02. The First Contact

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Esse na mídia é o  Zayn, mas imaginem sem as tatuagens u.u

Boa leitura, xx

Liam Pov's:

Talvez não tenha sido uma decisão muito sensata trazer um desconhecido para casa, mas enquanto estou aqui, destrancando minha porta com ele nos braços, e vendo sua expressão serena e que nem aparenta estar todo machucado, sinto que fiz a coisa certa.

Após um esforço que considero ser desnecessário (devido ao peso ínfimo do pequeno ser que jazia em meus braços)   consigo abrir a mesma, e com o pé a empurro, tirando-a do caminho. Subo as escadas rapidamente, tomando cuidado para que não esbarrasse em nada, pois o que menos quero é que acabasse o machucando mais.

Me aproximo do quarto de hóspedes porém antes de entrar ali, me lembro de que não o havia limpo a muito tempo. O lugar deveria estar muito sujo, e empoeirado. Sem contar que a cama não tinha um lençol a forrando. Olho em seu rosto empoleirado próximo ao meu peito e com uma calma que nessa situação está me impressionando, rumo em direção ao meu quarto.

Mais uma decisão que tenho certeza de que vou me arrepender, se levarmos em conta de que ele está muito sujo e com alguns machucados tapando sua clara pele. Deposito-o sobre minha cama e me sento ao lado, analisando todo o conjunto de seu corpo e seu rosto fazem parte.

Ele é divino. Um sorriso involuntário paira em meu rosto.

- Quem é você e como ainda está vivo? - Pergunto para ninguém além de mim mesmo, pois ele ainda permanecia desacordado por sobre a cama.

Esfrego meus dedos por sua pele, comprovando a maciez que imaginava que tivesse. Eu não sabia nada que pudesse me indicar algo sobre ele. Nada que pudesse me levar a alguma conclusão lógica. E se ele fosse um bandido? Ou um assassino? Me senti tolo ao olhá-lo novamente. Nunca alguém com um rosto tão pacífico e tranquilo, seria perigoso. Bom, pelo menos é o que acho.

Percebo que a situação em que me encontro seria no mínimo constrangedora se ele acordasse agora, e é pensando nisso que me levanto e me forço a ir até a área de serviço e pegar um balde. Voltando apressado à minha suíte e entrando em seguida no banheiro dali, enchendo o balde com água morna e abrindo meu guarda roupas para pegar uma camisa velha e a caixa de primeiros socorros que mantinha guardada.

Volto até a cama e me sento novamente no cantinho com a camisa na mão. Ok, calma Liam. Você só vai ajudá-lo, e isso não é estranho. É só uma boa ação, certo?

Mergulho a peça na água e espero enquanto ela se encharca, depois a puxo, torcendo e então a trazendo para mais perto de mim. É agora. Com uma puxada de ar mais forte, tomo coragem e levo minhas mãos até seu rosto. Tirando um pedaço de sua franja que encobria sua resta e em seguida esfregando o pedaço de pano pela mesma, após foram bochechas, nariz e por último seu queixo praticamente esculpido por deuses. Por alguns segundos eu poderia garantir ter visto sua sobrancelha se mexer, mas julgando por ele ainda continuar imóvel, acho que fora impressão minha.

Repeti o processo de molhar o pano, e então, passei pelos mesmos pontos em seu rosto, tirando uma ou outra  sujeirinha que insistiam em permanecer ali. Enfim, ergui um pouco sua cabeça e limpei seu pescoço, que não estava muito sujo, porém, precisava de cuidados. Deslizei minhas mãos por seus braços com o pano vindo logo atrás, limpando o pouco sangue que já coagulava por sua pele. Aquilo daria algumas casquinhas e ficaria incômodo para o garoto.

Engoli em seco, sabia o que viria agora. Olhei para seu peitoral levemente definido e embora eu ache que esteja invadindo sua privacidade, deslizei o pedaço de tecido por ali. Alisando cada canto de pele e retirando qualquer resquício de sujeira encontrada por ali. Pelo menos era o que eu almejava, visto que eu não romperia uma barreira e daria um banho no mesmo. Seria no mínimo estranho e vergonhoso.

Fallen Boy (AU! Ziam Mayne)Onde histórias criam vida. Descubra agora