Capítulo 35

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Maya fica ali parada olhando para aquela casa de aparência simples, mas aconchegante. Tinha uma sacadinha que dava para um jardim muito bem cuidado e diversos brinquedos espalhados. O muro era baixo apenas demarcava a área. Algumas gotas começam a cair do céu e Maya é desperta por elas.

A jovem resolve ir embora.

_ Oi! Chegamos bem na hora em. _ Maya se depara com uma senhora com um guarda chuva gigante. Divertido até. Ela segura na mão de um menininho. A senhora abre o portão apressada Maya a observa sem saber o que fazer. Sua vontade é sair correndo.

_ Vem moça a chuva está ficando mais forte. _ Chama a senhora já na pequena sacada. Maya estava parada no mesmo lugar.

_ Não precisa senhora obrigada. Eu moro aqui perto.

A senhora desce até ela com a sombrinha na mão. Vem menina esta fazendo muito frio hoje. E praticamente a arrasta até a sacada com ela.

" Ele vai me ver aqui"

É tudo o que Maya pensa nervosa. Quando sente uma pequena mãozinha segurar a sua.

_ Ele gostou de você. _ Maya apenas sorrir para o menino que já sorria para ela.

_Vamos entrar. Júlio traga a moça para vovó.

_ Não precisa está bom aqui. _ Maya já passava pela porta da sala a contragosto.

"minha nossa que pessoas espontâneas eram aquelas?"

_ Como se chama filha?

_ Me chamo Alaíde. E esse que não solta sua mão é o meu netinho Júlio.

_ Me chamo Maya.

_Como posso ajuda-la? Vi que você estava aqui na frente de casa desde que entrei no começo da rua. 

_ Me desculpe. Deve ter achado estranho.

_ Mas que bobagem. Tudo que pensei é que você chamou e não tinha ninguém em casa. Você conhece meu filho Héctor?

_ Sim.

Maya responde nervosamente. Mas o que poderia fazer a dona Alaíde a pegara no flagra no portão de sua casa?

_ Ele ainda não chegou da delegacia. Mas você pode esperar conosco. Sente-se um pouco.

Maya o fez mais aliviada em saber que Hector não estava alí.

_ Você aceita um café ou um chá?

_ Um café está ótimo obrigada.

_ Você é das minhas. _ Disse ela com uma piscadela. _ Júlio faça companhia para a Maya até vovó voltar.

Assim que a senhora sai. Maya observa o pequeno menino. Ele pega papel e alguns lápis apoia na mesinha de centro e começa a colorir entretido.

Maya o observa e percebe que ele lembra muito o pai. Ela olha para aquela sala e se pergunta como um ambiente pode ser tão agradável. Parece que está na casa de uma grande amiga ali. É como se conhecesse a dona Alaíde a muitos anos. Sente-se a vontade e verdadeiramente tranquila.

Maya anda até o buffet e começa a olhar as fotos que estão ali em cima. Diversas fotos de Hector fardado em outras brincando com o filho, de dona Alaíde na igreja. Parece ser só os três como ele havia mencionado.

Um quadro com a foto de um leão lhe chamou a atenção e Maya se surpreendeu ao ler o que estava escrito.

"E disse-lhes Jesus; eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai se não for por mim."

Um sequestro?Onde histórias criam vida. Descubra agora