Capítulo 48

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Olívia Narrando

Todos a minha frente estavam boquiabertos, Theo levantou da mesa e correu até mim.

"Por que você fez isso com ela?" Ele gritou com Anastasia.

"Cala a boca, garoto insolente." Ela disse com desdém e foi se afastando.

"Nunca mais bata na minha irmã!" Ele gritou e empurrou a nossa avó, eu não conseguia fazer nada, fiquei ali parada encarando tudo o que estava acontecendo.

"Theodore!" Ouvi meu pai falar e puxar meu irmão para longe de mim.

"Você não deveria deixar ela bater na Olívia!" Ele tentava se libertar dos braços fortes de Hector.

"Hector, solte o seu filho." Anastasia ordenou e meu pai obedeceu. "Não imaginei que vocês fossem ser tão unidos." Ela olhou diretamente para mim com nojo. "A Hydra é um peso morto!" As lágrimas ainda teimavam em escorrer pelo meu rosto. "Você vai aprender a não me tratar mais assim, cruc...."

Não iria deixar ela me torturar, sou mais rápida que essa velha maldita, puxei minha varinha que escondi nas várias dobras do pano do vestido.

"Expelliarmus!" Gritei e a maldita voou metros de distância de mim. "Use uma das maldições imperdoáveis e eu te denuncio para o ministério!" Disse e fui correndo até o meu quarto, assim que passei pela porta a tranquei, ouvi o barulho de todos eles conversando no andar de baixo.

Fui diretamente para o banheiro do meu quarto e lavei o rosto, logo depois avistei uma tesoura no balcão e tive uma ideia, iria acabar com aquilo que eles achavam tão bonito em mim.

Agarrei as mechas do cabelo e as cortei com toda a tristeza que estava sentindo no momento, eu precisava disso.

Desde esse dia as minhas férias se tornaram um inferno por completo, o meu pai deixou a minha coruja presa e não me deixava enviar cantar para ninguém, por sorte conseguia escrever algumas coisas nas cartas que Theo iria enviar ao Draco e ao Blásio.

Não saí do quarto para a ceia de natal e nem nos dias seguintes, as próximas férias eu ficaria em Hogwarts, não sinto vontade alguma de voltar para casa, eles fizeram o papel de dementadores e sugaram toda a felicidade existente no meu corpo, hoje finalmente eu iria voltar para Hogwarts, arrumei todas as minhas coisas no malão e fui até a cozinha, passei direto pela família feliz e peguei uma maçã verde na mesa.

"Theo, eu já estou indo." Disse e fui até a porta de casa.

"Você vai como?" Ouvi Hector falar.

"Tenho galeões e posso dar o meu jeito." Dei de ombros.

"Não, vocês vão comigo, pode me esperar." Ele levantou da mesa e veio em minha direção. "Venha filho." Theo veio até nós acompanhado de um elfo que arrastava o malão dele.

"Eu posso ir sozinha." Dei de ombros e tentei abrir a porta, mas ele agarrou o meu braço, evitei emitir algum barulho para não demonstrar que estava sentindo dor.

"Você vai comigo e o seu irmão!" Ele disse autoritário, tentei puxar o meu braço, mas ele o apertou mais forte, fechei os olhos para conter as lágrimas, não iria deixar ele me ver assim novamente.

"Vamos! Pode soltar a Olívia, por favor." Theo disse e então Hector soltou o meu braço.

********

Chegamos ao expresso e eu saí sem me despedir do meu pai, não queria vê-lo tão cedo, caminhei até a última cabine e nem prestei atenção se tinha alguém lá dentro.

"Oi, tudo bem?" Uma voz diferente disse, eu não estava nem um pouco afim de conversar, então respirei fundo para não descontar em alguém que não tem nada a ver.

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