Capítulo 61

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Olívia Narrando.

Horas atrás.

Quase perguntei ao Draco o que ele iria me falar em seu quarto, mas perdi a coragem, talvez não fosse o que eu estou pensando, a única maneira de despista-lo foi pedindo um pouco de água, ele estava demorando um pouco, e não queria que ele me visse acordada quando voltasse, então decidi fingir que estava dormindo, já que não conseguiria fazer isso de verdade.

Ouvi a porta se abrindo e fechei os olhos, ele pareceu exitar em se aproximar, mas logo deitou ao meu lado na cama.

Eu continuei tentando manter os olhos fechados, mas as vezes espiava o que esse platinado estava fazendo, ele mantinha seu olhar fixado em algum canto do quarto, parecia estar pensando muito em algo, não queria fingir estar acordando, mas preciso conforta-lo de alguma forma, não posso deixar ele pensar que está sozinho, sempre vou estar ao seu lado.

Coloquei o meu braço sobre a barriga dele e apoiei minha cabeça em seu ombro, senti seus músculos se tencionarem com o meu toque, mas aos poucos foram relaxando, essa sensação é incrível, saber que eu consigo transmitir algo de bom para alguém, mesmo que algumas pessoas sempre falem que eu não significo nada.

Muito tempo se passou e eu ainda não tinha conseguido dormir, mas aos poucos senti meus olhos ficando pesados e estavam se fechando aos poucos, até que ouvi Draco respirar fundo.

"Olívia, eu gosto muito de você, ficar ao seu lado me deixa muito feliz, eu demorei pra falar isso porquê não consegui encontrar as palavras certas, mas espero conseguir te contar quando estiver acordada." Ele sussurrou e riu baixo, as batidas do meu coração foram acelerando de acordo com as palavras que saiam da boca de Draco, então ele também gostava de mim, e não só como um amigo, não consegui me conter e o abracei mais forte, ele estranhou isso, mas eu consegui disfarçar bem e fazer com que parecesse que eu ainda estava dormindo, não iria força-lo a me falar sobre seus sentimentos quando eu estivesse acordada, ouvir tudo isso, mesmo com ele pensando que eu estava dormindo já foi muito significativo pra mim.

Passei muito tempo acordada e abraçada ao Draco, mas meus olhos continuavam fechados, mas sei que o platinado ao meu lado estava inquieto, tentei de todas as formas conforta-lo, mas teria que ser de outra maneira, então fingi estar acordando.

"Draco?" Sussurrei me afastando um pouco dele.

"Oi meu bem." Ele sussurrou e aparentemente se arrependeu logo depois.

"Do que você me chamou?" Senti minhas bochechas corarem e meu coração acelerar.

"Eu chamei você de alguma coisa? Não estou me lembrando." Draco fez cara de bobo e eu ri.

"Eu estou falando sério, do que você me chamou?" Perguntei novamente e sentei ao seu lado.

"Chamei você de...." Ele me puxou para sentar em seu colo. "Meu bem." Sussurrou no meu ouvido, todo o meu corpo se uniu em um só arrepio.

"Draco...." Sussurrei e ele olhou em meus olhos.

"O que, você não gostou? Porque eu não ligo." Ele disse e apertou a minha cintura, senti todo o ar do meu corpo indo embora no mesmo instante, como se nada mais fizesse sentido além do toque do Draco.

"Você não tem esse direito." Sussurrei em seu ouvido, seus músculos se tencionarem sobre o meu corpo e eu senti um frio na barriga.

"O que você pensa que está fazendo?" Sua voz estava rouca e um pouco falha.

"Você não vai ficar tentando me provocar e eu vou só deixar, não funciona assim, Draquinho." Eu não faço a mínima ideia de onde tirei coragem pra isso, simplesmente saiu e meu coração continua batendo rapidamente.

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