Capítulo 5 - Hayane

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Acordei gemendo alto por espreguiçar meu corpo. Virei de barriga para cima, fiz mais um alongamento e gritei quando vi um homem na porta do meu quarto, na verdade, era Danilo e ele me encarava despudorado.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei cobrindo meu corpo com o lençol de cima. — Você não ia embora hoje?

— Como você quer que eu vá embora depois da mensagem que me mandou? — Cruzou os braços na sua frente. — Vamos tentar mudar essa amizade para que eu possa finalmente sentir que você é minha de verdade.

— A gente precisa ir no cinema primeiro. Jantar, beijos roubados... essas coisas que a gente faz no início do namoro.

— Não era você que não gostava de clichê?

— E agora? Não posso mudar de opinião?

Ele olhou para mim como um predador, caminhou até a cama e se sentou aos meus pés.

— Aceita namorar comigo? — falou estendendo o anel. — Posso fazer tudo isso que pediu durante o nosso namoro, não precisa ser só no início.

Segurei o lençol com mais força contra o corpo, porque agora duelava com a imprudência. E se ele for um maníaco? E se ele me sequestrar e desovar meu corpo em uma vala qualquer?

— Vamos com calma? — pedi com um sussurro e seu olhar suave, como ele sempre fazia quando interpretava errado suas ações, me desarmou.

— Faremos do seu jeito, meu amor. Só não me peça para me afastar, porque já estou mais conectado com você do que imagina. Nós sempre fomos reais para mim.

Com essas palavras e nesse tom, meu corpo inteiro respondeu ao seu chamado. Estendi minha mão para que colocasse o anel, deixei meu corpo exposto e o vi engolir em seco ao me ver mais nua do que apenas sem roupa.

— Tenho proteção dos Dragões do Asfalto. Sei onde você mora e Evandro pode destruir sua empresa — ameacei em tom de brincadeira, o que o fez sorrir e me puxar para mais perto dele.

— Você só precisará deles quando anunciarmos o nosso casamento.

Abri a boca em choque e Danilo aproveitou para beijar minha boca e fazer meu corpo deitar para que ele ficasse por cima. O gosto de cabo de guarda-chuva da minha boca se mesclou com seu gosto mentolado da pasta de dente. As incertezas voltaram a me dominar, mas sua boca e mãos em meu corpo era tudo o que precisava para me arriscar nesse relacionamento.

Queria sentir seu corpo, tocar sua pele e ferver junto com ele. Dias, meses e anos me proibindo de pensar ou sentir dessa forma, plena e venerada, agora, só queria resgatar o tempo perdido.

— Podemos ficar só nisso — falou beijando meu pescoço e descendo até meus seios que já estavam cativos pelas suas mãos. — Podemos só...

— Jogar tudo para o alto e nos entregar. Chega de reclamar dos livros clichês, quero viver o enredo de um!

Ergueu o corpo, removeu a camiseta e voltou a beijar minha boca com ferocidade. Pouco tempo depois tomou meu seio e sua língua brincou com o bico enquanto o outro era manipulado pelos seus dedos.

Esfreguei meu quadril no dele, deixei sua pele quente entrar em erupção com a minha e só não explodi em mil pedaços, porque ele parou, se levantou e terminou de se despir.

Colocou uma camisinha em cima da cama e me posicionou mais para cima para que seu rosto ficasse entre minhas pernas. Arregalei meus olhos ao sentir sua língua na minha umidade e agradeci a mim mesma por permitir tudo isso acontecer. Era bom, libertador e completamente irresistível.

Quando encontrei meu clímax, deixei meu corpo relaxar em cima da cama, fechei meus olhos e sorri ao perceber que ele estava em cima de mim.

— Seu gosto é muito bom — falou beijando minha boca.

— Melhor que a boca da ressaca, com certeza — falei divertida e lambi os lábios ao sentir meu sabor.

— Já estou com camisinha. Consegue gozar mais uma vez?

Abri os olhos e o desafiei ao envolver sua cintura com minhas pernas.

— Será que você conseguirá esse feito inédito e me dar dois orgasmos em um dia só?

Tive minha resposta com seu membro me invadindo, com seu corpo me possuindo e suas mãos me dominando com todo o seu poder másculo. Ele era todo definido, minhas mãos digitalizaram cada ondulação e meu ventre se contraia a cada investida.

Então, era assim o sexo matinal?

Abracei seu pescoço e segui seus movimentos, porque estava quase lá.

— Mais rápido!

— Sim — respondeu estrangulado.

— Mais um pouco...

Mudou de posição, me colocou de bruços, ergueu meu quadril e investiu em meu sexo por trás ao mesmo tempo que sua mão encontrou meu nervo sensível.

— Pode gozar, meu amor...

Fiz ao mesmo tempo que ele gemia e deixava seu corpo ser arrebatado pelos espasmos. Nossa conexão parecia de anos, nossa vivência e intimidade também, por isso não me arrependi quando as palavras saíram:

— Acho que amo você.

— Tenho certeza do meu amor por você e tratarei de me empenhar para que essa dúvida suma. — Beijou meu ombro, saiu de cima de mim e se jogou ao lado. — Estou acabado.

— E eu atrasada. — Com muito custo me ergui, beijei seus lábios e fui para o banheiro. — Não tenho a vida ganha como você.

— Ah, se fosse verdade...

— Vai mesmo embora amanhã? — perguntei do banheiro.

— Meus planos mudaram depois de hoje! — respondeu divertido.

— Você não viu nem metade — gritei ousada.

Ele riu alto e quando liguei o chuveiro, sorri ao estar satisfeita com minhas decisões e mudanças de opiniões. Do virtual para o real, até que a transição não foi tão traumática.

Um Amor Real para Danilo & Hay (Encantadas Segunda Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora