O ESTAGIÁRIO

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Rio de janeiro,agosto

Mya narrando

Acordo com o sol das nove queimando meu rosto, coço os olhos na tentativa de bloquear toda aquela luminosidade fritando minha pele e minha paciência, levanto quase sem notar, vou em direção a cortina para fecha- lá. E neste momento percebo que tudo estava calmo demais para uma manhã de segunda-feira. Onde está minha filha?  Toda essa quietude só poderia significar criança de dois anos aprontando. Rapidamente Saio do quarto, entrando diretamente a sala de estar e cozinha americana, do outro lado da sala havia uma porta de vidro onde se podia ver todos os prédios altos do Rio; do seu lado esquerdo tinha o quarto de Bia e do lado direito havia um corredor para o banheiro e para os quartos de Ana e Duda.

Ouvi uma risadinha sapeca vindo do banheiro, segui aquele som como um leão segue sua presa, desejando para que nada tivesse acontecido e se tivesse que não me custasse muito. Bastou eu abrir a porta do banheiro para me deparar com a cena; 

Sophia segurando uma vasilha de plástico mergulhando dentro do vaso, e despejando em seus cabelos castanhos.

- Sophia! Para com isso agora!-  Gritei, não o suficiente para acordar quem dormia.

Ela arregalou seus olhos castanho, assustada,  rapidamente soltou a vasilha, e numa tentativa de fuga tenta correr para passar por baixo de minhas pernas, boa tentativa pequena, mas fui mais rápida e agarrei  seu pequeno corpinho.

- Já te falei para não brincar com água do vaso, é suja! - Digo enquanto a levo para debaixo do chuveiro.

Ela parece entender minha indignação, abaixando a cabeça, neste momento toda mãe sente aquele aperto no peito, vontade de encher de beijos, mas naquele momento eu teria que ser firme.

Após uma breve ducha a visto com seu pijama de novo e sigo para prepara o café.

-Merda!-  Exclamo ao me deparar com um cara nu no meio da minha cozinha. 

Sem penas muito cubro o rosto da bebê enquanto observo o estranho se esconder atrás do balcão.

Nos encaramos  em silêncio por eternos cinco segundos até Ana surgir atrás de mim segurando um roupão para entregar ao estranho.

- Pensei que estivesse na casa de praia da Duda! - Ana diz sem graça.

E então seu novo flerte se cobre as pressas e da mesma forma repentina que surgiu ele sai pela porta. 

Ele nem vai pegar suas roupas?

- Nós tivemos que voltar mais cedo porque a Bia tem compromisso, quem é esse cara? - Pisco tentando raciocinar.

Vi coisas demais, cedo demais!

- Então é  isso que você faz quando não estamos aqui?- Disse Bia assim que entra na cozinha ao lado de Duda.

- Não pode trazer estranhos pra cá!-  Duda esbravece.

- É um amigo! Me desculpe, não sabia que estariam aqui. - Vejo o rosto branco de Ana avermelhasse enquanto sua voz tremia.

- Conta tudo!-  Digo enquanto Duda e Bia a cerca para que ela pudesse nos dar mais detalhes.

no mesmo instante em que coloco Sophia em sua cadeirinha e vou preparar a mamadeira.

Quatro amigas e um apê ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora