - falei pra ele, ele apenas ouviu de cabeça baixa enquanto terminava de por o ultimo pedaço de esparadrapo - eu tentei ser a melhor e quando você reclamava de algo sobre mim eu tentava mudar, e você? - eu perguntei pra ele e sai da sua frente pra poder procurar alguma coisa pra comer, um pouco do meu estresse era sobre a fome também.

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Extermínio
ActionLIVRO EM PROCESSO DE CRIAÇÃO. ATENÇÃO! ->PODE DEMORAR PRA SER POSTADO CAPÍTULOS ->PODE HAVER MUDANÇAS NOS CAPITULOS JÁ POSTADOS JÁ QUE LEIO DIVERSAS VEZES PARA VER SE HÁ COISAS À MUDAR. Por favor. Tenham paciência, faz muito tempo que não posto li...