O PLANTÃO

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Rio de janeiro

Duda narrando 💫

Acordo às três da tarde, nunca havia dormido tanto em todos esses anos, me sinto leve. 

Vou até a cozinha pego uns ovos na geladeira e levo até a frigideira.

- Pensei que nem ia levantar mais._ Ana surge na cozinha.

- Estou descansando, pois peguei noturno hoje._ Explico.

Ana pega um pacote de biscoito e se senta a mesa.

- O que vai fazer hoje ?_ Indago.

Fazia muito tempo que Ana nem saia de casa, não se arrumava, apenas comia e dormia, essa briga entre ela e Bia já estava passando dos limites.

- Nada._ Ela da de ombros.

- Então quando vai voltar a fotografar?_ Me intrometo.

- Não sei, possivelmente nunca.

- Ana você não pode desistir assim da sua carreira.

- Já ouvi esse discurso mil vezes Duda, desculpe não estou interessada._ Ela levanta e se dirige ao quarto batendo a porta.

Está se comportando como uma criança mimada. reviro os olhos.

De repente o telefone toca.

Chamada on

- alô?
-oi aqui ė da creche instituto ursinho, gostaria de falar com o responsável de Sophia, senhora Mya martinez.
- No momento ela não se encontra mas pode deixar recado comigo, sou tia da Sophia moramos juntas.
- a criança não se sente bem, se queixa de dores no corpo, e está com 38 graus de febre. Por favor o responsável deve busca- lá imediatamente.
- certo, em dez minutos estarei aí.

Chamada off

 Troco de roupa e peço um Uber, enquanto ele não chega, ligo para Mya e a aviso para me encontrar no hospital São Francisco, em quinze minutos o Uber chega. Assim que chego na creche Sophia chorava no colo da monitora, elas disseram que  deu a dipirona mas não adiantou muito. A levo para o hospital. Vou direto para clínica de emergência onde sou atendida de imediato, pois lá eles já me conheciam.

- Vou precisar fazer uns exames nela. _A enfermeira diz.

Sophia não parava de chorar e sua febre havia aumentado para 40 graus, o que nos preocupou bastante.

- Acha que possa ser uma infecção?_ Indaguei já colocando uma paleta para analisar a garganta de Sophia.

- Não sabemos vamos esperar os exames. _ A enfermeira tira da minha mão a paleta- hoje você é paciente e não médica, então por favor aguarde na recepção.

- Não eu tenho que ficar aqui até a mãe dela chegar._ Digo.

- Não é necessário nós cuidaremos muito bem dela, vá para recepção.

Eu sabia que ela não iria me ouvir então apenas obedeci. Sentei em uma das poltronas e fingi ler uma revista que estava sobre a mesa.

Quatro amigas e um apê ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora