Quatro amigas e um apê ( Concluído)

BÔNUS : GABRIEL

Gabriel narrando.

Há 3 anos atrás...

Não gostei muito da ideia de ter uma nova garçonete no bar center, eu e Maria éramos bons no que fazíamos e tínhamos uma organização impecável tive receio de que a próxima garçonete não fosse tão focada no trabalho, afinal o senhor Ricardo havia dito que era uma adolescente de 18 anos.

Bastou ela entrar com aquele sorriso encantador, seu semblante suave, seus cabelos castanhos soltos e um olhar curioso levemente abatido como se tivesse algum segredo, não que garotas misteriosas chamem minha atenção mas certamente ela dispersou em mim grande interesse em conhece - lá.

Nós apresentamos e ela sempre muito gentil, com poucos dias de trabalho se mostrou focada e simpática com os clientes. Ok, eu estava errado a presença dela só melhorou este lugar, eu me senti até um pouco viciado em seu perfume e em seu jeito meigo de conversar com uma risada tímida ao final de cada frase. Me peguei observando ela por várias semanas era inevitável. Senti até vergonha em estar tão atraído por alguém assim, até certo dia me surpreender ao vê - lá ir trocar de roupa, não que eu seja um tarado mas a segui sem perceber, a medida que ela desabotoava a blusa, meus sentidos se aguçavam e eu tremia nervoso, tentando controlar as batidas do meu coração e a ereção em minha calça, mas nem precisei de muito esforço ao vê sua barriga avantajada, com o susto empurrei a porta e ela notou minha presença, o uniforme parecia não fechar e ela envergonhada disse algo sobre não dizer nada a ninguém, então esse era o tal segredo que denunciava através do olhar. Pedi desculpas e fechei a porta e fui atrás de um uniforme maior, e foi nosso ponto de partida, para mim uma chance de conquista- lá, mas uma garota tão perfeita como ela jamais se interessaria por um destrambelhado, de óculos e aparelho como eu, o cara que a deixou provavelmente devia ser um daqueles que tem vários amigos e é desejado por todas que mal percebe a mulher que tem ao lado, só assim pra deixar escapar alguém como Mya.

Com os meses percebi que uma boa amizade era o suficiente para animar minha vida então comecei a tentar esquecer a ideia de conquista- lá. Afinal gostávamos dos mesmos tipos de filmes, jogavamos juntos, riamos das mesma idiotices e éramos bons em esconder uma gravidez ou seja éramos melhores amigos.

...

- Bom dia! Digo animado.

- Bom. Mya parecia triste o que me fez perguntar.

- O que houve?

- Fui expulsa de casa...

-Descobriram né? Bom você já sabia que isso poderia acontecer...

- Eu só não sabia que iria ser expulsa...

E naquele momento eu senti o dever de proteje- lá, ela estava tão vulnerável, folheava a revista desesperançosa e cheia de medo, então eu não vi alternativa se não chama- lá para morar comigo, afinal amigos são pra isso né?

- Olha, sei que parece estranho mas você pode morar comigo um tempo até juntar dinheiro para o aluguel.

Mya me olha preocupada, mas por fim ela aceita afinal era sua única escolha.

Os primeiros dias na minha casa foram estranhos, deixei meu quarto pra ela já que ela não podia dormir no sofá estando com aquela barriga, eu evitava falar com ela pois sempre gaguejava e sentia vergonha, mas Mya era o oposto sempre animada e inventando coisas pra fazermos, com o tempo começamos a maratonar filmes juntos e a passar madrugadas jogando vídeo game, a cada mês que passava sua barriga crescia mais e ela ficava ainda mais linda, eu tentei de verdade não me apaixonar por ela, mas me peguei diversas vezes romantizando o nascimento da pequena Sophia e em como eu poderia ser um bom pai e marido da Mya, afinal morávamos juntos seria a família perfeita.